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terça-feira, 28 de abril de 2020

É possível pegar gripe e coronavírus ao mesmo tempo?


A coinfecção entre gripe e coronavírus parece ser possível.
Em época de aumento dos casos de gripe e de pandemia de Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), nossa leitora Maria do Carmo Fernandes pergunta: “Afinal, dá para pegar se infectar com os dois vírus ao mesmo tempo?”

É possível, sim, Maria. “Ainda estamos conhecendo o Sars-CoV-2, mas temos bem documentado na literatura que infecções de vírus respiratórios são capazes de ocorrer simultaneamente”, comenta Ivan França, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

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Por exemplo: evidências preliminares de um estudo conduzido pela Universidade Stanford, nos Estados Unidos, mostram que uma a cada cinco pessoas com Covid-19 pode estar contaminada com outros agentes infecciosos.

O trabalho analisou 562 indivíduos e, dos 49 que testaram positivo para o novo coronavírus, 22% também apresentavam outros vírus respiratórios, principalmente rinovírus, responsável por resfriados, e enterovírus, causador de pneumonias e outras doenças.

Até agora, a coinfecção com o influenza parece mais rara, mas não deixa de preocupar. “Esse ano, os surtos de gripe aconteceram mais cedo que o previsto e ainda aumentarão durante outono e inverno”, alerta o pneumologista Bruno Baldi, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Apesar de não ser muito comum, a combinação existe e precisa ser pesquisada, pois existe tratamento para o influenza. Sem falar que ele poderia agravar a Covid-19 caso passe despercebido.

Coinfecção de coronavírus e gripe gera sintomas mais graves?
Teoricamente, sim. “Teríamos dois vírus agredindo o organismo e, juntos, atacando os pulmões, o que aumentaria a agressividade de ambos”, destaca Baldi. “Mas essa é uma hipótese a ser confirmada em estudos”, complementa o médico.

Suspeita-se ainda de um prejuízo nas defesas naturais do organismo. “Podemos dizer que um reduz a imunidade para o outro”, propõe Raquel Muarrek, infectologista da Rede D’Or.

Entretanto, uma pesquisa chinesa avaliou 115 pessoas com Covid-19, entre as quais cinco também estavam com influenza, e concluiu que esse subgrupo não parecia ter sintomas mais severos nem um prognóstico pior. Todos os participantes foram tratados e curados sem necessidade de passagem pela UTI.

Vale ressaltar que a parcela de portadores dos dois vírus era pequena e eles receberam o tratamento específico para a gripe. Daí a importância de fazer o diagnóstico e a diferenciação com exames.

Como diferenciar a gripe da Covid-19
Com base apenas nos sintomas, é difícil, uma vez que eles geralmente são parecidos. “O ideal é, já na triagem do pronto-socorro, realizar o exame para detectar as duas doenças”, explica França. O teste para coronavírus está disputado, enquanto o do influenza é mais comum e rápido.

“Do ponto de vista prático, a ausência de resultado para Covid-19 não muda a nossa conduta, porque não há tratamento específico para ela. Mas, se a pessoa estiver com gripe, já podemos iniciar o uso do remédio antiviral”, aponta Baldi.

Contudo, melhor do que tratar, é prevenir. Tanto para reduzir o risco de complicações quanto o número de pessoas nos hospitais, os médicos reforçam a importância de se vacinar contra a gripe.

Foto: © Ilustração: Marcos de Lima/SAÚDE é Vital A coinfecção entre gripe e coronavírus parece ser possível.


Saúde é Vital

Como crise do coronavírus expõe racha entre evangélicos no Brasil

Cultos religiosos, que costumam receber centenas ou até milhares de pessoas, podem se transformar em um local de transmissão em massa - assim como jogos esportivos, protestos e festas
© Reprodução/Facebook Templo de Salomão Cultos religiosos, que costumam receber centenas ou até milhares de pessoas, podem se transformar em um local de transmissão em massa - assim como jogos esportivos, protestos e festas
O teólogo Kenner Terra, do Espírito Santo, teve que lidar com uma enxurrada de críticas e comentários agressivos de outros evangélicos quando publicou um texto defendendo o isolamento social para combater o coronavírus.

Coordenador do Fórum Evangelho e Justiça no Espírito Santo, Terra é pastor de uma igreja batista que está entre as que defendem as medidas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMSA) para evitar a disseminação da covid-19. 

Em contraste com líderes evangélicos conhecidos que vieram a público criticar o isolamento e defender a abertura das igrejas, diversos pastores das mais diferentes denominações defendem a suspensão de cultos presenciais e estão disponibilizando cultos online, enviando cartas e promovendo eventos e debates na internet sobre a importância dos cuidados diante da pandemia.
"Mas é uma minoria", diz Terra. "Só de você estar considerando as recomendações da OMS já é quase como um 'ato de resistência'", diz ele.
As igrejas estão divididas. De um lado líderes que defendem o fim do isolamento, a manutenção dos templos abertos e os cultos presenciais — destes, alguns até entraram em disputa com o Ministério Público do Rio de Janeiro pelo direito de manter as igrejas abertas. Do outro lados, líderes que fecharam os templos, fazem cultos online e pedem para os fiéis orarem em casa.
Para teólogos e sociólogos evangélicos ouvidos pela BBC News Brasil, essa divergência sobre o coronavírus expõe uma divisão nesse grupo religioso que se acentuou durante os últimos anos, à medida que o presidente do país, Jair Bolsonaro, assumia, cada vez mais, uma "aura de autoridade religiosa".
Eles dizem que, do lado dos que minimizam a ameaça da crise, estão, em geral, grupos que se alinham com o projeto Bolsonarista e o acompanham na forma de lidar com a pandemia; de outro, estão grupos que não aderiram ao que Kenner Terra chama de "bolsoreligiosidade".
Mas a situação embaralhou as divisões "clássicas" que normalmente se fazem dos evangélicos — entre os grupos de heranças protestantes mais tradicionais (como metodistas, batistas e presbiterianos) e os neopentecostais e pentecostais (igrejas como a Assembleia de Deus e a Universal).
Grupos evangélicos no Brasil são heterogêneos© Getty Images Grupos evangélicos no Brasil são heterogêneos
Ou seja, não é possível separar a postura por tradição religiosa — dentro desses segmentos há uma divisão. Na igreja metodista, por exemplo, que em geral têm defendido o isolamento, há líderes divergentes.

Alinhamento com Bolsonaro

Segundo uma pesquisa recente do instituto Datafolha, os evangélicos continuam sendo um dos setores onde Bolsonaro tem aprovação. E, embora a maioria dos evangélicos no Brasil seja a favor das medidas de isolamento, o índice dos que são contra o isolamento e acham que a população deve sair para trabalhar (de 44%) é maior entre esses religiosos do que na população em geral (37%).
"Penso que o alinhamento ao projeto de Bolsonaro tem uma relação mais direta com a polarização entre conservadores (direita) e liberais (esquerda)", explica o teólogo conservador Guilherme de Carvalho, diretor do grupo de estudos L'Abri Fellowship Brasil e ex-diretor de educação em direitos humanos do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
No entanto, ressalva, a crise do coronavírus fez com que o apoio a Bolsonaro e às medidas de isolamento não seja unânime nem entre os conservadores, afirma Carvalho, que também é membro do conselho deliberativo do Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR).
"Posso dizer que há muitos conservadores católicos e evangélicos que não estão de modo algum alinhados com Bolsonaro na questão do coronavírus, tanto fora quanto dentro do governo, inclusive", diz ele, que deixou o ministério no mês passado.
Líderes da igreja Batista de Lagoinha, por exemplo, frequentada pela ministra Damares Alves, ao mesmo tempo que apoiaram o dia de jejum convocado por Bolsonaro ("para que o país fique livre desse mal"), têm feito cultos online, chamando os fiéis para ficarem em casa e criticado pastores que não fazem o mesmo.
"A covid-19 rachou o suporte evangélico transversalmente, em todas as denominações, excetuando-se as mais autocráticas (centradas na figura de líderes religiosos específicos)", afirma Carvalho.

Fator Moro

Outro fator recente que evidenciou o divergência entre as igrejas foi o pedido de demissão do ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
A saída de Moro foi vista com desaprovação por boa parte da comunidade evangélica, explica Carvalho, que vê Moro como símbolo de combate à corrupção.
"Muitos ficaram bem desgostosos com esse processo todo, fazendo com que a posição de muitos evangélicos tenha se movimentado um pouco mais para a oposição", diz ele.
Até líderes que fazem parte da base mais fiel de apoio ao presidente — como o pastor Silas Malafaia — criticam a saída do ministro.
E entidades importantes e normalmente próximas ao governo Bolsonaro, como a Associação dos Juristas Evangélicos (Anajure), viram com descontentamento a saída do ministro. A Anajure emitiu uma nota de repúdio à "interferência do presidente na direção-geral da Polícia Federal".
No entanto, muitos pastores ainda se mantém fiéis à "bolsoreligiosidade".

Líderes midiáticos

A pesquisadora metodista Magali Cunha, do grupo Comunicação e Religião da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), explica que são esses líderes mais "midiáticos" — nomes como Silas Malafaia (da Assembleia de Deus Vitória em Cristo) e Edir Macedo (Igreja Universal do Reino de Deus) — que têm sido os mais vocais na crítica às medidas de isolamento e mais negacionistas em relação à ameaça representadas pelo coronavírus.
Macedo compartilhou um vídeo em que dizia que o coronavírus não era uma grande ameaça. "Meu amigo e minha amiga, não se preocupe com o coronavírus. Porque essa é a tática, ou mais uma tática, de Satanás" dizia ele.
A Frente Parlamentar Evangélica também defendeu que as igrejas fiquem abertas.
"É fundamental que os templos, guardadas as devidas medidas de prevenção, estejam de portas abertas para receber os abatidos e acolher os desesperados", disse o grupo em nota emitida há algumas semanas.
"A fé ajuda a superar angústias e é fator de equilíbrio psicoemocional", afirma a bancada.
A BBC News Brasil tentou falar com o presidente da bancada, o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), e com líderes religiosos contrários ao fechamento dos templos, mas não obteve resposta.
A Igreja Universal disse em nota que serviços religiosos foram considerados essenciais por decreto presidencial e que está tomando medidas de "cautela sanitária", como oferecer álcool em gel e pedir para que os fiéis sentem longe uns dos outros nos locais onde os cultos ainda estão sendo realizados — eles foram suspensos nos Estados que os proibiram.
"Nas localidades onde está proibida a realização de cultos em templos religiosos, a Universal está aberta apenas para orações individuais e auxílio espiritual, e observando todas as cautelas sanitárias", diz a igreja.
"Percebe-se que um dos principais grupos que estão contra a medida (de isolamento social) são igrejas sem uma organização mais coletiva, governadas por líderes únicos com uma liderança mais personalistas — figuras sempre envolvidas em polêmicas que acompanham politicamente as orientações do presidente", afirma Cunha.
O próprio presidente, dizem os teólogos, acabou se transformando em uma figura de "autoridade religiosa", capaz de influenciar o posicionamento de pastores e fiéis.
Guilherme de Carvalho considera que esse fator é a principal motivação dos grupos contrários ao isolamento social.
"Bolsonaro claramente tem uma aura de autoridade religiosa. Essa aura foi evidentemente cultivada e explorada na 'Santa Convocação' ao jejum do dia 5 de abril, com um vídeo bastante divulgado em redes sociais com palavras de apoio de importantes lideranças evangélicas", afirma Carvalho.
Apoiaram o jejum lideranças importantes das mais variadas denominações religiosas: as igrejas Sara Nossa Terra, Mundial do Poder de Deus, Renascer em Cristo, Presbiteriana do Brasil, Quadrangular do Reino de Deus, Batista Getsêmani e outras igrejas batistas.
"Essa autoridade foi conferida pelas próprias autoridades religiosas, embora, a essa altura, tenha ganhado certa independência", diz ele.
Nesse contexto, explica, Bolsonaro é visto como representante de certos valores morais caros a esses grupos e qualquer oposição a ele é vista como sendo feita por "inimigos da fé".
"É o voto de confiança turbinado pela religiosidade", diz ele, para quem esse apoio também é perpassado por um temor entre os conservadores de que "o enfraquecimento de Bolsonaro permita a ascensão da esquerda".
"É o que eu chamo de 'bolsorreligiosidade', que tem em Bolsonaro uma figura sagrada, a fala dele representa a leitura de mundo que deve ser seguida", explica Kenner Terra.
"Há uma tendência de tornar esse apoio ao Bolsonaro em um ato piedoso: é óbvio que apoiá-lo é defender a família, quem não o apoia é inimigo, não é ouvido, precisa ser exorcizado e silenciado."
Membros da bancada evangélica do Congresso se reúnem com o presidente Jair Bolsonaro e ministros em Brasília antes da pandemia© Agência Brasil Membros da bancada evangélica do Congresso se reúnem com o presidente Jair Bolsonaro e ministros em Brasília antes da pandemia
"Bolsonaro identificou que precisava do apoio dos evangélicos nas eleições e certos grupos evangélicos perceberam que poderiam usar isso para conseguir benefícios", explica. "É preciso lembrar que muitos desses religiosos apoiaram Dilma e Lula quando foi conveniente", afirma.
Carvalho vê uma origem diferente para essa autoridade que acabou sendo conferida ao presidente — uma espécie de vácuo de autoridade que o político soube aproveitar.
"Suas raízes estão, naturalmente, na necessidade de uma representação política que considere alguns valores cristãos importantes, como a família, a justiça, a honra a autoridades e a símbolos que promovam coesão social, e que deixe de marginalizar a voz cristã, erro sistematicamente cometido em governos anteriores", diz ele.
"Bolsonaro, corretamente, se lembrou de que existem milhares e milhares de igrejas no Brasil. Levou a sério os argumentos em favor da liberdade de religião ou crença, e as proteções especiais que essas liberdades recebem na Constituição Federal. Na verdade esse é um ponto a favor de Bolsonaro, e não contra", afirma Carvalho.
Carvalho defende o isolamento social como forma de combater o coronavírus, mas afirma que as autoridades estaduais e municipais, o Ministério Público e a imprensa não "compreendem a importância histórica e social da liberdade religiosa" e que muitos desses grupos estão com medo de perderem a liberdade de culto.
"Se alguém deseja enfraquecer a forma caricatural de conservadorismo representada por Bolsonaro, existe um e apenas um caminho: abrir diálogo com as igrejas evangélicas", diz ele.

Questão econômica

Segundo os analistas, há um setor, que inclui esses líderes, para quem a questão econômica é uma das motivações para a hesitação diante das medidas de isolamento.
"Há um medo das igrejas, porque a entrada financeira acontece principalmente nos cultos presenciais, há o risco da entrada ser menor, e há uma série de compromissos financeiros, aluguel dos templos, salários dos pastores, etc" afirma Kenner Terra.
"Em uma reunião que fui com o governador do Espírito Santo, 70% dos pastores tinham isso como principal preocupação, perguntaram se o Estado iria dar ajuda financeira para as igrejas."
Bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, pediu que seus fiéis não leiam notícias sobre o coronavírus© Reprodução/Instagram Bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, pediu que seus fiéis não leiam notícias sobre o coronavírus
"Não é diferente dos grandes empresários brasileiros que estão pedindo o fim do isolamento, é uma questão de fundo econômico. Eles vivem disso, não querem perder mercado. (O isolamento) interfere na estrutura de recolhimento de oferta", afirma o sociólogo Clemir Fernandes, do Instituto de Estudos da Religião (Iser).
Magali Cunha diz que "não podemos colocar na mesma balança" grandes conglomerados de igreja que possuem bens, influência política e até meios de comunicações, com igrejas menores, que funcionam com base nas doações do dia a dia.
"Muitas vezes é uma igreja que funciona em uma lojinha, em uma garagem, essas neopentecostais que surgem a rodo. Não podem ser comparados com esses líderes que têm compromissos público com uma agenda bolsonarista", diz ela.
"É verdade que alguns líderes de grandes igrejas tem feito muita pressão para manter abertas as igrejas, e pelo menos em alguns casos podemos especular que isso tenha relação com a sustentação financeira dessas igrejas. De certo modo, não difere muito do argumento de alguns empresários", afirma Guilherme de Carvalho.
"Mas tenho a impressão de que, para a maior parte das pequenas congregações, essa realmente não é a grande questão. Ouvi falar pouco sobre isso, entre pastores. A maior preocupação parece ser mesmo a ameaça à liberdade de culto", diz ele.
Pastores preocupados com a disseminação do coronavírus dizem que a solução para cumprir os compromissos econômicos é receber doações de outras formas, e que, embora legítima, essa preocupação não pode passar na frente da segurança e da vida.
Muitas doações têm migrado para a internet. A plataforma EuIgreja, que permite que os fiéis contribuam virtualmente, teve um aumento de 600% em inscrições de igrejas nas últimas três semanas, segundo Rafael Lazzaro, um dos sócios. Já são mil comunidades religiosas inscritas, incluindo a Igreja Metodista, a Igreja do Narazeno e a Assembleia de Deus.
Essa questão já levou inclusive a rusgas públicas entre líderes religiosos importantes. A pastora Ana Paula Valadão, da Igreja de Lagoinha, criticou pastores que não fecharam as portas e sugeriu que eles façam a coleta das doações pela internet. "Tá com medo de perder o quê? Arrecadação financeira?", disse ela.
Isso gerou uma resposta de Silas Malafaia. "Nunca cobrei um centavo para pregar o Evangelho", disse ele, que qualificou a crítica das pastora como uma "fala do inferno no nosso meio" e afirmou que "a igreja é o último reduto" das pessoas em tempos de crise.

Alas progressistas

Entre as igrejas evangélicas, os primeiros a defender o isolamento e transferir os cultos e estudos bíblicos para a internet foram os chamados grupos "progressistas", não alinhados ao presidente.
O pastor Henrique Vieira, líder religioso de esquerda visto no Rio de Janeiro como um "anti-Malafaia", tem feito toda sua pregação pela internet e veio a público criticar o jejum proposto pelo presidente.
"Abstinência de alimentos não parece o mais razoável em tempos de fortalecer nossa imunidade", diz ele, que fez um vídeo para explicar "o verdadeiro sentido do jejum religioso".
"A gente identifica claramente que as igrejas que apoiam as medidas preventivas são as que têm como base teológica do compromisso social" afirma Magali Cunha. "Historicamente trabalham temas como responsabilidade cristã, fazem trabalho social, têm uma preocupação de responder as demandas que surgem da sociedade."
O pastor Ricardo Gondim, da Igreja Betesda, em São Paulo, tem feito alertas diários no Twitter sobre os perigos da pandemia.
"Precisamos, urgente, dar nome, mostrar foto e contar a história das pessoas que morreram de covid", escreveu na quarta-feira (22). "Enquanto a discussão ficar nas futricas do Palácio e os números forem estatísticas frias, mais pessoas se manterão indiferentes."
Kenner Terra lamenta que a ala progressista da igreja evangélica tenha menos visibilidade. "São grupos menores, menos articulados e também que não são donos de grandes meios de comunicação", afirma. "Também é difícil você juntar pessoas muito críticas."

Fé e ciência

No vídeo em que duvida da gravidade do coronavírus, o pastor Edir Macedo mostra o trecho de um vídeo de um médico patologista que contraria a comunidade científica, o Ministério da Saúde e a OMS e diz que "de coronavírus a gente não morre".
"Fica aí o recado do doutor, que é cientista e tem fundamentos científicos para falar o que ele falou com certeza", diz o líder religioso no vídeo.
Mais de 210 mil pessoas já morreram por causa do covid-19 no mundo, mais de 4,5 mil delas no Brasil.
Para o sociólogo Clemir Fernandes, do Iser, o fato de muitos dos argumentos de religiosos e mensagens compartilhadas nas redes sociais trazerem supostos dados científicos, pesquisas e nomes de pesquisadores (muitas vezes incorretamente), mostram que o que existe não é uma descrença da ciência em si, mas uma tendência a acreditar somente naquilo que confirma uma visão já existente.
"Muitas das pessoas que defendem o uso da cloroquina (remédio que está sendo testado e ainda não tem eficácia comprovada) compartilham pesquisas que foram feitas com a substância, por exemplo", diz ele. "Se fosse uma descrença total por causa da religião, isso não aconteceria."
Ou seja, é problema muito mais de posicionamento político e ideológico do que a dificuldade em encaixar a ciência com a espiritualidade.
Para Guilherme de Carvalho, o fato de a "atitude leviana em relação à opinião científica e acadêmica" por parte do presidente não enfraquecer o suporte a Bolsonaro pode ter relação com o fato de a comunidade acadêmica "conversar pouco com a religião brasileira".
Segundo ele, isso "contribui perversamente para que a religião opere como referência única de verdade".
"Nesse deserto sem respeito a autoridades e sem cooperação, florescem teorias conspiratórias e o espírito do populismo. Assim, entre um líder político 'ungido' pelos líderes religiosos, e uma academia e uma imprensa que sempre jogam contra a fé, o povo tenderá a seguir esse líder político", afirma.
"Eu diria que o desprezo à opinião científica que se tornou tão gritante nas últimas semanas foi intensificado por uma inimizade desnecessária entre fé e ciência do qual os culpados são tanto a universidade Brasileira quanto os líderes religiosos evangélicos", afirma.



BBC News


Prefeitura de Manaus recua após gerar polêmica com decisão de empilhar corpos em valas comuns

Com SUS em colapso, Amazonas enterra vítimas da covid-19 em vala ...


MANAUS - Corpos passaram a ser enterrados em valas comuns em Manaus após o aumento de mortes com o início da pandemia do novo coronavírus aliado aos falecimentos que já ocorriam, cotidianamente, na capital do Amazonas. Antes da pandemia, a cidade contabilizava 28 sepultamentos em média por dia e, atualmente, já passam de cem enterros diários. A medida gerou polêmica e a prefeitura avisou que não fará mais o sepultamento em camadas.

Estadão

Brasil supera China e chega a 5.017 mortes por coronavírus; são 474 nas últimas 24h, novo recorde

Familiares e amigos de idosa morta por coronavírus se lamentam em cemitério de M...

O Brasil registrou 474 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo dados atualizados nesta terça-feira, 28, pelo Ministério da Saúde. Com isso, o total oficial de vítimas da covid-19 no País chegou a 5.017, superando os números da China, marco zero da doença, que de acordo com a OMS já somou 4.643 mortes pelo vírus. 

Estadão


terça-feira, 21 de abril de 2020

Coronavírus: O vilarejo argentino isolado por um churrasco 'fatal'

O povo continua sem acreditar no vírus que está por ai. Parece o trufo de satanas contra Deus. Ninguem acredita que ele existe e ele vai levando as almas para o inferno. Veja:

Um grupo de moradores da cidade patagônica de Loncopué violou a quarentena obrigatória para comemorar um aniversário. O resultado: dois mortos (incluindo o aniversariante), dezenas de infectados e uma cidade de 6.000 habitantes totalmente isolada


Em 19 de março, o presidente argentino, Alberto Fernández, anunciou em sua residência oficial em Buenos Aires que no final do dia a Argentina se tornaria um dos primeiros países da região a entrar em quarentena obrigatória.
No entanto, a centenas de quilômetros de distância, em uma pequena cidade da Patagônia, um grupo de vizinhos decidiu que o decreto presidencial não iria atrapalhar seus planos de desfrutar de um churrasco de domingo.
Não era apenas um churrasco: era também uma festa de aniversário; então, depois de comer, o grupo de familiares e amigos seguiu comemorando.
"Comeram churrasco e compartilharam cerveja e vinho da mesma garrafa", disse o prefeito da Loncopué, no oeste da Argentina, onde o evento foi realizado.
A violação das regras acabou provando-se mortal. Alguns dias depois, o aniversariante, um homem de 64 anos, morreu. As autoridades de saúde confirmaram seu diagnóstico positivo por covid-19.
Outro homem de 68 anos, que nem participou das celebrações, morreu após ter sido infectado por um dos filhos do aniversariante.
E pelo menos 29 moradores de Loncopué testaram positivo para o vírus, um deles uma mulher de 61 anos que está hospitalizada em um hospital próximo.
O tamanho do surto levou as autoridades regionais a declarar o isolamento total desta cidade de cerca de 6.000 habitantes, bloqueando as vias de acesso.
Todas as lojas também foram fechadas.
O promotor que ordenou o isolamento disse que tomou a decisão "para a proteção da saúde pública de todos os cidadãos da cidade, locais próximos e da província em geral".
Presidente argentino, Alberto Fernández, decretou quarentena obrigatória em 20 de março© Getty Images Presidente argentino, Alberto Fernández, decretou quarentena obrigatória em 20 de março
'Servir de lição'
Por sua parte, o prefeito de Loncopué, Walter Fonseca, alertou que "às vezes, quando a quarentena não é realizada adequadamente, essas coisas acontecem".
"Tem que ser uma lição para pessoas de outros locais entenderem que isso (isolamento social) não é uma piada", disse ele ao canal de notícias A24.
"Quarentena significa quarentena: você tem que ficar em casa, não pode receber visitas nem nada do tipo."
"Lamentamos profundamente o que está acontecendo conosco, a perda de nossos vizinhos", disse ele.
Os casos de Loncopué representam um terço do número total de infectados em toda a província de Neuquén.
As autoridades que ordenaram o "bloqueio" da cidade em 10 de abril anunciaram que a partir de terça-feira a medida será relaxada, permitindo que as empresas renovem seus estoques para que os moradores possam acessar alimentos e suprimentos básicos.
No entanto, as lojas só podem abrir entre 10h e 16h.
Autoridades fecharam os acessos a Loncopué para tentar corter surto© Facebook Autoridades fecharam os acessos a Loncopué para tentar corter surto

Paciente zero

Os pesquisadores ainda não foram capazes de determinar quem foi o "paciente zero" que levou o coronavírus para Loncopué.
Provavelmente, acreditam eles, um vizinho contraiu o vírus durante uma visita a uma cidade vizinha, onde outras infecções foram registradas.
Eles estão convencidos de que o fatídico churrasco teria sido uma das principais fontes de propagação. Vários dos participantes estão entre os casos que deram positivo para a covid-19.
Mas os primeiros que morreram como resultado desse contágio nem participaram da celebração.
O filho da vítima, Claudio, disse que seu pai provavelmente contraiu o vírus de um vizinho, um jovem gasista, que o ajudou a limpar seu aquecedor.
O jovem era um dos filhos do aniversariante, o homem de 64 anos que acabaria morrendo um dia depois do pai de Claudio.
A partir desses dados, as autoridades concluíram que o provável foco inicial de contágio havia sido o churrasco em 22 de março.
Eles imediatamente rastrearam e isolaram os outros participantes daquele evento, vários dos quais foram diagnosticados positivo para a covid-19 (embora muitos sem sintomas).
'Falta de consciência'
Apesar do drama que está gerando, o coronavírus não conseguiu dividir esta cidade, principalmente dedicada à pecuária, mineração e comércio.
Um símbolo disso foram as palavras de Cláudio, que apesar de ter perdido o pai, garantiu que não guarda rancor contra as pessoas que participaram do churrasco.
"O que aconteceu foi resultado da falta de consciência, mas não havia intenção maliciosa", disse ele ao canal de notícias da TN.
Ele também enfatizou que seu pai, que estava em uma cadeira de rodas, tinha um relacionamento "muito agradável" com seu vizinho gasista e que ele e sua família eram muito gratos ao jovem por todas as vezes que ele o ajudara.
As duas famílias até falaram ao telefone e lhe ofereceram suas condolências pelas perdas.
'Muito longe'
O Ministério Público informou que abriu uma investigação para determinar as responsabilidades criminais dos moradores que participaram do churrasco.
No entanto, a imprensa local garante que eles não foram os únicos que violaram a quarentena obrigatória em Loncopué.
Presidente Alberto Fernández decretou uma quarentena obrigatória em 20 de março, que foi prorrogada até o final de abril.
Nas últimas semanas também houve outros eventos, como churrascos e casamentos, dizem eles.
Daniel, outro filho do aniversariante que morreu, admitiu no jornal "La Nación" que uma certa "mentalidade de cidade pequena" estava jogando contra eles.
"Foi algo que havia acontecido muito longe dali", disse ele. "Pensamos que (o vírus) nunca chegaria aqui."
"Agora o temos entre nós, na cidade", lamentou.
BBC News

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Brasil tem 217 mortes por coronavírus em 24 horas e atinge sua maior marca na pandemia


Did Investors Overreact to Qualcomm's Covid-19 Warning?
Em novo recorde, o Brasil registrou 217 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas. Com isso, o número de óbitos por covid-19 passou para 2.141 nesta sexta-feira, 17, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, através de informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde.
No mesmo dia, o País também atingiu o maior número de casos confirmados de covid-19 em um único dia, com 3.257 novos registros de pessoas contaminadas de ontem para hoje. No total, o Ministério da Saúde tem a informação de que 33.682 testaram positivo para o novo coronavírus até o momento. A taxa de letalidade está em 6,4%.O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, com 4.249 casos confirmados e 341 mortes, seguido pelo Ceará (3.684 casos confirmados de covid-19 e 149 mortes), Pernambuco (2.006 casos e 186 mortes registradas), e Amazonas (1.809 casos registrados e 145 mortes).
Estadão


Mortes no mundo por coronavírus passam de 150.000 (contagem AFP)

Coveiros cavam sepulturas durante a pandemia do novo coronavírus no cemitério San Vicente, em Córdoba, Argentina, 17 de abril de 2020
© DIEGO LIMA Coveiros cavam sepulturas durante a pandemia do novo coronavírus no cemitério San Vicente, em Córdoba, Argentina, 17 de abril de 2020

A pandemia do novo coronavírus causou ao menos 150.142 mortes no mundo desde que teve início em dezembro passado, na China, segundo contagem da AFP feita a partir de fontes oficiais às 16h de Brasília (19h GMT) desta sexta-feira (17).
Desde o começo da epidemia foram contabilizados 2.207.730 casos de contágio em 193 países ou territórios. A cifra de casos diagnosticados reflete apenas uma parte da totalidade de contágios, devido às políticas díspares dos diferentes países para diagnóstico de casos, pois alguns só o fazem com as pessoas que precisam de hospitalização. As autoridades consideram que até agora, pelo menos 483.000 pessoas se curaram da COVID-19.
Desde a quinta-feira às 19h GMT (16h de Brasília), foram reportadas 9.022 novas mortes e 91.270 contágios em todo o mundo.
Nas últimas 24 horas, os países que registraram mais mortes foram os Estados Unidos, com 2.985 novos óbitos, a China continental (1.290, após uma revisão do balanço por parte das autoridades da cidade de Wuhan, onde surgiu a pandemia) e o Reino Unido (847).Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados pela pandemia são Itália, com 22.745 mortos e 172.434 casos; a Espanha, com 19.478 mortos e 188.069 casos; a França, com 18.681 mortos e 147.969 casos; e o Reino Unido, com 14.576 mortos e 108.692 casos.
A China continental - exceto Hong Kong e Macau -, onde a epidemia eclodiu no fim de dezembro, tem um total de 82.367 pessoas contagiadas, das quais 4.632 morreram e 77.892 se curaram totalmente.
Às 16h desta sexta-feira (19h GMT) e desde o começo da epidemia, a Europa somava 96.721 mortes (de 1.100.677 casos); Estados Unidos e Canadá, 35.929 (715.428); a Ásia, 6.801 (157.131); o Oriente Médio, 5.371 (117.953); África, 995 (19.296); e Oceania, 83 (7.785).
Este balanço foi realizado usando dados das autoridades nacionais, compilados pelos escritórios da AFP e com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
msn.com



quarta-feira, 15 de abril de 2020

GOVERNADOR DO PARÁ ESTÁ INFECTADO PELO CORONAVÍRUS (COVID-19)


Governador Helder Barbalho testa positivo para covid-19 - Diário ...
Nesta terça-feira (14) em pronunciamento o mesmo informou que está com coronavírus (COVID-19).  Após o primeiro teste dar inconclusivo, a contraprova realizada confirmou o exame positivo para a Covid-19. O governador está em sua residência, onde vai cumprir quarentena, seguindo as determinações da Organização Mundial da saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS).
“Quero informar à população paraense e a todos que estou com coronavírus. Mas quero, ao mesmo tempo, tranquilizar. Estou super bem. Estou assintomático. Tenho trabalhado desde sexta-feira de casa. A Daniela [esposa de Helder] e as crianças estão bem”, anunciou Helder Barbalho no comunicado feito em vídeo.




“Quero aproveitar para pedir: fique em casa. Esse vírus é extremamente contagioso. Ele não escolhe idade ou classe social. Todo mundo está exposto e todo mundo pode pegá-lo. Por isso, faço esse apelo. Fique em casa, e juntos vamos vencer o coronavírus. Quem ama cuida, e, quem cuida, fica em casa. Vamos fazer o Pará vencer o coronavírus”, concluiu o governador no pronunciamento.

No início da noite do último sábado (11), o exame de diagnóstico para Covid-19 realizado pelo governador Helder Barbalho deu inconclusivo e foi refeito. O Secretário de Saúde, Alberto Beltrame, testou positivo, assim como mais duas pessoas da equipe.

Helder Barbalho e Alberto Beltrame realizaram o exame após o diretor de vigilância da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) ser um dos casos confirmados de Covid-19 no Pará. Toda a equipe que teve contato com ele realizou o teste.


Com parte texto nosso e de Dol
Foto Internet

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Brasil já tem 12 capitais em situação de emergência por propagação de coronavírus

Regiões do Brasil – :: Centro Educacional Vila Verde

BRASÍLIA - Das 27 capitais do Brasil, 12 já entraram em cenário de emergência, devido ao número de casos do novo coronavírus em relação à população total de cada uma dessas cidades.

Hoje, o cenário nacional aponta uma incidência média de 111 casos para cada 1 milhão de habitantes. Em 12 capitais, porém, o volume de contaminações está acima dessa média. É o caso de Fortaleza (573), São Paulo (518), Manaus (482), Macapá (391), Florianópolis (345), Recife (339), São Luiz (302), Rio de Janeiro (297), Vitória (279), Porto Alegre (210), Brasília (204) e Boa Vista (175).

Em outras seis capitais, a situação é de "atenção": Curitiba (156), Natal (154), Rio Branco (147), Belo Horizonte (141), Salvador (126) e Belém (113).


As demais nove capitais têm incidência de casos abaixo da média nacional. É o caso de Cuiabá, João Pessoa, Goiânia, Campo Grande, Aracaju, Palmas, Porto Velho e Maceió.

Se for considerado o índice de mortalidade por coronavírus, cinco Estados (Amazonas, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará) estão acima da média nacional, que é de seis óbitos para cada 1 milhão de habitantes.

O Ministério da Saúde tem alertado para a necessidade de manutenção do isolamento social, principalmente nas cidades de situação mais críticas, como forma de evitar o colapso no sistema de saúde e garantir o atendimentos aos pacientes que precisem de apoio médico.

Estadão

terça-feira, 7 de abril de 2020

RJ: Mulher desmaia em terminal do BRT com sintomas de Covid-19

Veja que não é tão simples assim esta doença ou epidemia. Tem gente desmaiando pelas ruas:
Observe que as pessoas estão fazendo o atendimento da paciente com sintomas da doença sem proteção nenhuma, correndo risco de se infectar.

RJ: Mulher desmaia em terminal do BRT com sintomas de Covid-19


Uma mulher desmaiou no Terminal Alvorada do BRT, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na segunda-feira (6). Guardas municipais que faziam o patrulhamento no local socorreram a vítima que apresentava sintomas do novo coronavírus (Covid-19).

Segundo a Guarda Municipal, ao retomar a consciência, a mulher informou que estava gripada, com febre e falta de ar. A passageira não teve a identidade revelada.

Os agentes acionaram o SAMU e isolaram o trecho da plataforma até a chegada da equipe de socorro, que levou a vítima para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, onde recebeu atendimento.


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IstoÉ



segunda-feira, 6 de abril de 2020

Estátuas do Rio aparecem com máscaras de proteção: “Vai Passar”

Em meio a pandemia do coronavírus ainda tem gente que mantem o bom humor. Brasileiro é muito inteligente.

Estátuas do Rio aparecem com máscaras de proteção: “Vai Passar”


Cazuza: monumento ao artista carioca ganhou máscara com mensagem a artistas autônomosDez estátuas espalhadas pelo Rio de Janeiro receberam, digamos, um equipamento de proteção contra o novo coronavírus. Homenagens ao poeta Carlos Drummond de Andrade, à escritora Clarice Lispector e aos músicos Dorival Caymmi e Cazuza, por exemplo, ganharam máscaras com as cores do arco-íris e a mensagem “Vai Passar”.





© Anderson Thives//Estátuas do Rio aparecem com máscaras de proteção: Cazuza: monumento ao artista carioca ganhou máscara com mensagem a artistas autônomos


Vai Passar: protesto silencioso de Anderson Thives levou máscaras a estátuas do Rio© Anderson Thives/Divulgação Vai Passar: protesto silencioso de Anderson Thives levou máscaras a estátuas do Rio

A manifestação silenciosa foi uma ideia do artista plástico Anderson Thives, que confeccionou os acessórios e foi sozinho até as estátuas – que ficam em diversos pontos do Rio – para ‘protegê-las’. Thives conta que a ação é uma injeção de esperança para artistas autônomos – muitos estão sem poder trabalhar, por conta do isolamento social. “Muitos artistas estão paralisados, como estátuas. Sabemos que a pandemia é grave e, ainda por cima, é minimizada pelo Governo Federal, e não dá suporte aos autônomos”, analisa o artista. “Meu olhar foi de empatia e penso que não devemos cancelar nossos planos por conta da Covid-19, e sim adiá-los. Aquele projeto, festa, ingresso… Podemos mantê-los e assim, não deixar muita gente na mão”, finaliza Thives.


Vai Passar: protesto silencioso de Anderson Thives levou máscaras a estátuas do RioCarlos Drummond de Andrade: estátua já foi vandalizada diversas vezes, mas agora recebeu um carinho© Anderson Thives/Divulgação Carlos Drummond de Andrade: estátua já foi vandalizada diversas vezes, mas agora recebeu um carinho

A ação foi feita nas estátuas de Tom Jobim (Arpoador), Carlos Drummond de Andrade (Praia de Copacabana), Clarice Lispector (Leme), Dorival Caymmi (Praia de Copacabana), Cazuza (Leblon), Nelson Rodrigues (Copacabana) e Frederic Chopin (Urca)











© Anderson Thives/Divulgação Vai Passar: protesto silencioso de Anderson Thives levou máscaras a estátuas do Rio


Carlos Drummond de Andrade: estátua já foi vandalizada diversas vezes, mas agora recebeu um carinho
© Anderson Thives/Divulgação Carlos Drummond de Andrade: estátua já foi vandalizada diversas vezes, mas agora recebeu um carinho

Veja Rio

VÍDEO: USE MÁSCARA AO SAIR DE CASA

Reiteramos nosso compromisso com a saúde da população em geral e recomendamos que você use máscara ao sair para a rua. Veja o vídeo abaixo:



sábado, 4 de abril de 2020

Noite de Estado de Emergência com barracas abertas em Maputo

O povo demora a compreender que o vírus vem pelo ar de pessoa para pessoa. Quando percebe já tem milhares infectados. Protejam-se.

Noite de Estado de Emergência com barracas abertas em Maputo

Noite de Estado de Emergência com barracas abertas em Maputo

Na noite do terceiro dia em Estado de Emergência, na capital do país houve várias barracas que estiveram abertas com gente a beber até perto das 22 horas. Este é apenas uma, entre tantas outras violações às medidas impostas.

Noite de 3 de Abril de 2020. Terceiro dia de Estado de Emergência em Moçambique. Mas de emergência apenas foi o nome para algumas pessoas da capital do país, Maputo,
São 21 horas… no chamado e conhecido Pulmão da Malhangalene, na cidade de Maputo, há gente a beber sem nenhuma preocupação em relação a pandemia COVID-19 que está a deixar o mundo em sentido.

Algumas barracas encerravam ao ver a nossa equipa de reportagem. Uns escondiam-se e outros agitavam-se. Tanto é que um cidadão quis proferir ameaças…Em fim, era o pulmão em respiração normal…

“O País” escalou um outro bairro da cidade de Maputo. Chama-se Matendene.

Entretanto, na capital do país não foram apenas estas as violações de Estado de Emergência, na terceira noite desde o vigorar da medida. No mercado grossista do Zimpeto, por exemplo, mesmo depois das 21 horas o comércio fluía, contrariamente a orientação de encerramento às 17 horas.

No terminal da Praça dos trabalhadores, por exemplo, houve quem ficou entre as 16 e as 20 horas à espera de autocarros que, para além da superlotação, eram escassos.

Facto que também se registou no terminal do Zimpeto. Era notável a superlotação nos autocarros, que mal conseguiam fechar as portas.

Esta foi a terceira noite de Estado de Emergência na cidade de Maputo, faltam ainda 27…

O País


sexta-feira, 3 de abril de 2020

Uso de verba eleitoral de R$ 3 bi para combater coronavírus racha a Câmara

Agora sim você verá os seus verdadeiros amigos, povo brasileiro. O ue será melhor a manutenção da vida ou o dinheiro???

Comissões da Câmara dos Deputados têm 'overbooking' | VEJA

A Câmara dos Deputados votará nesta sexta-feira, 3, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do chamado “orçamento de guerra”. O projeto permite a separação dos gastos realizados para o combate ao novo coronavírus do Orçamento Geral da União. Embora haja consenso entre os parlamentares para a aprovação do texto, o destaque que visa destinar as verbas do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário para a saúde enfrenta resistência na Casa.



O destaque número 12, apresentando pela bancada do Novo, prevê o repasse de cerca de 3 bilhões de reais para a área da saúde – deste montante, 2 bilhões de reais seriam provenientes do Fundo Eleitoral, e 1 bilhão de reais do Fundo Partidário. Segundo estimativas dos parlamentares do partido, o valor permitiria, por exemplo, a compra de 30 mil respiradores para hospitais e de equipamentos de proteção individual (EPIs) para mais de 9 milhões de profissionais da saúde.

Um dos idealizadores do destaque é o deputado federal Vinicius Poit (Novo-SP). Para o parlamentar, no cenário de crise atual, “não faz sentido gastar recurso público com coisas supérfluas”. “Em um momento como esse, você prioriza o seu recurso, não gasta com coisas supérfluas. Você vai cortar para priorizar alimentação, saúde. Por que, então, o governo vai manter 2 bilhões de reais para fazer campanha política no momento em que falta máscara, respirador? Não faz o mínimo sentido”, disse Poit a VEJA.

Para ser aprovado, o destaque precisa de 308 votos, três quintos do total de 513 deputados. De acordo com o mapa de votos feito pelo movimento Vem Pra Rua, a proposta tem, hoje, o apoio de 125 parlamentares, entre eles deputados bolsonaristas, como Carla Zambelli (PSL-SP), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Carlos Jordy (PSL-RJ). No Senado, a proposta é apoiada por senadores do grupo Muda Senado.

Apesar da mobilização nas redes sociais nos últimos dias, Vinicius Poit admite que a aprovação é difícil. “É difícil, mas vamos remar”, diz. “Contamos com o apoio da sociedade, da classe artística, de movimentos como o MBL, o Vem Pra Rua, o Ranking dos Políticos. Enxergo que há um entendimento entre as pessoas que o dinheiro do fundo precisa e deve estar na saúde”, afirmou o deputado a VEJA.

Para lideranças partidárias ouvidas por VEJA, o destaque não é pertinente em uma PEC que prevê separar os gastos realizados para o combate ao novo coronavírus do Orçamento Geral da União. Além disso, trata-se do esvaziamento dos recursos para campanha em um ano eleitoral.

“[O destaque 12] É uma matéria que não é pertinente a esta PEC. É uma covardia com o povo brasileiro alguns deputados quererem se aproveitar de um cenário de crise para fazer demagogia. É mesquinho usar este momento de fragilidade para demagogia”, disse a VEJA o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), vice-líder do partido na Câmara e um dos representantes do Centrão, bloco majoritário na Câmara.

Para Ramos, a discussão sobre o Fundão, como é conhecido o montante destinado às campanhas eleitorais e aos partidos políticos, deve ocorrer se o Congresso for debater uma eventual alteração no calendário eleitoral. “Deixemos o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] dizer se haverá, ou não, condições de mantermos as eleições para outubro deste ano. Se não for possível, o Congresso analisará medidas legislativas desta natureza. Mas sequer chegamos ao pico da crise causada pelo coronavírus”, afirmou o deputado.

Em meio às incertezas sobre a realização das eleições municipais em outubro deste ano, Vinicius Poit admite que, caso o calendário eleitoral seja mantido, o destaque apresentado pelo Novo perde força na Câmara. “Acredito que temos que dissociar as discussões: uma coisa é fundo eleitoral e fundo partidário, a outra é calendário eleitoral. Defendo que as eleições sejam mantidas este ano, realizadas em novembro, começo de dezembro, mas, se o calendário for mantido, é mais difícil que o destaque seja aprovado”, avalia.


VEJA.com



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