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terça-feira, 9 de maio de 2017

Nova esperança de tratamento para o mal de Parkinson

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MD Saude
Embora não seja fatal, o Parkinson é uma doença incurável, segundo médicos.
Uma das doenças neurodegenerativas mais comuns nos seres humanos, o mal de Parkinson afeta cerca de 10 milhões de pessoas em todo mundo, das quais aproximadamente 200 mil no Brasil. E embora não seja fatal, é uma doença incurável, levando suas vítimas a conviverem muito tempo com o problema e exigindo tratamentos para o alívio dos sintomas, que incluem, além dos notórios tremores, lentidão nos movimentos e rigidez muscular, entre outros.

Atualmente, os tratamentos mais usados para o Parkinson são medicamentos que substituem a dopamina que deixa de ser produzida com a morte dos neurônios da chamada “substância negra” — parte da região do cérebro conhecida como núcleos da base, responsáveis, entre outras funções, pelo controle motor — e o método de estimulação cerebral profunda. Os remédios, no entanto, acabam perdendo o efeito, e ambas as opções trazem benefícios para os pacientes com duração muito limitada. Agora, um experimento com camundongos conduzido por cientistas da Universidade Carnegie Mellon, nos EUA, abre caminho para o desenvolvimento de novas terapias que podem aliviar os sintomas da doença por mais tempo.

— Uma das maiores limitações dos tratamentos para o mal de Parkinson é que eles dão apenas um alívio temporário dos sintomas — justifica a neurocientista Aryn Gittis, pesquisadora da universidade americana e líder do estudo, publicado ontem em adiantamento on-line da revista científica “Nature Neuroscience”. — E os sintomas podem voltar rapidamente se o paciente perde uma dose do remédio ou a estimulação cerebral profunda é descontinuada. Não existem estratégias terapêuticas para o alívio duradouro das desordens motoras associadas ao mal de Parkinson.

Circuitos sem dopamina

Diante disso, Aryn e colegas decidiram investigar como a manipulação de duas populações distintas de neurônios apenas recentemente identificadas na porção externa dos chamados globos pálidos — também parte dos núcleos da base e que têm seu funcionamento prejudicado pela falta da dopamina que era fabricada pelos neurônios mortos da substância negra — se traduziria nos sintomas de Parkinson. Para tanto, eles lançaram mão de uma técnica conhecida como optogenética, que usa camundongos geneticamente modificados de forma que seus neurônios possam ser ativados, controlados ou rotulados por meio de estímulos ou marcadores luminosos.

Também alterados para sofrerem com uma falta de dopamina nos núcleos da base similar à que acomete os humanos com Parkinson, os camundongos tiveram os circuitos cerebrais formados pelas diferentes populações de neurônios em seus globos pálidos externos (GPe) manipulados em diversas configurações. Primeiro, os cientistas testaram tanto uma estimulação quanto uma supressão uniforme do funcionamento das duas populações, designadas PV-GPe e Lhx6-GPe de acordo com a expressão de distintos fatores biomoleculares, sem observar nenhum efeito nos sintomas dos animais.

Os pesquisadores então experimentaram elevar a atividade apenas dos neurônios PV-GPe para que suplantasse a dos Lhx6-GPe. Com isso, os camundongos recuperaram o controle sobre seus movimentos por um período de quatro horas, muito maior que o visto com as opções de tratamento atuais. Por fim, como as duas populações de neurônios se sobrepõem em parte, eles testaram ainda a relação inversa, isto é, um estímulo maior da atividade dos Lhx6-GPe sobre a dos PV-GPe. Neste caso, só alguns dos animais apresentaram alguma melhora dos sintomas, e ainda assim por um tempo muito curto após a manipulação.

Segundo os cientistas, embora a optogenética não seja aplicável em humanos, a descoberta de que uma atividade diferenciada das duas populações de neurônios dos globos pálidos externos produziu efeitos benéficos mais duradouros nos animais pode servir de base para a montagem de novos procolos de tratamento de estimulação cerebral profunda em humanos — que levem em conta essa característica para que os pacientes de Parkinson tenham um alívio mais prolongado de seus sintomas após as sessões de terapia.

— Como pesquisadores, todo dia tentamos procurar novas terapias e alvos que ajudem a controlar os sintomas destas doenças neurodegenerativas que não têm cura — lembra Murilo Martinez Marinho, coordenador de neurocirurgia funcional do Hospital São Paulo-Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). — Neste caso, eles mostraram, em um estudo não clínico, que uma estimulação diferenciada dos neurônios dos globos pálidos externos nos núcleos da base pode ser uma opção. Assim, esta descoberta pode vir a guiar a criação de novos protocolos para a estimulação cerebral profunda de forma a melhor modular a atividade elétrica nesta região do cérebro dos pacientes, dando a eles um alívio maior dos seus sintomas.
Extra

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