google.com, pub-2731858685813957, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Site Último Fato: abril 2020

quinta-feira, 30 de abril de 2020

MOÇAMBIQUE: Cidade de Nampula volta a provar apatia no combate à COVID-19

Cidade de Nampula volta a provar apatia no combate à COVID-19


Parece difícil o combate contra o Coronavírus na cidade de Nampula. A edilidade decidiu encerrar o jardim-parque, mas há outro grande aglomerado de pessoas defronte do Hospital Central de Nampula, onde adultos mantém-se de dia e de noite, sem máscaras e sem respeitar o distanciamento mínimo necessário.

Depois de termos denunciado a situação por dois dias, o Município de Nampula decidiu encerrar o jardim-parque enquanto estiver em vigor o estado de emergência nacional.

Entretanto, desde que o Hospital Central de Nampula começou a restringir o acesso ao recinto hospitalar, dezenas de pessoas que têm os seus familiares internados concentram-se no portão principal, muitas delas sem máscaras e sem respeitar o distanciamento mínimo necessário. A direcção provincial de Saúde diz-se incapaz de intervir porque as pessoas estão no espaço público, de domínio da autoridade municipal.

“O que nós fizemos foi chamar o Município à responsabilidade para ajudar as unidades sanitárias para consciencializar as pessoas que não devem estar ali porque é um perigo, não só para o hospital, mas também para eles como cidadãos que estão ali à volta do muro do hospital”, argumentou  Munira Abdou, directora provincial de Saúde em Nampula.

E engana-se quem pensa que aquela situação verifica-se apenas durante o dia. A nossa reportagem escalou o local durante a noite e encontrou muitas pessoas a dormir ao relento, uma próxima da outra. Trata-se na sua maioria de pessoas que saem de distritos longínquos que não tendo onde se alojar ficam naquele sítio para saberem dos seus familiares internados.

A doença do momento que preocupa o país e o mundo é ignorada por completo.

“Estou a acompanhar minha filha que teve cesariana. Tenho que lhe ajudar a lavar o bebé. Não uso máscara porque não tenho dinheiro para comprar”, disse Hermelinda Luís, uma das dezenas de pessoas que encontramos deitada naquele espaço do passeio em frente ao Hospital Central de Nampula.

Quando o dia nasce cada um arruma os seus pertences e perfila no muro de vedação do hospital e mais uma vez formam os aglomerados diurnos, sob o olhar sereno do Município e da PRM. O Secretário de Estado esteve aqui há dias, juntamente com o presidente do Município, mas até aqui ainda não saiu uma solução para este problema.

“Há um documento que está a ser feito para que consigamos juntos dos serviços distritais de Educação para ver se podemos encontrar uma escola para colocarmos estas pessoas e que quando amanhece possam vir visitar os seus familiares e à noite voltem à escola, se os serviços distritais concordarem”, avançou Nelson Carvalho, director de Comunicação no Município de Nampula.
Enquanto isso não acontece, quase todos concordam que aquele é um espaço fértil para a contaminação e propagação do coronavírus, devido às concisões em que se encontram dispostas as pessoas.

POR O PAIS

MOÇAMBIQUE: Filipe Nyusi e Emmerson Mnangagwa reúnem-se no Chimoio à porta fechada

Filipe Nyusi e Emmerson Mnangagwa reúnem-se no Chimoio à porta fechada


12h58-
O Presidente da República, Filipe Nyusi manteve há momentos um encontro com o seu homólogo Zimbabweano, Emmerson Mnangagwa. Entre várias questões, assuntos ligados a defesa e segurança dominaram a reunião entre os dois estadistas.

Foi por volta das nove horas que Filipe Nyusi aterrou no Aeródromo de Chimoio numa aeronave da força aérea. Por imposição da COVID-19, Filipe Nyusi desceu do avião mascarado e depois lavou as mãos. Minutos depois aterrava o presidente zimbabweano, Emerson Mnangagwa.

Os dois estadistas reuniram no governo provincial de Manica. Mas antes passaram pelo processo de rastreio do Coronavírus, pandemia que ameaça os dois países e não só.

Aliás, Filipe Nyusi faz-se acompanhar na sua delegação, pelo Ministro da Defesa Nacional, Jaime Neto, director-geral do Serviço de Informação e Segurança do Estado, Júlio Jane e outros quadros, enquanto do lado zimbabweano, Emerson Mnangagwa veio acompanhado da ministra da defesa, Oppah Muchinguir e Filipe Sibanda, comandante das forças de defesa do Zimbabwe

Presidente da República reúne-se em Chimoio com homólogo do Zimbabwe

09h01-
O Presidente da República, Filipe Nyusi, reúne-se esta quinta-feira em Chimoio, província de Manica com o seu homólogo do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa para uma agenda de trabalho.

Durante o encontro, Filipe Nyusi e Emmerson Mnangagwa passarão em revista a situação da cooperação bilateral e da segurança da região, com enfoque para dois países.

Nesta deslocação, o Chefe do Estado moçambicano far-se-á acompanhar pelo Ministro da Defesa Nacional, Jaime Neto, Quadros da Presidência da República e de outras instituições do Estado.



Pormenores do encontro

Filipe Nyusi encontrou-se, hoje, na Cidade de Chimoio, com Emmerson Mnangagwa, Presidente do Zimbabwe.

Durante a reunião, os dois estadistas partilharam informações e trocaram pontos de vista sobre a situação política, económica e social prevalecente nos dois países, na região da África Austral e no mundo, em geral.

O encontro serviu, igualmente, para delinear acções conjuntas com vista a impulsionar a cooperação política, económica e social em benefícios dos seus países e povos, bem como fazer face aos desafios comuns que se colocam na actualidade.

Os dois Chefes de Estado e de Governo congratularam-se com os progressos que se registam na implementação das suas agendas de governação, mesmo reconhecendo as múltiplas adversidades, endógenas e exógenas, tendo acordado em prosseguir esforços conjuntos para os superar.

Relativamente à pandemia da Covid-19, apreciaram os esforços de resposta a este flagelo nos dois países, tendo trocado informações sobre boas práticas, predispondo-se a colaborar, através das instituições sanitárias e administrativas dos dois países, na implementação das medidas preventivas e de contenção da propagação do novo Coronavírus.

Os dois governantes notaram, com agrado, que a cooperação bilateral no domínio político e de defesa e segurança tem evoluído positivamente, e no quadro dos instrumentos jurídicos vigentes.

Nyusi e Mnangagwa comprometeram-se a explorar melhor as potencialidades existentes nos dois países para avançar em projectos concretos, para o qual se deverá mobilizar o respectivo sector privado. Os dois estadistas comprometeram-se, ainda, a viabilizar a realização da Comissão Mista de Cooperação, assim que as medidas extraordinárias decorrentes da pandemia da Covid -19 o permitam, encorajando, entretanto, a interacção bilateral a todos os níveis com recurso às tecnologias de informação e comunicação.

Quanto à situação política, económica e social na região da SADC saudaram o facto de se manter relativamente calma, tendo vincado a necessidade de maior cooperação no enfrentamento dos desafios decorrentes do ambiente macroeconómico menos favorável, tendo apelado às instituições financeiras multilaterais e outros parceiros a continuarem a apoiar os países da região a fazer face à Covid-19 e aos seus impactos socioeconómicos nefastos.

Os dois Presidentes regozijaram-se pelo papel relevante que desempenham no quadro da agenda de integração regional, na qualidade de membros da dupla Troika, com a República do Zimbabwe a presidir ao Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança e a República de Moçambique na Vice-Presidência da SADC.

Os dois líderes reiteraram o seu apelo para o levantamento imediato das sanções ilegais impostas contra a República do Zimbabwe com vista a permitir o Governo e o povo do Zimbabwe a focalizarem-se no desenvolvimento sem impedimento.

Os dois Chefes de Estado debruçaram-se sobre a situação de segurança em Cabo Delgado e em partes das províncias de Manica e Sofala, onde grupos terroristas e armados protagonizam ataques, assassinatos e destruição de infra-estruturas públicas e privadas, tendo condenado veementemente estes actos que procuram minar os esforços de paz e desenvolvimento, em curso.

O Chefe do Estado reiterou o convite ao Presidente do Zimbabwe a efectuar uma Visita de Estado a Moçambique assim que a situação decorrente da Covid -19 o permita, tendo o convite sido aceite.

Nyusi reiterou, em nome do povo e do Governo, as felicitações ao Presidente do Zimbabwe, ao povo e Governo, pela comemoração dos quarenta anos de Independência, no passado 18 de Abril de 2020.

Por O País


Pesca da Tainha tem previsão para começar dia 1º de Maio em Florianópolis

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Os pescadores já começaram a se movimentar com seu barcos em direção ao mar para mais uma temporada de fartura e muita Tainha. 



Temporada de pesca da tainha no Costão | Resort Costão do Santinho


Pesca da tainha corre o risco de ser impedida em 2019



O colapso previsto por Mandetta começa a se tornar realidade


O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta: não era exagero
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que pilotou o combate à pandemia do novo coronavírus até duas semanas atrás, ganhou popularidade durante a crise, em parte pela maneira didática com que explicava a doença e as formas de se proteger dela. Mas o ex-ministro também ganhou confiança de boa parte da população (64% discordaram de sua demissão) por tratar o problema de forma muito transparente. Muitas das projeções feitas por ele sobre o avanço da pandemia estão se confirmando hoje.

Nos últimos dias, uma das previsões mais preocupantes feitas por Mandetta vêm tomando contornos de realidade: o colapso do sistema de saúde. De acordo com o ex-ministro, o “apagão sanitário” ocorreria no final de abril. “Claramente, em final de abril nosso sistema de saúde entra em colapso”, disse Mandetta em 20 de março, em uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro e um grupo de empresários. Em seguida, o então ministro explicou: “O que é um colapso? Você pode ter o dinheiro, o plano de saúde, mas simplesmente não há sistema para você entrar”.


Na ocasião, a fala de Mandetta gerou desconforto no presidente, que afirmou, no dia seguinte, que o subordinado havia “exagerado”. Hoje, em 29 de abril, passados 39 dias, a explosão de casos de infecção pelo novo coronavírus (78 mil ao todo e mais de 2.600 nas últimas 24 horas) já esgotou os leitos de UTI no Rio de Janeiro, que vem mandando pacientes para hospitais no interior do estado, a mais de 150 quilômetros da capital.

Em São Paulo, a situação também começa a ficar crítica, com 85% de ocupação dos leitos de UTI em toda região metropolitana. Em três dias, o número de atendimentos a casos suspeitos de Covid-19 no sistema de saúde da capital paulista quadruplicou, passando de 812 por dia (média até 23 de abril) para 3.355 em 28 de abril.

VEJA.com

terça-feira, 28 de abril de 2020

A ministra que está contendo a Covid-19 em um dos países mais populosos


Mulheres na capital do estado indiano de Kerala participam de festivar religioso
Quando o governo federal da Índia fechou escolas e comércio em 25 de março, foi iniciada a maior quarentena do mundo contra a Covid-19, com 1,3 bilhão de pessoas orientadas a sair de casa apenas para ações indispensáveis. Além de ser o segundo país mais populoso do mundo, a Índia é também tem alta densidade populacional – são em média mais de 300 pessoas por quilômetro quadrado –, o que torna o controle à disseminação do coronavírus causador da Covid-19 um desafio ainda maior. Mas Kerala, um estado de 34 milhões de habitantes no sudoeste do país, tem contrariado os prognósticos ao obter sucesso razoável no combate ao vírus a partir de ações imediatas tomadas pela ministra da Saúde e Justiça Social da região, a ex-professora de ensino médio K.K. Shailaja

As primeiras infecções em Kerala foram importadas de Wuhan, com o retorno de estudantes de medicina indianos que estudavam na cidade chinesa onde a pandemia começou – um deles contou à revista local The Week que a ministra da saúde chegou a visitá-lo na enfermaria em que estava internado. Assim que houve essas confirmações, K.K. Shailaja determinou que os aeroportos internacionais do estado fizessem rígido monitoramento da saúde dos passageiros. Quem apresentasse sintomas poderia ser testado ou monitorado; desde então, os todos que chegam de avião ao estado precisam passar 28 dias em isolamento, período maior do que o recomendado pela maioria dos países. Antes mesmo da quarentena nacional, aulas foram suspensas, aglomerações proibidas e até locais de culto deveriam ser evitados pelos indianos de Kerala.
A Índia tem, até esta quinta-feira (23), 21,8 mil infectados pelo novo coronavírus e 686 mortes, de acordo com levantamento da Universidade John Hopkins. O primeiro caso se deu em Kerala ainda em janeiro, mas o estado conta agora com três mortes e 427 infectados. Entretanto, os dados indicam que Kerala está caminhando para “achatar a curva”, isto é, reduzir a incidência de novos casos e evitar o estresse do seu sistema de saúde – o que já acontece em outras regiões do país, incluindo a capital Mumbai.
“Lutar com uma pandemia requer rigor científico, humanidade e um espírito propenso a investigações e mudanças. Superstições, ignorância, sentimentalismo e irracionalidade vão desconcertar todo o processo ao desanimar e desencorajar os especialistas em saúde que estão dando duro para resolver o problema com ciência. Em Kerala, nós iniciamos políticas rigorosas contra quem tentar espalhar estupidez que foram algumas das razões para termos tido algumas vantagens iniciais em controlar a disseminação do vírus”, disse a ministra ao site HuffPost Índia no início de abril. 
A ministra da Saúde e Justiça Social de Kerala, K.K. Shailaja© Facebook/Reprodução A ministra da Saúde e Justiça Social de Kerala, K.K. Shailaja
Para garantir que as famílias conseguiriam permanecer em casa, o governo passou a enviar mantimentos diretamente a elas, manteve a merenda escolar mesmo com as escolas fechadas e estabeleceu linhas telefônicas para prestar atendimento psicológico à população. Ao mesmo tempo, pessoas com sintomas suspeitos ou que tiveram contato com algum paciente foram rastreados com atenção logo nas primeiras semanas. Diferentemente de outros locais que obtiveram sucesso em conter o coronavírus, como a Coréia do Sul, em que houve testagem em massa, Kerala se valeu sobretudo da colaboração da comunidade em seguir as regras.
Nesse sentido, contribui o fato de o estado ter, recentemente, enfrentado uma epidemia do vírus Nipah que matou 18 pessoas de maio a junho de 2018. Assim como o coronavírus causador da Covid-19, o Nipah se originou de morcegos e, transmitido entre humanos, causa síndrome respiratória aguda grave. Na época, Kerala precisou criar protocolos de atendimento e percebeu o valor do isolamento e rastreamento de infectados, comunicado de forma trasparente ¡a população.
Além disso, o estado tem um sistema de saúde mais estruturado do que no restante da Índia, resultado de investimentos perenes na área. Ele foi um dos primeiros a contar com um sistema único de saúde – países como Reino Unido e o Brasil também contam com a estrutura – e os equipamentos são descentralizados, colaborando para mais eficiência nos atendimentos. Kerala também tem políticas de saúde mundialmente elogiadas por sua efetividade, como a de incentivo ao aleitamento materno reconhecida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), é um dos estados com menor nível de mortalidade infantil da Índia.
Apesar dos bons resultados para controlar o coronavírus, a falta de testes em Kerala – o governo enfrenta atrasos na entrega desses insumos, que estão escassos no mercado – pode retardar o combate ao vírus caso uma nova escalada de casos acometa a região. Preocupa também o fato de a população local ter altas taxas de algumas comorbidades, principalmente diabetes.
“A guerra contra o coronavírus em Kerala não acabou. Nós fomos capazes de conter a ameaça, mas não estamos em posição de dizer que estamos completamente seguros. Estamos mantendo estrita vigilância em aeroportos, hotéis e centros turísticos. Estudantes voltando para casa do exterior estão sendo examinados”, afirmou ela sobre as medidas para manter os avanços.
Foto inicial: © Vivek R Nair/Getty Images Mulheres na capital do estado indiano de Kerala participam de festivar religioso

Cláudia

É possível pegar gripe e coronavírus ao mesmo tempo?


A coinfecção entre gripe e coronavírus parece ser possível.
Em época de aumento dos casos de gripe e de pandemia de Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), nossa leitora Maria do Carmo Fernandes pergunta: “Afinal, dá para pegar se infectar com os dois vírus ao mesmo tempo?”

É possível, sim, Maria. “Ainda estamos conhecendo o Sars-CoV-2, mas temos bem documentado na literatura que infecções de vírus respiratórios são capazes de ocorrer simultaneamente”, comenta Ivan França, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Acompanhe nossa cobertura sobre o coronavírus. Últimas notícias, perguntas e respostas e como se cuidar.
Por exemplo: evidências preliminares de um estudo conduzido pela Universidade Stanford, nos Estados Unidos, mostram que uma a cada cinco pessoas com Covid-19 pode estar contaminada com outros agentes infecciosos.

O trabalho analisou 562 indivíduos e, dos 49 que testaram positivo para o novo coronavírus, 22% também apresentavam outros vírus respiratórios, principalmente rinovírus, responsável por resfriados, e enterovírus, causador de pneumonias e outras doenças.

Até agora, a coinfecção com o influenza parece mais rara, mas não deixa de preocupar. “Esse ano, os surtos de gripe aconteceram mais cedo que o previsto e ainda aumentarão durante outono e inverno”, alerta o pneumologista Bruno Baldi, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Apesar de não ser muito comum, a combinação existe e precisa ser pesquisada, pois existe tratamento para o influenza. Sem falar que ele poderia agravar a Covid-19 caso passe despercebido.

Coinfecção de coronavírus e gripe gera sintomas mais graves?
Teoricamente, sim. “Teríamos dois vírus agredindo o organismo e, juntos, atacando os pulmões, o que aumentaria a agressividade de ambos”, destaca Baldi. “Mas essa é uma hipótese a ser confirmada em estudos”, complementa o médico.

Suspeita-se ainda de um prejuízo nas defesas naturais do organismo. “Podemos dizer que um reduz a imunidade para o outro”, propõe Raquel Muarrek, infectologista da Rede D’Or.

Entretanto, uma pesquisa chinesa avaliou 115 pessoas com Covid-19, entre as quais cinco também estavam com influenza, e concluiu que esse subgrupo não parecia ter sintomas mais severos nem um prognóstico pior. Todos os participantes foram tratados e curados sem necessidade de passagem pela UTI.

Vale ressaltar que a parcela de portadores dos dois vírus era pequena e eles receberam o tratamento específico para a gripe. Daí a importância de fazer o diagnóstico e a diferenciação com exames.

Como diferenciar a gripe da Covid-19
Com base apenas nos sintomas, é difícil, uma vez que eles geralmente são parecidos. “O ideal é, já na triagem do pronto-socorro, realizar o exame para detectar as duas doenças”, explica França. O teste para coronavírus está disputado, enquanto o do influenza é mais comum e rápido.

“Do ponto de vista prático, a ausência de resultado para Covid-19 não muda a nossa conduta, porque não há tratamento específico para ela. Mas, se a pessoa estiver com gripe, já podemos iniciar o uso do remédio antiviral”, aponta Baldi.

Contudo, melhor do que tratar, é prevenir. Tanto para reduzir o risco de complicações quanto o número de pessoas nos hospitais, os médicos reforçam a importância de se vacinar contra a gripe.

Foto: © Ilustração: Marcos de Lima/SAÚDE é Vital A coinfecção entre gripe e coronavírus parece ser possível.


Saúde é Vital

Como crise do coronavírus expõe racha entre evangélicos no Brasil

Cultos religiosos, que costumam receber centenas ou até milhares de pessoas, podem se transformar em um local de transmissão em massa - assim como jogos esportivos, protestos e festas
© Reprodução/Facebook Templo de Salomão Cultos religiosos, que costumam receber centenas ou até milhares de pessoas, podem se transformar em um local de transmissão em massa - assim como jogos esportivos, protestos e festas
O teólogo Kenner Terra, do Espírito Santo, teve que lidar com uma enxurrada de críticas e comentários agressivos de outros evangélicos quando publicou um texto defendendo o isolamento social para combater o coronavírus.

Coordenador do Fórum Evangelho e Justiça no Espírito Santo, Terra é pastor de uma igreja batista que está entre as que defendem as medidas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMSA) para evitar a disseminação da covid-19. 

Em contraste com líderes evangélicos conhecidos que vieram a público criticar o isolamento e defender a abertura das igrejas, diversos pastores das mais diferentes denominações defendem a suspensão de cultos presenciais e estão disponibilizando cultos online, enviando cartas e promovendo eventos e debates na internet sobre a importância dos cuidados diante da pandemia.
"Mas é uma minoria", diz Terra. "Só de você estar considerando as recomendações da OMS já é quase como um 'ato de resistência'", diz ele.
As igrejas estão divididas. De um lado líderes que defendem o fim do isolamento, a manutenção dos templos abertos e os cultos presenciais — destes, alguns até entraram em disputa com o Ministério Público do Rio de Janeiro pelo direito de manter as igrejas abertas. Do outro lados, líderes que fecharam os templos, fazem cultos online e pedem para os fiéis orarem em casa.
Para teólogos e sociólogos evangélicos ouvidos pela BBC News Brasil, essa divergência sobre o coronavírus expõe uma divisão nesse grupo religioso que se acentuou durante os últimos anos, à medida que o presidente do país, Jair Bolsonaro, assumia, cada vez mais, uma "aura de autoridade religiosa".
Eles dizem que, do lado dos que minimizam a ameaça da crise, estão, em geral, grupos que se alinham com o projeto Bolsonarista e o acompanham na forma de lidar com a pandemia; de outro, estão grupos que não aderiram ao que Kenner Terra chama de "bolsoreligiosidade".
Mas a situação embaralhou as divisões "clássicas" que normalmente se fazem dos evangélicos — entre os grupos de heranças protestantes mais tradicionais (como metodistas, batistas e presbiterianos) e os neopentecostais e pentecostais (igrejas como a Assembleia de Deus e a Universal).
Grupos evangélicos no Brasil são heterogêneos© Getty Images Grupos evangélicos no Brasil são heterogêneos
Ou seja, não é possível separar a postura por tradição religiosa — dentro desses segmentos há uma divisão. Na igreja metodista, por exemplo, que em geral têm defendido o isolamento, há líderes divergentes.

Alinhamento com Bolsonaro

Segundo uma pesquisa recente do instituto Datafolha, os evangélicos continuam sendo um dos setores onde Bolsonaro tem aprovação. E, embora a maioria dos evangélicos no Brasil seja a favor das medidas de isolamento, o índice dos que são contra o isolamento e acham que a população deve sair para trabalhar (de 44%) é maior entre esses religiosos do que na população em geral (37%).
"Penso que o alinhamento ao projeto de Bolsonaro tem uma relação mais direta com a polarização entre conservadores (direita) e liberais (esquerda)", explica o teólogo conservador Guilherme de Carvalho, diretor do grupo de estudos L'Abri Fellowship Brasil e ex-diretor de educação em direitos humanos do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
No entanto, ressalva, a crise do coronavírus fez com que o apoio a Bolsonaro e às medidas de isolamento não seja unânime nem entre os conservadores, afirma Carvalho, que também é membro do conselho deliberativo do Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR).
"Posso dizer que há muitos conservadores católicos e evangélicos que não estão de modo algum alinhados com Bolsonaro na questão do coronavírus, tanto fora quanto dentro do governo, inclusive", diz ele, que deixou o ministério no mês passado.
Líderes da igreja Batista de Lagoinha, por exemplo, frequentada pela ministra Damares Alves, ao mesmo tempo que apoiaram o dia de jejum convocado por Bolsonaro ("para que o país fique livre desse mal"), têm feito cultos online, chamando os fiéis para ficarem em casa e criticado pastores que não fazem o mesmo.
"A covid-19 rachou o suporte evangélico transversalmente, em todas as denominações, excetuando-se as mais autocráticas (centradas na figura de líderes religiosos específicos)", afirma Carvalho.

Fator Moro

Outro fator recente que evidenciou o divergência entre as igrejas foi o pedido de demissão do ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
A saída de Moro foi vista com desaprovação por boa parte da comunidade evangélica, explica Carvalho, que vê Moro como símbolo de combate à corrupção.
"Muitos ficaram bem desgostosos com esse processo todo, fazendo com que a posição de muitos evangélicos tenha se movimentado um pouco mais para a oposição", diz ele.
Até líderes que fazem parte da base mais fiel de apoio ao presidente — como o pastor Silas Malafaia — criticam a saída do ministro.
E entidades importantes e normalmente próximas ao governo Bolsonaro, como a Associação dos Juristas Evangélicos (Anajure), viram com descontentamento a saída do ministro. A Anajure emitiu uma nota de repúdio à "interferência do presidente na direção-geral da Polícia Federal".
No entanto, muitos pastores ainda se mantém fiéis à "bolsoreligiosidade".

Líderes midiáticos

A pesquisadora metodista Magali Cunha, do grupo Comunicação e Religião da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), explica que são esses líderes mais "midiáticos" — nomes como Silas Malafaia (da Assembleia de Deus Vitória em Cristo) e Edir Macedo (Igreja Universal do Reino de Deus) — que têm sido os mais vocais na crítica às medidas de isolamento e mais negacionistas em relação à ameaça representadas pelo coronavírus.
Macedo compartilhou um vídeo em que dizia que o coronavírus não era uma grande ameaça. "Meu amigo e minha amiga, não se preocupe com o coronavírus. Porque essa é a tática, ou mais uma tática, de Satanás" dizia ele.
A Frente Parlamentar Evangélica também defendeu que as igrejas fiquem abertas.
"É fundamental que os templos, guardadas as devidas medidas de prevenção, estejam de portas abertas para receber os abatidos e acolher os desesperados", disse o grupo em nota emitida há algumas semanas.
"A fé ajuda a superar angústias e é fator de equilíbrio psicoemocional", afirma a bancada.
A BBC News Brasil tentou falar com o presidente da bancada, o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), e com líderes religiosos contrários ao fechamento dos templos, mas não obteve resposta.
A Igreja Universal disse em nota que serviços religiosos foram considerados essenciais por decreto presidencial e que está tomando medidas de "cautela sanitária", como oferecer álcool em gel e pedir para que os fiéis sentem longe uns dos outros nos locais onde os cultos ainda estão sendo realizados — eles foram suspensos nos Estados que os proibiram.
"Nas localidades onde está proibida a realização de cultos em templos religiosos, a Universal está aberta apenas para orações individuais e auxílio espiritual, e observando todas as cautelas sanitárias", diz a igreja.
"Percebe-se que um dos principais grupos que estão contra a medida (de isolamento social) são igrejas sem uma organização mais coletiva, governadas por líderes únicos com uma liderança mais personalistas — figuras sempre envolvidas em polêmicas que acompanham politicamente as orientações do presidente", afirma Cunha.
O próprio presidente, dizem os teólogos, acabou se transformando em uma figura de "autoridade religiosa", capaz de influenciar o posicionamento de pastores e fiéis.
Guilherme de Carvalho considera que esse fator é a principal motivação dos grupos contrários ao isolamento social.
"Bolsonaro claramente tem uma aura de autoridade religiosa. Essa aura foi evidentemente cultivada e explorada na 'Santa Convocação' ao jejum do dia 5 de abril, com um vídeo bastante divulgado em redes sociais com palavras de apoio de importantes lideranças evangélicas", afirma Carvalho.
Apoiaram o jejum lideranças importantes das mais variadas denominações religiosas: as igrejas Sara Nossa Terra, Mundial do Poder de Deus, Renascer em Cristo, Presbiteriana do Brasil, Quadrangular do Reino de Deus, Batista Getsêmani e outras igrejas batistas.
"Essa autoridade foi conferida pelas próprias autoridades religiosas, embora, a essa altura, tenha ganhado certa independência", diz ele.
Nesse contexto, explica, Bolsonaro é visto como representante de certos valores morais caros a esses grupos e qualquer oposição a ele é vista como sendo feita por "inimigos da fé".
"É o voto de confiança turbinado pela religiosidade", diz ele, para quem esse apoio também é perpassado por um temor entre os conservadores de que "o enfraquecimento de Bolsonaro permita a ascensão da esquerda".
"É o que eu chamo de 'bolsorreligiosidade', que tem em Bolsonaro uma figura sagrada, a fala dele representa a leitura de mundo que deve ser seguida", explica Kenner Terra.
"Há uma tendência de tornar esse apoio ao Bolsonaro em um ato piedoso: é óbvio que apoiá-lo é defender a família, quem não o apoia é inimigo, não é ouvido, precisa ser exorcizado e silenciado."
Membros da bancada evangélica do Congresso se reúnem com o presidente Jair Bolsonaro e ministros em Brasília antes da pandemia© Agência Brasil Membros da bancada evangélica do Congresso se reúnem com o presidente Jair Bolsonaro e ministros em Brasília antes da pandemia
"Bolsonaro identificou que precisava do apoio dos evangélicos nas eleições e certos grupos evangélicos perceberam que poderiam usar isso para conseguir benefícios", explica. "É preciso lembrar que muitos desses religiosos apoiaram Dilma e Lula quando foi conveniente", afirma.
Carvalho vê uma origem diferente para essa autoridade que acabou sendo conferida ao presidente — uma espécie de vácuo de autoridade que o político soube aproveitar.
"Suas raízes estão, naturalmente, na necessidade de uma representação política que considere alguns valores cristãos importantes, como a família, a justiça, a honra a autoridades e a símbolos que promovam coesão social, e que deixe de marginalizar a voz cristã, erro sistematicamente cometido em governos anteriores", diz ele.
"Bolsonaro, corretamente, se lembrou de que existem milhares e milhares de igrejas no Brasil. Levou a sério os argumentos em favor da liberdade de religião ou crença, e as proteções especiais que essas liberdades recebem na Constituição Federal. Na verdade esse é um ponto a favor de Bolsonaro, e não contra", afirma Carvalho.
Carvalho defende o isolamento social como forma de combater o coronavírus, mas afirma que as autoridades estaduais e municipais, o Ministério Público e a imprensa não "compreendem a importância histórica e social da liberdade religiosa" e que muitos desses grupos estão com medo de perderem a liberdade de culto.
"Se alguém deseja enfraquecer a forma caricatural de conservadorismo representada por Bolsonaro, existe um e apenas um caminho: abrir diálogo com as igrejas evangélicas", diz ele.

Questão econômica

Segundo os analistas, há um setor, que inclui esses líderes, para quem a questão econômica é uma das motivações para a hesitação diante das medidas de isolamento.
"Há um medo das igrejas, porque a entrada financeira acontece principalmente nos cultos presenciais, há o risco da entrada ser menor, e há uma série de compromissos financeiros, aluguel dos templos, salários dos pastores, etc" afirma Kenner Terra.
"Em uma reunião que fui com o governador do Espírito Santo, 70% dos pastores tinham isso como principal preocupação, perguntaram se o Estado iria dar ajuda financeira para as igrejas."
Bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, pediu que seus fiéis não leiam notícias sobre o coronavírus© Reprodução/Instagram Bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, pediu que seus fiéis não leiam notícias sobre o coronavírus
"Não é diferente dos grandes empresários brasileiros que estão pedindo o fim do isolamento, é uma questão de fundo econômico. Eles vivem disso, não querem perder mercado. (O isolamento) interfere na estrutura de recolhimento de oferta", afirma o sociólogo Clemir Fernandes, do Instituto de Estudos da Religião (Iser).
Magali Cunha diz que "não podemos colocar na mesma balança" grandes conglomerados de igreja que possuem bens, influência política e até meios de comunicações, com igrejas menores, que funcionam com base nas doações do dia a dia.
"Muitas vezes é uma igreja que funciona em uma lojinha, em uma garagem, essas neopentecostais que surgem a rodo. Não podem ser comparados com esses líderes que têm compromissos público com uma agenda bolsonarista", diz ela.
"É verdade que alguns líderes de grandes igrejas tem feito muita pressão para manter abertas as igrejas, e pelo menos em alguns casos podemos especular que isso tenha relação com a sustentação financeira dessas igrejas. De certo modo, não difere muito do argumento de alguns empresários", afirma Guilherme de Carvalho.
"Mas tenho a impressão de que, para a maior parte das pequenas congregações, essa realmente não é a grande questão. Ouvi falar pouco sobre isso, entre pastores. A maior preocupação parece ser mesmo a ameaça à liberdade de culto", diz ele.
Pastores preocupados com a disseminação do coronavírus dizem que a solução para cumprir os compromissos econômicos é receber doações de outras formas, e que, embora legítima, essa preocupação não pode passar na frente da segurança e da vida.
Muitas doações têm migrado para a internet. A plataforma EuIgreja, que permite que os fiéis contribuam virtualmente, teve um aumento de 600% em inscrições de igrejas nas últimas três semanas, segundo Rafael Lazzaro, um dos sócios. Já são mil comunidades religiosas inscritas, incluindo a Igreja Metodista, a Igreja do Narazeno e a Assembleia de Deus.
Essa questão já levou inclusive a rusgas públicas entre líderes religiosos importantes. A pastora Ana Paula Valadão, da Igreja de Lagoinha, criticou pastores que não fecharam as portas e sugeriu que eles façam a coleta das doações pela internet. "Tá com medo de perder o quê? Arrecadação financeira?", disse ela.
Isso gerou uma resposta de Silas Malafaia. "Nunca cobrei um centavo para pregar o Evangelho", disse ele, que qualificou a crítica das pastora como uma "fala do inferno no nosso meio" e afirmou que "a igreja é o último reduto" das pessoas em tempos de crise.

Alas progressistas

Entre as igrejas evangélicas, os primeiros a defender o isolamento e transferir os cultos e estudos bíblicos para a internet foram os chamados grupos "progressistas", não alinhados ao presidente.
O pastor Henrique Vieira, líder religioso de esquerda visto no Rio de Janeiro como um "anti-Malafaia", tem feito toda sua pregação pela internet e veio a público criticar o jejum proposto pelo presidente.
"Abstinência de alimentos não parece o mais razoável em tempos de fortalecer nossa imunidade", diz ele, que fez um vídeo para explicar "o verdadeiro sentido do jejum religioso".
"A gente identifica claramente que as igrejas que apoiam as medidas preventivas são as que têm como base teológica do compromisso social" afirma Magali Cunha. "Historicamente trabalham temas como responsabilidade cristã, fazem trabalho social, têm uma preocupação de responder as demandas que surgem da sociedade."
O pastor Ricardo Gondim, da Igreja Betesda, em São Paulo, tem feito alertas diários no Twitter sobre os perigos da pandemia.
"Precisamos, urgente, dar nome, mostrar foto e contar a história das pessoas que morreram de covid", escreveu na quarta-feira (22). "Enquanto a discussão ficar nas futricas do Palácio e os números forem estatísticas frias, mais pessoas se manterão indiferentes."
Kenner Terra lamenta que a ala progressista da igreja evangélica tenha menos visibilidade. "São grupos menores, menos articulados e também que não são donos de grandes meios de comunicação", afirma. "Também é difícil você juntar pessoas muito críticas."

Fé e ciência

No vídeo em que duvida da gravidade do coronavírus, o pastor Edir Macedo mostra o trecho de um vídeo de um médico patologista que contraria a comunidade científica, o Ministério da Saúde e a OMS e diz que "de coronavírus a gente não morre".
"Fica aí o recado do doutor, que é cientista e tem fundamentos científicos para falar o que ele falou com certeza", diz o líder religioso no vídeo.
Mais de 210 mil pessoas já morreram por causa do covid-19 no mundo, mais de 4,5 mil delas no Brasil.
Para o sociólogo Clemir Fernandes, do Iser, o fato de muitos dos argumentos de religiosos e mensagens compartilhadas nas redes sociais trazerem supostos dados científicos, pesquisas e nomes de pesquisadores (muitas vezes incorretamente), mostram que o que existe não é uma descrença da ciência em si, mas uma tendência a acreditar somente naquilo que confirma uma visão já existente.
"Muitas das pessoas que defendem o uso da cloroquina (remédio que está sendo testado e ainda não tem eficácia comprovada) compartilham pesquisas que foram feitas com a substância, por exemplo", diz ele. "Se fosse uma descrença total por causa da religião, isso não aconteceria."
Ou seja, é problema muito mais de posicionamento político e ideológico do que a dificuldade em encaixar a ciência com a espiritualidade.
Para Guilherme de Carvalho, o fato de a "atitude leviana em relação à opinião científica e acadêmica" por parte do presidente não enfraquecer o suporte a Bolsonaro pode ter relação com o fato de a comunidade acadêmica "conversar pouco com a religião brasileira".
Segundo ele, isso "contribui perversamente para que a religião opere como referência única de verdade".
"Nesse deserto sem respeito a autoridades e sem cooperação, florescem teorias conspiratórias e o espírito do populismo. Assim, entre um líder político 'ungido' pelos líderes religiosos, e uma academia e uma imprensa que sempre jogam contra a fé, o povo tenderá a seguir esse líder político", afirma.
"Eu diria que o desprezo à opinião científica que se tornou tão gritante nas últimas semanas foi intensificado por uma inimizade desnecessária entre fé e ciência do qual os culpados são tanto a universidade Brasileira quanto os líderes religiosos evangélicos", afirma.



BBC News


Impeachment de Bolsonaro é “desenlace anunciado”, diz Collor

O ex-presidente Fernando Collor

O senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PROS-AL) disse nesta terça-feira (28) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) caminha para sofrer um processo de impeachment. Em entrevista ao Uol, Collor afirmou que a abertura do inquérito contra Bolsonaro é o primeiro passo para o processo.


IstoÉ

Prefeitura de Manaus recua após gerar polêmica com decisão de empilhar corpos em valas comuns

Com SUS em colapso, Amazonas enterra vítimas da covid-19 em vala ...


MANAUS - Corpos passaram a ser enterrados em valas comuns em Manaus após o aumento de mortes com o início da pandemia do novo coronavírus aliado aos falecimentos que já ocorriam, cotidianamente, na capital do Amazonas. Antes da pandemia, a cidade contabilizava 28 sepultamentos em média por dia e, atualmente, já passam de cem enterros diários. A medida gerou polêmica e a prefeitura avisou que não fará mais o sepultamento em camadas.

Estadão

Brasil supera China e chega a 5.017 mortes por coronavírus; são 474 nas últimas 24h, novo recorde

Familiares e amigos de idosa morta por coronavírus se lamentam em cemitério de M...

O Brasil registrou 474 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo dados atualizados nesta terça-feira, 28, pelo Ministério da Saúde. Com isso, o total oficial de vítimas da covid-19 no País chegou a 5.017, superando os números da China, marco zero da doença, que de acordo com a OMS já somou 4.643 mortes pelo vírus. 

Estadão


domingo, 26 de abril de 2020

MOÇAMBIQUE: Lucros do Banco Único cresceram 16% no ano passado

Lucros do Banco Único cresceram 16% no ano passado
Por Edson Arante

O Banco Único fechou o ano de 2019, com resultados líquidos na ordem de 505 milhões de meticais, mais 16% que no ano anterior. Os activos da instituição também aumentaram (7%).

Mesmo num cenário de estagnação do crédito à economia e de risco elevado que caracterizou 2019, os accionistas do Banco Único reportaram lucros de cerca de 505 milhões de meticais, um aumento de aproximadamente 16% face a 2018 (perto de 437 milhões de meticais).

No seu Relatório e Contas de 2019, consultado pelo “O País”, esta instituição financeira indica que este incremento dos lucros deveu-se, em parte, à manutenção de uma sólida margem financeira.

Adicionalmente, a estratégia de fidelização e dinamização levou a um aumento do número de clientes e, consequentemente, trouxe o volume de transacções, traduzindo-se em mais ganhos com comissões, atenuado por uma ligeira diminuição dos resultados com operações financeiras, um reflexo da rigidez regulamentar e do mercado cambial que se tem vindo a agravar nos últimos anos.

Com o aumento da carteira de clientes, o Banco Único viu os depósitos incrementarem 3%, ao se cifrarem em 22.515.462 milhares de meticais.

“Estes factores aliados a uma criteriosa gestão de risco e capital, com um grande enfoque na recuperação e saneamento do crédito vencido e a uma gestão cuidada dos custos operacionais, levou a que o resultado líquido aumentasse”, lê-se no Relatório e Contas do Banco Único.

Os activos situaram-se nos 27.7 mil milhões de meticais em 2019, contra 25.9 mil milhões em 2018 e 24.1 mil milhões em 2017. O capital próprio aumentou 14% (4.1 mil milhões de meticais em 2019).

Entretanto, e apesar das contas do Banco Único terem fechado “no verde” no ano passado, o crédito bruto concedido aos clientes reduziu 12%, ao situar-se nos cerca de 11.4 mil milhões de meticais, ou seja, o registo mais baixo dos últimos três anos.

E mais, os custos operacionais situaram-se nos 64% em 2019, contra 60 e 51% dos dois anos anteriores, respectivamente.

Concretamente, os custos operacionais, que incluem encargos com pessoal, os outros gastos administrativos e as amortizações do exercício, totalizaram 1.5 mil milhões de meticais, o que corresponde a uma taxa de crescimento de 7,5% em relação a 2018.

Esta evolução, segundo o Banco Único, decorre do crescimento da instituição e dos seus colaboradores, bem como o investimento efectuado na revitalização da infra-estrutura informática.

“O aumento do número do quadro de pessoal de 616 para 620 colaboradores, para adequação do efectivo dos serviços centrais e da área comercial, a evolução das carreiras profissionais e ajustamento salarial ao longo do exercício, traduziu-se num aumento de 5,7% dos custos com pessoal”, refere o Relatório e Contas.



MOÇAMBIQUE: Porto de Pesca da Beira regista terceiro incêndio em três anos


Porto de Pesca da Beira - Home | Facebook
Um barco semi-industrial da PESCAMOZ, ardeu na manhã do passado sábado no Porto de Pesca da Beira, onde estava ancorado, no meio de muitos outros. O incêndio ocorreu em circunstâncias ainda desconhecidas e já decorre uma investigação para clarificar o sucedido. Este incêndio esta a deixar os armadores, as autoridades do Porto de Pesca e a polícia em alerta e preocupados, poi é o terceiro em igual número de anos.

O primeiro incêndio ocorreu em princípios de 2018 (curto circuito no interior do barco que ardeu) e o segundo em meados do ano passado (Um descuido durante trabalhos de manutenção culminaram com o incêndio de um barco).

Este último incêndio foi notado cerca das setes horas e trinta minutos por tripulantes de uma outra embarcação de pesca, que se encontravam nas proximidades que imediatamente alertaram os ocupantes do barco em chama, mas os alerta destes foi ignorado.

“Estavam três pessoas no interior do barco quando vimos muito fumo na popa do barco. Gritamos  na tentativa de alerta  os tripulantes. Nós entendemos que o grupo ignorou o nosso alerta e minutos depois uma forte chama começou  a consumir o barco. Eles abandonaram o barco e nós tivemos que fazer várias manobras para isolar o barco em chama pois havia nas proximidades muitos barcos.” – contou Rafael José, um dos pescadores envolvidos na manobra para isolar o barco da Pescamoz.

Contudo a pronta intervenção dos ocupantes doutros barcos ancorados no porto de Pesca da Beira e as autoridades, em coordenação com os bombeiros municipais, dos Caminhos de Ferro de Moçambique e da Cornelder, que contou com esforços de uma embarcação de um privado,  evitaram que houvesse danos humanos mas os estragos na embarcação foram enormes.

“Nada se pode recuperar. O prejuízo é enorme. Todos os bens (não especificados) que estavam no barco arderam. Já pedimos a polícia para investigar este caso. Precisamos perceber o que teria originado o incêndio.” – lamentou  Pancho Rosálio, proprietário do barco.

Até ao fecho desta nota de reportagem os bombeiros ainda desconheciam as causas do incêndio e a SERNIC já tinha iniciado a investigar este caso.



Coronavírus: Gêmeas idênticas morrem de covid-19 no Reino Unido


As gêmeas tinham outros problemas de saúde, disseram suas irmãsA enfermeira infantil Katy Davis e a ex-enfermeira Emma Davis estavam internadas no Hospital Geral de Southampton. Katy morreu na última terça-feira (21/4), e Emma, na sexta-feira (24/4). Elas tinham 37 anos.
"Elas sempre disseram que vieram ao mundo juntas e que iriam embora juntas também", disse sua irmã, Zoe Davis.
Zoe conta que as duas moravam juntas e tinham outros problemas de saúde.
"Não há palavras para descrever o quanto elas eram especiais. Tudo o que sempre quiseram era ajudar outras pessoas. Desde que eram jovens, elas fingiam que eram médicas e enfermeiras cuidando de suas bonecas", disse Zoe.

"Elas davam tudo de si para todos os pacientes de quem cuidavam. Elas eram excepcionais. Não parece que nada disso é real."

As irmãs morreram com uma diferença de três dias no mesmo hospital
© BBC As irmãs morreram com uma diferença de três dias no mesmo hospital


Katy, que trabalhava no Hospital Infantil de Southampton, testou positivo para covid-19 assim que chegou ao hospital.

"Ela era descrita por seus colegas como uma enfermeira a qual outras pessoas aspiravam ser iguais e para quem a enfermagem era mais do que apenas um trabalho", disse Paula Head, diretora-executiva do Hospital Universitário de Southampton, que administra a unidade onde Katy atendia.

"Em nome de todos aqui, incluindo nossos pacientes e as comunidades a que servimos, gostaria de oferecer nossas sinceras condolências à família dela."

O Royal College of Nursing disse em nota que Katy era "uma enfermeira dedicada e altruísta, que compartilhava suas habilidades e conhecimentos com todos para garantir um excelente atendimento ao paciente".

Elas davam tudo de si par todos os pacientes de quem cuidavam, diz a irmã das gêmeas
Emma trabalhou no mesmo hospital que a irmã, na unidade de cirurgia colorretal, por nove anos, até 2013.

Em uma mensagem para a equipe, a diretora de enfermagem Gail Byrne disse: "Ela tinha o mesmo problema de saúde que Katy e estava doente antes de sua admissão, quando testou positivo para covid-19. É desnecessário dizer o quão devastador e trágico isso é para a família e todos os que as conheciam".

Byrne diz que Emma era "uma excelente enfermeira, calma e alegre, e uma boa líder". "Ela era muito querida por todos e foi uma integrante valiosa da equipe durante seu tempo conosco."

Os funcionários do hospital fizeram um minuto de aplauso para Katy do lado de fora da entrada principal na noite de quinta-feira, horas antes da morte de Emma.

Um total de 50 funcionários de enfermagem britânicos morreram até agora na pandemia de coronavírus, de acordo com uma lista compilada pelo site Nursing Times.

Foto: © ZOE DAVIS As gêmeas tinham outros problemas de saúde, disseram suas irmãs
BBC News

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