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sábado, 21 de março de 2020

TURQUIA: Burj Al Babas, a cidade dos castelos abandonados

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Já ouviu falar em “duplitetura”? É um termo usado para descrever a arquitetura de réplica que vem surgindo especialmente na China desde a década de 1990, onde monumentos icônicos e cidades inteiras são copiados e geralmente construídos usando material de baixa qualidade e assim clonando de forma inusitada, séculos de história europeia.

A moda da duplitetura também chegou a Turquia, um país euro-asiático, mas que está mais para o Oriente que para o Ocidente. Na vila de Burj Al Babas, em Mudurnu, a 290 quilômetros a sudeste de Istambul, 732 mini castelos quase idênticos se destoam por entre as montanhas do lugar, As construções tentaram trazer para a região toda a magia, que castelos da Romênia, Alemanha e de outros países da Europa já fazem a centenas de anos.

Burj Al Babas, a cidade dos castelos abandonados

Burj Al Babas, a cidade dos castelos abandonados



Burj Al Babas parecia um sonho, centenas de casas lembrando pequenas mansões francesas, ou castelos góticos saídos diretamente dos contos de fadas e dos filmes da Disney, prontos para quem quisesse morar. Porém, o empreendimento iniciado em 2014, situado na província de Bolu, a meio caminho entre Ancara e Istambul, transformou-se numa pequena cidade-fantasma. O que era para ser um lugar encantado, transformou-se num cenário de filme de terror.

O projeto do Grupo Sarot – responsável pela obra – pretendia além das mais de setecentas casas em forma de castelos, construir um centro de convivência, lojas, cinemas, restaurantes, salas de conferências, salas de reuniões, uma creche e até mesmo uma mesquita. O condomínio teria também um ginásio, banhos turcos, saunas, salas de vapor, campos de tênis e de futebol e um parque aquático. O projeto que custou mais de 200 milhões de euros pretendia mudar o turismo naquela parte da Turquia. O objetivo era ser uma comunidade de luxo para compradores estrangeiros que queriam investir no mercado imobiliário turco, ao custo de 500 mil euros por casa.

Burj Al Babas, a cidade dos castelos abandonados


No entanto, o Grupo Sarot não conseguiu obter a quantia necessária para finalizar o projeto e sofreu as consequências da crise financeira e política dos últimos anos e não teve a adesão pretendida. Embora cerca de metade das moradias terem sido vendidas, em grande parte para clientes do Oriente Médio, a empresa entrou com pedido de concordata, fazendo com que o projeto fosse abandonado.

Após as eleições na Turquia, em 2018, vários compradores de países como Dubai e o Kuwait deixaram de pagar as prestações das moradias. Enquanto a Turquia enfrenta um crise econômica e política, a queda do preço do petróleo também tem tornado os investidores árabes mais cautelosos. O resultado foram catastróficos para o empreendimento em Burj Al Babas.

Burj Al Babas, a cidade dos castelos abandonados


Para o vice-presidente do Grupo Sarot, ainda há esperança de concluir o projeto, mesmo com 27 milhões de dólares em dívida da empresa. “Só precisamos vender mais 100 casas e liquidamos nossa dívida. Acredito que podemos superar esta crise em quatro a cinco meses e inaugurar parcialmente o projeto em 2019“, comentou para o canal de notícias Bloomberg. No momento, todas as construções estão paradas por ordem da justiça, até a empresa pagar a dívida.

Burj Al Babas, a cidade dos castelos abandonados


Nas redes sociais, as opiniões sobre o empreendimento não são das melhores: “Um pesadelo em uma bela paisagem“, “Que horrível, não há espaço entre as casas da Barbie. Pode ser tudo, mesmo luxuoso“, “Parece uma Disneylândia distópica“, “Parece um rio branco de arrependimento“, são alguns dos comentários que as pessoas de diferentes países fizeram sobre o lugar que pretendia ser um conto de fadas.


FONTE:
LUGARES ESQUECIDOS
MAGNUS MUNDI
CRÉDITO DAS FOTOS
MESSU NESSY CHIC




sexta-feira, 20 de março de 2020

MOÇAMBIQUE: DO LUXO A DECADÊNCIA, O GRANDE HOTEL DA BEIRA



Fruto do colonialismo e criação de uma mente pouco pé no chão, o Grande Hotel da Beira, localizado em Beira, Moçambique, foi criado com apenas poucos mais de 120 quartos. Com apenas três andares, contava com uma enorme estrutura, a qual possuía, entre outros atrativos, lojas, restaurantes, correios, cinema, piscina olímpica, bares, salões e mais salões, halls diversos, ou seja, o visitante não precisaria sair de lá para ir na cidade para coisa alguma. Porém, desde o início percebeu-se que os cento e vinte e poucos quartos não conseguiriam pagar as despesas do hotel e dar lucro ao mesmo tempo.











Inaugurado em 1955, era "o orgulho da África", o mais luxuoso hotel do continente, mas algo nele não atraiu a elite esperada e na década seguinte ele foi fechado e transformado em um centro para convenções e hospedagem de seus participantes.
Após a independência do país em 1975 o Grande Hotel foi ocupado e utilizado por militares de várias formas desde usar seus porões para prender presos políticos a usar um andar inteiro como estar dos oficiais.
Suas portas fecharam definitivamente após a festa de fim de ano de 1980, e então começa uma nova história do lugar, uma segunda vida, mesmo após sua morte: a população tomou conta do local e habita lá até hoje.



De início tudo foi depredado, saqueado, vendido e muitas pessoas foram para lá depois da guerra civil.
As pessoas que moram lá declaram só estarem lá por pura necessidade e que prefeririam não morar mais lá. As relações que se estabeleceram - numa sociedade que acostumada a viver em pequenas comunidades e que agora passa a viver em um prédio de apartamentos - são estranhas á todos e os habitantes do hotel são chamados de "watho muno", o que quer dizer "um de lá", do Grande hotel. Não se vê os vizinhos.
Atualmente o hotel enfrenta graves problemas estruturais, frutos de sua falta de manutenção desde seu abandono e ocupação em 1981. Problemas que vão desde quedas de lajes inteiras a árvores que crescem nos telhados. Esquecido pelas autoridades, o Grande Hotel da Beira é um exemplo de como a ocupação pós abandono se dá, nesse caso, por pura necessidade.





















Um lugar esquecido pelas autoridades locais. Mas, não podemos esquecer que  umas 750 famílias ou seja, quase 4 mil vivem alí.




Fontes da pesquisa:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Hotel_da_Beira

http://cidadedabeira.tripod.com/Fotos/GrandeHotel/ghotel.htm

http://www.flickr.com/photos/rabanito/with/6753740843/#photo_6753740843

http://www.flickr.com/photos/84269782@N00/page128/

http://www.flickr.com/photos/67771650@N03/with/6839545060/#photo_6839545060

Lugares esquecidos



Moradores de rua à margem da prevenção contra a Covid-19: “Lavamos as mãos nas poças quando chove”

Pessoas em situação de rua recebem acolhimento e comida na paróquia São Miguel Arcanjo, na Mooca, zona leste de São Paulo.
© Caio Castor (Ponte Jornalismo) Pessoas em situação de rua recebem acolhimento e comida na paróquia São Miguel Arcanjo, na Mooca, zona leste de São Paulo.

Acostumado a mexer em recicláveis que ele cata pelas ruas de São Paulo, José de Souza, 49 anos, não se incomoda com a cor preta da sujeira em suas mãos, só são lavadas quando há possibilidade de usar um banheiro. Ainda assim, o homem em situação de rua esfregava uma mão na outra tentando aproveitar um dos raros momentos do seu dia em que teria acesso ao álcool em gel, a fim de se prevenir do coronavírus.

Para José, o produto oferecido pela Missão Belém, da arquidiocese de São Paulo, é um luxo que ele não costuma ter. “Na rua não tem nada disso”, me disse. “Falam que a gente tem que lavar as mãos, mas vamos lavar onde? A gente não tem água. Não acredito que eu vá pegar essa doença. Tenho fé, Deus vai me proteger. Já passei por muita coisa nessa vida e tô aqui trabalhando de baixo de chuva e sol”.

A notícia da doença que já matou cerca de 9.000 pessoas no mundo, chegou a José pela TV de um bar. Tudo o que ele sabe é o que viu lá. “Eu sei que já matou muita gente. Vi que os sintomas são tosse, febre e falta de ar”. Desde então, seus dias na rua estão se tornando cada vez mais difíceis. “Olha, é isso o que eu tenho pra comer”, disse abrindo um saco com dois salgados. “Essa doença começou e agora as pessoas têm medo de sair de casa e não entregam mais comida”, lamenta.

Para cada carroça cheia José ganha 20 reais. Em um dia bom de trabalho já conseguiu faturar até 50 reais. Mas com a chegada do vírus ao Brasil, conta que o trabalho também foi prejudicado. “Eu trabalho com reciclagem. As empresas, lojas, tudo fechando, diminuiu o lixo. Agora é mais difícil encher o carrinho”.

Comida, álcool e sabonete
A paróquia São Miguel Arcanjo, na Mooca, zona leste de São Paulo, que fica sob os cuidados de padre Júlio Lancelotti, sempre foi o refúgio para a população de rua. Em tempos de coronavírus, mais ainda. Foi lá que a Ponte encontrou mais de 100 pessoas em busca do básico para viver: comida, álcool em gel e sabonete. Enquanto o grupo tomava café da manhã, por volta das 8h30 desta quinta-feira (19/3), o padre explicava sobre o coronavírus e as formas de prevenção. Aos que tossiam ele oferecia máscara, numa tentativa de minimizar os riscos, devido à aglomeração de pessoas.

“Há aqueles que dizem ‘eu sou pobre, nem essa doença vai me querer’, e há aqueles que já olham o contexto e se preocupam mais com a falta de comida, trabalho e segurança”, diz Lancellotti. Ambos estão em risco, uma vez que a possibilidade de higienização é escassa. E o desabafo do auxiliar de serviços gerais Robson de Almeida, que está em situação de rua, denuncia isso. “Eu sei que tô falando por tudo mundo aqui. Hoje nós agradecemos que choveu e tá cheio de poça de água, e a gente vai ter acesso para lavar as mãos”.

O infectologista Juvêncio Furtado, professor de Infectologia na Faculdade de Medicina do ABC e chefe do Departamento de Infectologia do Hospital Heliópolis, explica que a população de rua faz parte dos grupos de risco por viverem em locais abertos, na rua, sem a possibilidade de higienização. “Eles estão expostos a qualquer tipo de vírus, do influenza ao corona”, diz.

José de Souza e sua carroça: menos gente na rua é menos lixo reciclável e menos dinheiro.© Caio Castor (Ponte Jornalismo) José de Souza e sua carroça: menos gente na rua é menos lixo reciclável e menos dinheiro.
O médico defende a ideia do acolhimento como possibilidade de prevenção. “Além de albergues, é preciso pensar em como conscientizar essa população sobre a importância dessa higienização e oferecer até mesmo nas ruas a possibilidade pra que isso aconteça”, afirma.

Uma possível solução para monitorar os sintomas dessas pessoas, afirma Lancelotti, que também é coordenador da Pastoral do Povo de Rua, é a criação de centros de acolhida emergenciais. Para ele, locais como o Ginásio da Mooca poderia servir como um desses centros. “Tendo um lugar para entrar no ginásio, um colchão para dormir e pessoal da saúde acompanhando, já minimiza a situação”, pondera.

Quanto à dinâmica de prevenção exigida para conter a propagação do vírus, Irandir dos Santos, que estava na igreja, desabafou: “As pessoas discutem sobre a doença, de lavar a mão, de passar álcool em gel, máscaras, mas não existe isso na rua. É só na televisão”.

Outro lado
Questionada sobre a possibilidade de executar iniciativa como a destinação de um local para acolhimento da população de rua, a Prefeitura de São Paulo afirma, em nota, que realizou a capacitação dos profissionais das Unidades Básicas de Saúde e intensificou as abordagens de pessoas em situação de rua com orientação dos profissionais das equipes Consultório na Rua e Redenção na Rua.

“Na identificação de caso suspeito é realizada pesquisa de onde a pessoa em situação de rua dorme e circula, para identificar contatos e possíveis novos suspeitos e encaminha a a pessoa para atendimento”, diz trecho da nota.

Auxiliar de serviços gerais Robson Oliveira de Almeida: “Lavo as mãos na poça d’água quando chove”
© Caio Castor (Ponte Jornalismo) Auxiliar de serviços gerais Robson Oliveira de Almeida: “Lavo as mãos na poça d’água quando chove”


Embora o órgão tenha alegado que profissionais estão rodando as ruas de São Paulo para orientar a população de rua quanto ao coronavírus, o grupo reunido na Paróquia São Miguel Arcanjo afirmou nunca ter recebido nenhuma abordagem do órgão.

Atualmente, de acordo com a assessoria de imprensa da administração municipal, a cidade possui 89 casas de acolhimento com 17,2 mil vagas, para atender as mais de 24 mil pessoas que vivem nas ruas. A assessoria também afirmou que há 10 núcleos de convivência para pessoas em situação de rua na cidade, com 3.172 vagas, com acesso a banheiros e kits de higiene, onde eles podem tomar banho e receber orientações.

EL PAÍS




Lula sobre coronavírus: 'Primeiro salvamos o povo, depois a economia'

Lula cobrou ações do governo federal - UOL
Imagem: UOL

O ex-presidente Lula cobrou ações do governo federal no controle da epidemia de coronavírus. Em uma live no Facebook na noite de hoje, Lula pediu explicações sobre quais serão os investimentos de Jair Bolsonaro em meio à crise na saúde pública. Segundo ele, o governo tem que "explicar quanto vai comprar e leito, quanto vai investir nos hospitais, quanto vai contratar de médico, ou seja, como que a gente vai fazer para evitar que o coronavírus possa virar uma coisa muito grave".

Lula definiu como "patética" a entrevista coletiva que Bolsonaro deu ontem para falar sobre a contenção da covid-19 no Brasil. "O governo não estava preocupado em orientar a população, estava preocupado em se desfazer da imagem negativa que ele se permitiu criar de tanta bobagem que falaram durante essa ultima semana", afirmou.

O político ainda disse que a prioridade no momento deve ser para com a vida das pessoas vulneráveis. "Depois que a gente salvar o povo, a gente discute como salvar a economia, como fazer o país voltar a crescer, como gerar emprego, como distribuir renda", destacou. Ainda falando sobre economia, ele exigiu que o governo tenha meios de garantir que as pessoas que estão afastadas do trabalho por medo de contrair o coronavírus não sejam demitidas. Além disso, ele sugeriu que trabalhadores autônomos e de aplicativos também recebam algum tipo de seguro durante o tempo que estiverem em casa.

Apesar das críticas ao governo federal, sobraram elogios para a ação da imprensa. "Todo mundo sabe que eu sou muito crítico à imprensa mas tenho que reconhecer que se tem um serviço que prestou informação 24 horas por dia ao povo brasileiro, foi a imprensa". Lula também destacou por grande parte do tempo que as pessoas precisam ficar em casa, em isolamento preventivo e com hábitos higiênicos como lavar as mãos para se precaver do contágio do do contágio do coronavírus

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MOÇAMBIQUE: AMBULANTES GANHAM A VIDA NOS ARREDORES DO HOSPITAL EM MORRUMBALA



Nos arredores do hospital Distrital de Morrumbala, os ambulântes locais ganham a vida e sustentam suas famílias, vendendo de tudo um pouco. Foi uma forma que encontraram para conseguir algum dinheiro para compra desde o mais básico ao vestuário, no sustento de suas famílias. Por ser um lugar muito frequentados por pessoas que buscam atendimento hospitalar, acaba se tornando um bom lugar para compra e venda de produtos. Nas barraquinhas de vendas você encontra principalmente frutas.

Vale a pena você visitar MORRUMBALA. Ao passar pela localidade, venha visitar este ponto de venda de produtos pela população local. Uma boa pedida aos turistas.

Morrumbala é uma vila de Moçambique, sede do distrito do mesmo nome da província da Zambézia. A vila de Morrumbala tinha, de acordo com o Censo de 2007, uma população de 20 727 habitantes. O Posto Administrativo de Morrumbala, de acordo com o Censo de 2007, incluia uma população de 162 070 residentes.



Wikipédia
Tempo: 26 °C, vento SE a 11 km/h, umidade de 64%


Com informações de nosso correspondente local
Morrumbala - Zambézia - Moçambique
Mussa



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