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segunda-feira, 22 de junho de 2020

Altas taxas de COVID-19 entre indígenas do Escudo das Guianas preocupam OPAS

Agentes da saúde visitam uma comunidade para monitorar infecções por COVID-19 na região de Marajoara, a sudoeste da ilha de Marajó, no estado do Pará, Brasil
© TARSO SARRAF Agentes da saúde visitam uma comunidade para monitorar infecções por COVID-19 na região de Marajoara, a sudoeste da ilha de Marajó, no estado do Pará, Brasil

As "taxas muito altas" da COVID-19 entre os povos indígenas do Escudo das Guianas, região do nordeste da América do Sul que inclui partes do Brasil e Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e áreas do sudeste da Colômbia, preocupam a Organização Pan-Americana Saúde (OPAS).

Sylvain Aldighieri, gerente de incidentes para COVID-19 da OPAS, falou à AFP sobre os desafios da pandemia na população nativa da América Latina.

- Como o novo coronavírus afeta a população nativa da América Latina?

A variável etnicidade nem sempre é incluída nos registros epidemiológicos, mas o que estamos observando é um impacto muito importante, uma taxa de incidência muito importante em áreas onde sabemos que há uma maior presença de comunidades indígenas.

- Ao que você atribui isso?

A uma maior vulnerabilidade desses grupos devido à pobreza, barreiras culturais e acesso aos serviços de saúde. 

- Existem variáveis genéticas?

Ainda não podemos afirmar isso. Mas o que sabemos de outros agentes infecciosos é que as populações indígenas são menos protegidas imunologicamente a algumas doenças. O sarampo, por exemplo, é um dos patógenos que dizimaram populações indígenas das Américas nos últimos cinco séculos. Há três anos, houve surtos de sarampo em comunidades nativas na Venezuela e no norte do Brasil. Além disso, as populações indígenas tem uma alta taxa de comorbidades, como diabetes, e também uma maior taxa de mortalidade materna e infantil. Portanto, são populações muito suscetíveis a um choque infeccioso.


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- Quais áreas da América Latina são fontes de contágio entre a população nativa?

Atualmente, os territórios fronteiriços do Brasil com outros países da parte norte da Amazônia apresentam uma das maiores taxas de incidência de COVID. Segundo relatos de moradores dos estados brasileiros do Amazonas, Roraima e Amapá, como Guiana Francesa e Suriname, existem grupos de casos em comunidades indígenas, como detectamos há um mês na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. A tendência no Escudo da Guiana, com taxas muito altas nas populações do interior, é uma questão central hoje. É uma gestão complexa, não apenas para aspectos geográficos, mas também para migrações relacionadas à indústria ilegal de ouro.

- Como a atividade dos garimpeiros afeta a propagação do vírus?

Qualquer movimento não monitorado de pessoas nos focos de transmissão pode ser prejudicial à saúde de comunidades indígenas isoladas encontradas em zonas de ouro.

- É mais provável que os indígenas fiquem doentes com gripe?

Se olharmos para a história dos últimos cinco séculos, sim, infelizmente. A gripe, como o sarampo, tem sido fatores muito importantes que afetaram a demografia dos povos nativos do continente.

ad/ll/lca/mvv

AFP


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