Foto: Fábio Costa |
Segundo a Polícia Civil, além dos desvios, há indícios de subtração de documentos públicos.
A Delegacia de Repressão a Defraudações Públicas (DRDP), vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), realizou hoje (25) a primeira fase da "Operação Companheiro", no Município de Curuçá. O objetivo foi dar cumprimento a mandados de busca e apreensão de documentos da prefeitura, que estavam desaparecidos. Há indícios de desvios de recursos públicos, corrupção e subtração de documentos públicos.
Todos os documentos - fundamentais nas investigações e que devem servir de prova futuramente - foram apreendidos. O delegado Carlos Eduardo Vieira, que comanda as investigações sobre o caso, explica que as investigações foram iniciadas depois que a delegacia especializada recebeu do Ministério Público, uma requisição de instauração de inquérito policial para investigar os indícios de fraude.
Junto com a ordem para iniciar as investigações, o delegado recebeu o relatório do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). O conselho monitorou transações bancárias e identificou movimentações suspeitas. Há várias transferências bancárias que foram feitas por pessoas ligadas aos gestores municipais. A suspeita é que teriam se aproveitado indevidamente de recursos da prefeitura. A quantidade de pessoas envolvidas no esquema e a valor total do desvio ainda serão determinados durante as investigações da polícia civil.
A suspeita é de que o esquema funcionava por meio de duas empresas: a Campasa e a Associação de Agropesqueira do Município de Curuça. Nos contratos, verbas publicas eram utilizadas para a compra de produtos alimentícios. Mas depois de pagar pelos produtos, o valor era revestido para representantes da gestão do município.
Portanto, o crime ocorria por meio de transações financeiras entre contas da Prefeitura e de empresas que supostamente eram prestados serviços à municipalidade.
Além disso, há também a subtração de documentos públicos. O delegado explica que é investigado o crime de desvios de recursos públicos que ocorriam na gestão do prefeito Fernando Cruz. Os documentos que comprovariam as irregulares nos contratos administrativos - contratos firmados entre 2008 e 2012 - desapareceram. No entanto, ele foram encontrados ontem na sede de uma das empresas investigadas. Todos os documentos serão cuidadosamente analisados.
Por: Portal ORM com informações de O Liberal
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