Sócios de uma empresa decidiram colocar estacas e arames farpados no meio de uma praça localizada em uma área nobre de Palmas. O objetivo era delimitar a propriedade deles, composta por oito lotes de 100 metros quadrados, depois de verificar a extensão do terreno ocupado.
O local da praça não é totalmente público. O projeto inicial previa uma área com lojas, mas foi alterado. A Prefeitura de Palmas resolveu transformar o lugar em uma área de lazer, onde todo mundo podia caminhar, fazer piquenique, trazer as crianças para os brinquedos. Mas ninguém avisou antes os donos dos lotes que ficam no meio. Eles não gostaram e resolveram cercar a área particular.
Não deu nem tempo de tirar a lixeira. Quem mora ou trabalha por perto, ficou sem entender nada.
"Eu pensei que era um rodeio, alguma coisa", diz a doméstica Ana Lúcia Aguiar.
"É uma praça pública, né? Eu não esperava isso", questiona a gestora de RH, Angélica Lopes
Brincar no local ficou perigoso. "Tem bastante criança que vem para cá e o perigo é da criança ir lá, mexer e se machucar", diz a diarista Lucivânia Nascimento.
"Acho que não tinha necessidade de colocar arame farpado. Podia colocar tipo um aviso, um bannerzinho falando que é particular, propriedade particular, alguma coisa assim, mas não arame", opina a gestora de RH.
Para o Conselho Federal de Arquitetura e Urbanismo, a mudança no projeto é que provocou a confusão porque a Prefeitura acabou ocupando uma área bem maior do que a prevista inicialmente.
"Está correto o proprietário cercar, mas não está correto ele cercar com arame farpado", diz o conselheiro, Luiz Hildebrando Paz.
A Prefeitura de Palmas diz que cuidou dos lotes porque eles estavam abandonados e prometeu retirar a grama, mas quer que as cercas de arame farpado saiam do local.
G! TO
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