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Presidente queria processar Joesley Batista pelos crimes de calúnia, injúria e difamação.
A defesa do presidente Michel Temer recorreu, nesta quinta-feira (29(, da decisão do juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal, que rejeitou a queixa-crime do presidente contra o empresário Joesley Batista, dono da JBS. O presidente queria processar Joesley pelos crimes de calúnia, injúria e difamação.
Temer alega, no recurso apresentado, que é "cidadão honrado" e "com vida pública irretocável, respeitado no meio político e jurídico". Em seguida, o presidente elenca os cargos públicos que já ocupou e diz que, durante toda a sua vida pública, "nunca, jamais" foi condenado judicialmente ou sequer acusado formalmente de obter vantagem indevida.
A defesa do presidente ressalta ainda que o empresário está "imune a qualquer persecução penal, mesmo tendo praticado inúmeros crimes". Como Temer vem ressaltando em seus pronunciamentos recentes, o recurso traz ainda a afirmação de que Joesley será "o criminoso notório de maior sucesso na história brasileira".
Para o juiz que negou a queixa crime de Temer, no último dia 20 de junho, não houve crime no fato de Joesley ter dado entrevista à revista "Época" e fazer acusações ao presidente, tendo em vista que as afirmações fazem parte de acordo de delação premiada firmado pelo empresário.
A ação contra Joesley foi apresentada no dia 19 de junho. O motivo era a entrevista concedida pelo empresário à revista “Época”, na qual acusa Temer de chefiar “a maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil”. Segundo o entrevistado, Temer não fazia cerimônia para pedir-lhe dinheiro em nome do PMDB e que o presidente articulava uma campanha para estancar a operação Lava-Jato.
O Globo
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