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quarta-feira, 18 de março de 2020

MOÇAMBIQUE: Ponte sobre o rio Chipaca desaba e interrompe trânsito entre Ivagalane e Quelimane

 Ponte sobre o rio Chipaca desaba e interrompe trânsito entre Ivagalane e Quelimane
Por Jorge Marcos

Mais de dois mil habitantes do bairro de Ivagalane estão impedidas de atravessar por via rodoviária para o resto da cidade de Quelimane, na Zambézia, devido a queda da ponte metálica sobre o rio Chipaca.

A ponte metálica não suportou a pressão das mudanças climáticas e cedeu. Grande parte da sua estrutura está mergulhada nas águas do rio.

O governador da província da Zambézia, Pio Matos, deslocou-se ao gabinete de Manuel de Araújo, edil de Quelimane, para juntos seguirem para o local e ver de perto a situação.

Devido a queda da ponte o director da Escola Primária Completa de Ivagalane disse que desde o ocorrido, os alunos não assistem as aulas.

“É preocupante, desde o dia 26 para cá, são prejuízos, aulas perdidas. Os professores realmente só param aqui, não conseguem entrar”, disse.



terça-feira, 17 de março de 2020

Ignorar isolamento? Exaltar atos nas ruas? Como chefes de Estado estão enfrentando o coronavírus

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, apesar de ter sido orientado a ficar em isolamento até fazer um novo exame para saber se está com coronavírus, foi ao encontro de apoiadores que se manifestavam em Brasília neste domingo, 15. Ele tirou selfies, tocou e foi tocado em pelo menos 272 pessoas.
Nas redes sociais, a palavra "irresponsável" foi usada em críticas às atitudes do presidente. Lideranças políticas que rivalizam com Bolsonaro, como o governador João Doria (PSDB), e seus desafetos, como o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruzendossaram o discurso de que Bolsonaro agiu de forma errada ao expor apoiadores e se expor em meio à pandemia do novo coronavírus.
Líderes mundiais e o coronavírus © DIda Sampaio/Estadão, Manuel Balce Ceneta/AP, Bobby Yip/Reuters, Pascal Rossignol/AFP e Christopher ... Líderes mundiais e o coronavírus
Enquanto isso, apoiadores do presidente foram às ruas para se manifestar a favor do governo, mesmo após o presidente sugerir, em transmissão ao vivo no dia 12 março, o adiamento das manifestações. Apesar do discurso, Bolsonaro compartilhou fotos e vídeos dos atos deste domingo em seu Twitter.
No pronunciamento oficial sobre o coronavírus que fez no dia 12 de março, Bolsonaro falou que não há motivo para pânico no País e, de forma geral, afirmou que o País está enfrentando o problema, sem dar detalhes. Também transferiu parte da resposabilidade aos Estados, dizendo que o governo federal transfere a Estados e municípios informações para que cada um se organize para atender a população.
Na sexta, 13, o governo liberou dinheiro extra para o sistema de saúde do País. Cerca de R$ 5 bilhões em crédito extraordinário foram liberados por medida provisória. Além disso, recomendou medidas mais restritivas para evitar o avanço do novo coronavírus, entre elas o isolamento por 7 dias de todas as pessoas que chegam de viagens internacionais, mesmo sem sintomas, e cancelamento de eventos com aglomerações.
O governo passa a considerar também a hipótese de realizar quarentena em locais onde a ocupação de leitos de UTI para a nova doença ultrapassar 80%.
Estado reuniu medidas concretas e atitudes de outros chefes de Estado a respeito da pandemia de coronavírus. Veja algumas medidas que cada um tomou até agora:






ESTADOS UNIDOS

O presidente americano Donald Trump chegou a dizer que estava despreocupado em relação aos contatos com Fábio Wajngarten, chefe da Secom que está com coronavírus, e Jair Bolsonaro, que testou negativo, mas também fez exames para garantir que não estava com o vírus em seu organismo. Declarou estado de emergência no País para poder mandar até US$ 50 bilhões em recursos para os estados americanos. Apesar de, no Twitter, escrever em caps lock DISTANCIAMENTO SOCIAL, Trump apertou a mão de todos os presentes no anúncio do estado de emergência.

CHINA

Presidente da China, onde os primeiros casos do novo coronavírus foram identificados, Xi Jinping tomou medidas radicais, como proibir habitantes de deixarem Wuhan, epicentro da pandemia. Vídeos divulgados pela imprensa estatal chinesa mostram cidadãos sendo orientados a usar máscaras por drones com alto-falantes após o presidente pedir "orientação eficaz à opinião pública". Ele esteve em Wuhan recentemente.

ITÁLIA

Chefe de Estado da Itália, um dos países mais afetados pela pandemia, o premiê Giuseppe Conte colocou o país emtotal isolamento no início do mês para tentar conter o avanço do coronavírus. Reuniões públicas foram banidas, eventos cancelados e a recomendação do governo é que as pessoas fiquem a pelo menos um metro de distância umas das outras.

ALEMANHA

A chanceler alemã Angela Merkel pediu aos cidadãos de seu país que restrinjam ao máximo os contatos sociais para conter a disseminação do coronavírus. Ela sugeriu o cancelamento até de eventos com menos de mil pessoas - antes, o governo tinha banido aglomerações com este número de participantes ou mais.
Merkel protagonizou uma cena inusitada no início do mês, quando o país já registrava 150 casos da doença. Ela foi deixada "no vácuo" ao tentar cumprimentar com um aperto de mãos o ministro do Interior do país, Horst Seehofer, em uma reunião. Ela riu da situação.

Reprodutor de vídeo de: YouTube (Política de Privacidade)

FRANÇA

O presidente da França Emmanuel Macron decidiu proibir reuniões ou eventos com mais de 100 pessoas por causa do coronavírus, anunciou fechamento de escolas e disse que era preciso limitar o contato entre as pessoas devido ao vírus, sugerindo a empresas que pedissem para seus funcionários trabalharem de casa.

ESPANHA

O presidente espanhol Pedro Sánchez também decretou quarentena em seu país. Sánchez anunciou que as pessoas só poderiam sair sozinhas no país para comprar alimentos, remédios e outros itens básicos. As pessoas estão autorizadas a viajar entre cidades de carro ou de avião para trabalhar. A esposa de Sanchez, Begoña Goméz, testou positivo para o vírus. O gabinete de Sanchéz informou que os dois seguem medidas de prevenção e estão bem.

RÚSSIA

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fechou as fronteiras do País para quaisquer pessoas - mesmo russos - vindos da Itália. Antes, já tinha banido a entrada de cineses. Na sexta, repórteres que acompanham o dia-a-dia no Kremlin foram orientados a não comparecer aos eventos oficiais caso estejam se sentindo indispostos - uma precaução para proteger os funcionários do governo. O apelo veio um dia depois de o Parlamento russo informar que estava desinfectando suas dependências após um parlamentar que ignorou uma quarentena comparecer a uma sessão em que Putin estava.

COREIA DO SUL

O preisdente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, declarou partes do sudeste do país atingidas de forma intensa pelo coronavírus como "zonas especiais de desastre". Com a designação, residentes destas áreas podem receber ajuda emergencial, benefícios tributários e outros tipos de suporte financeiro por parte do governo.É a primeira vez que a Coreia do Sul dá a áreas do país esse tipo de designação por conta de uma doença infecciosa.

JAPÃO

O primeiro-ministro Shinzo Abe declarou que se mantém otimista que o país poderá sediar a Olimpíada de Tóquio apesar do coronavírus. Ele diz esperar avanços em relação ao controle do coronavírus no País. No mês passado, ele anunciou que o país agiria em conjunto com o Comitê Olímpico Internacional (COI) e com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para atuar contra o propagação do vírus. Para ele, não houve "explosão" no número de casos e não há até agora necessidade de declarar emergência nacional.

Estadão

Brasileiro retido em campo de quarentena no Vietnã: ‘desespero’



Ricardo e Beatriz Riedel: classificados no grau mais alto de ameaça de contaminação, apesar de não terem entrado em contato direto com nenhum infectadoO casal de brasileiros Ricardo e Beatriz Riedel está retido em um campo de quarentena para estrangeiros com suspeita de contaminação por coronavírus no Vietnã desde a última sexta-feira 13, apesar de seus exames terem atestado negativo para Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. Nas instalações do Exército vietnamita em que são mantidos, os brasileiros não recebem respostas sobre quanto tempo ficarão isolados e temem ser infectados pelas demais pessoas confinadas no local.
“Estamos bem de saúde neste momento, mas nosso maior medo é sermos infectados se permanecermos aqui”, diz Ricardo Riedel, de 66 anos, que se preocupa com o fato de ele e sua mulher, de 65 anos, estarem no grupo considerado de risco para a doença. “Há mais de 250 pessoas neste campo e não sabemos quem está contaminado ou não”.
Os brasileiros naturais de São Paulo foram classificados no grau mais alto de ameaça de contaminação pelas autoridades vietnamitas, apesar de não terem entrado em contato direto com nenhum infectado. Ricardo e Beatriz, contudo, fizeram uma viagem de barco de três dias com dois britânicos que, antes, haviam pegado um voo no qual uma comissário de bordo foi diagnosticada com Covid-19.
“Houve um erro de classificação, pois não deveríamos ter sido enquadrados como risco alto”, diz Riedel, dono do Grupo Editorial Pensamento. “Os britânicos, sim, mas nós não tivemos contato com ninguém infectado”.
Os dois ingleses, que foram levados ao mesmo campo de quarentena que os brasileiros, também receberam resultados negativos para a contaminação. Nenhum estrangeiro retido no campo de quarentena recebe justificativa sobre o porquê ainda são mantidos em isolamento ou sobre quando serão autorizados a sair. Ao todo, o Vietnã tem atualmente 57 casos de coronavírus confirmados e nenhuma morte.
O local da quarentena forçada é uma instalação do Exército vietnamita, ao sul da cidade de Ho Chi Minh, que foi desocupada para abrigar os estrangeiros durante esta pandemia de coronavírus. Os paulistanos relatam que os funcionários locais não falam inglês e que que tornou-se impossível a comunicação com os responsáveis pelo campo.
“O lugar é extremamente precário, tem gente dormindo até em esteiras por falta de camas”, relata Ricardo. “A temperatura é constantemente de 38 graus, tem insetos o tempo todo, e não conseguimos fechar as janelas. Procuramos não sair do quarto para evitar contato com as outras pessoas, mas é como se estivéssemos enjaulados. Estou desesperado, pois estou sendo discriminado por algo que não tem a ver comigo”.

Os brasileiros dividem um quarto, com camas, com dois americanos. Eles têm acesso a um banheiro unissex, que é usado por, pelo menos, outras 30 pessoas. As três refeições diárias são servidas por funcionários equipados com roupas de proteção nos quartos.
“A sujeita é enorme, nós mesmos temos limpado os banheiros para conseguirmos usá-los”, diz. “A comida também é intragável. Estamos sobrevivendo apenas com frutas, sucos e pães que a agência de turismo tem conseguido nos enviar”.
Campo de quarentena na cidade de Ho Chi Minh: mais de 250 estrangeiros isolados, banheiros unissex para 30 pessoas e esteiras para quem não conseguiu uma cama© Arquivo Pessoal/Reprodução Campo de quarentena na cidade de Ho Chi Minh: mais de 250 estrangeiros isolados, banheiros unissex para 30 pessoas e esteiras para quem não conseguiu uma cama
A Embaixada do Brasil em Hanói já foi acionada para tratar do caso e está em contato com o casal e com as autoridades locais. Em nota, o Ministério de Relações Exteriores afirma que trabalha para “tentar garantir aos brasileiros as melhores condições possíveis”.
Questionada sobre a situação, a Embaixada do Vietnã em Brasília afirmou que ainda reúne informações sobre o caso. Um funcionário da representação diplomática disse ainda que as instalações do Exército foram esvaziadas para “maior conforto” dos estrangeiros em quarentena e classificou os campos de isolamento como “bons”.

O caso

O casal de brasileiros desembarcou no Vietnã para uma viagem de férias na última segunda-feira 9, após fazer escala em Doha, no Catar. Em seus primeiros dias no país, eles fizeram um passeio de barco de três dias pela Baía de Ha Long, organizado por uma agência de viagens.
Além dos brasileiros, outros oito turistas estrangeiros fizeram a viagem náutica com a mesma agência – entre eles os dois britânicos que pegaram um voo anterior com um comissária que foi posteriormente diagnosticada com coronavírus. Após os três dias de viagem, o grupo embarcou em um voo da Vietnam Airlines para a cidade de Ho Chi Minh, onde continuaria seu roteiro. Entretanto, antes de desembarcarem da aeronave, os passageiros foram interceptados pelas autoridades locais e transferidos em ambulância para um hospital.
Após passarem pelo exame de coronavírus e terem sua temperatura e pressão medidas, foram encaminhados para o campo de quarentena. Os turistas têm acesso aos seus pertences no local e são autorizados a usar celulares e outros equipamentos eletrônicos.
Depois de sua passagem pelo Vietnã, Ricardo e Beatriz planejavam continuar a viagem no Camboja, de onde embarcariam de volta ao Brasil. O casal tem uma passagem de volta, com escala no Catar, comprada para o dia 26 de março.
“Pensamos muito antes de confirmar nossa viagem, mas como no Vietnã não havia muitos casos e nenhuma morte, julgamos que não haveria problema”, diz Ricardo. “Além disso, não fizemos escala em nenhum país da Europa, onde a situação está se agravando”.
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VEJA.com

Em meio à pandemia do novo coronavírus, famosos aproveitam dia de praia no Rio de Janeiro. Veja as fotos!

Slide 1 de 8: Parece que alguns famosos decidiram aproveitar no último domingo, dia 15, as praias do Rio de Janeiro! Mesmo em meio à pandemia global do novo coronavírus, celebridades como, por exemplo, Deborah Secco, foram flagradas em plena luz do diz curtindo o dia de sol. Acompanhada do marido Hugo Moura, a atriz foi vista enquanto andava de bicicleta na região da Barra da Tijuca!

Parece que alguns famosos decidiram aproveitar no último domingo, dia 15, as praias do Rio de Janeiro! Mesmo em meio à pandemia global do novo coronavírus, celebridades como, por exemplo, Deborah Secco, foram flagradas em plena luz do diz curtindo o dia de sol. Acompanhada do marido Hugo Moura, a atriz foi vista enquanto andava de bicicleta na região da Barra da Tijuca!

Slide 2 de 8: Flávia Alessandra, por sua vez, decidiu renovar o bronze e, com um maiô estampado, óculos e boné, também foi flagrada pelos paparazzi.

Flávia Alessandra, por sua vez, decidiu renovar o bronze e, com um maiô estampado, óculos e boné, também foi flagrada pelos paparazzi.

Slide 3 de 8: A atriz, inclusive, estava acompanhada das duas filhas: Giulia Costa, fruto de seu relacionamento com Marcos Paulo, e Olívia Costa, do casamento com Otaviano Costa.

A atriz, inclusive, estava acompanhada das duas filhas: Giulia Costa, fruto de seu relacionamento com Marcos Paulo, e Olívia Costa, do casamento com Otaviano Costa.

Slide 4 de 8: Sem camisa, José Loreto deixou claro que o último domingo, dia 15, foi dia de malhação. O ator caminhou pela orla carioca e fez muito exercícios sob o solzão do Rio de Janeiro.

Sem camisa, José Loreto deixou claro que o último domingo, dia 15, foi dia de malhação. O ator caminhou pela orla carioca e fez muito exercícios sob o solzão do Rio de Janeiro.

Slide 5 de 8: Já Mariana Goldfarb quis manter a rotina de exercícios em dia. De biquíni, a esposa de Cauã Reymond exibiu seu corpão durante uma corrida na praia. No momento, ela até chegou a acenar para os fotógrafos de plantão, olha só!

Já Mariana Goldfarb quis manter a rotina de exercícios em dia. De biquíni, a esposa de Cauã Reymond exibiu seu corpão durante uma corrida na praia. No momento, ela até chegou a acenar para os fotógrafos de plantão, olha só!

Slide 6 de 8: Quem também estava de casal era Thiago Rodrigues, que foi visto com uma mulher na Orla de São Conrado.

Quem também estava de casal era Thiago Rodrigues, que foi visto com uma mulher na Orla de São Conrado.

Slide 7 de 8: O dia também foi de muito beijos por parte de Nicole Bahls e Marcelo Bimbi, que foram vistos no maior clima de romance!

O dia também foi de muito beijos por parte de Nicole Bahls e Marcelo Bimbi, que foram vistos no maior clima de romance!

Slide 8 de 8: Já Bruno Cabrerizo aproveitou para jogar uma partida de futevôlei na praia!

Já Bruno Cabrerizo aproveitou para jogar uma partida de futevôlei na praia!

Fonte:
Estrelando


domingo, 15 de março de 2020

Pessoas perdidas: como a conta da custódia distribuída pode salvar milhares de internatos na Rússia

Pessoas perdidas: como a conta da custódia distribuída pode salvar milhares de internatos na Rússia
© Alexey Sukhorukov / Notícias da RIA

Потерянные люди: как распределенная учетная запись может спасти тысячи школ-интернатов в России

Poteryannyye lyudi: kak raspredelennaya uchetnaya zapis' mozhet spasti tysyachi shkol-internatov v Rossii

Mais de 155 mil russos agora vivem permanentemente isolados da sociedade - em internatos neuropsiquiátricos (PNI). A falta de controle externo levou ao fato de que muitas dessas instituições se tornaram prisões, dizem os ativistas de direitos humanos. A situação pode mudar a conta, que na primavera será considerada pela Duma do Estado em segunda leitura. Na edição original, ele permitiu que os alunos do PNI, além do diretor do internato, tivessem um tutor externo que pudesse monitorar a qualidade de sua vida. No entanto, devido a emendas feitas pelo governo ao documento, não será possível compartilhar a custódia entre várias pessoas; portanto, os defensores dos direitos humanos se opõem a considerar a iniciativa nesta opção. A RT descobriu por que os internatos estão interessados ​​na guarda exclusiva e muitos pais de pessoas com deficiência estão prontos para tudo, para que seus filhos não caiam no PNI.


Os internatos não querem perder clientes
Nesta primavera, a Duma do Estado da Federação Russa, em nome do presidente, deve considerar em segunda leitura um projeto de lei sobre a custódia distribuída de cidadãos legalmente incompetentes e incompletos.

Especialistas acreditam que este documento pode ajudar dezenas de milhares de alunos de internatos neuropsiquiátricos (PNI) a restaurar seus direitos, que são regularmente violados devido à falta de controle externo. O fato é que, de acordo com a legislação vigente, o guardião de uma pessoa incapacitada pode ser seu parente ou o chefe da organização em que vive.

“Quando uma pessoa vai para um colégio interno, a instituição é um prestador de serviços para ela. Ao mesmo tempo, o diretor do PNI se torna seu único guardião. Surge um conflito de interesses: a qualidade dos serviços prestados deve ser monitorada pelo chefe do colégio interno. É claro que ele não vai reclamar de si mesmo ou de seus subordinados ”, disse Olga Vainshtok, porta-voz da Naked Hearts Foundation, à RT.

  • © Alexey Sukhorukov / Notícias da RIA

Segundo ela, hoje a única maneira de um aluno sair de um internato é ser reconhecida como competente novamente, mas esse não é um procedimento fácil.

“Os PNIs não estão absolutamente interessados ​​em perder seus clientes. De acordo com a lei, 75% da pensão de invalidez de cada aluno é enviada diretamente ao PNI. Supõe-se que esse dinheiro seja gasto na manutenção de pessoas, mas ninguém além do guardião - o diretor do internato pode verificar para onde os fundos realmente vão ”, disse Weinstock.

O projeto de lei sobre custódia distribuída, introduzido na Duma do Estado em 2015, sugeriu inicialmente que não apenas seu parente ou diretor do PNI, mas também uma organização pública sem fins lucrativos (NPO) poderia se tornar o guardião de um cidadão incompetente. O documento de origem também permitia distribuir funções de custódia entre indivíduos e entidades legais. Com essa abordagem, o aluno do PNI também possui um tutor externo (parente ou ONG) que pode controlar a qualidade dos serviços prestados pelo internato.

Alterações na custódia distribuída

"Farei tudo para que meu filho nunca entre em um colégio interno", diz Anna Bobrova, presidente da filial de Nizhny Novgorod da Organização Russa de Pais de Crianças com Deficiência (VORDI).

Seu filho Michael se move em uma cadeira de rodas, ele tem 22 anos. Entre seus diagnósticos estão um distúrbio do espectro do autismo, uma lesão orgânica do sistema nervoso central e uma violação do sistema músculo-esquelético. Michael é reconhecido legalmente incapaz, seu guardião é Anna.

“Como meu trabalho está relacionado a viagens de negócios, seis meses atrás, finalmente consegui fazer meu segundo filho se tornar outro guardião de Misha. Agora, a lei permite que uma pessoa com deficiência indique um segundo guardião em "casos excepcionais", enquanto este documento não decifra de forma alguma. Eu tive que provar que o nosso caso é realmente excepcional ”, afirmou o interlocutor da RT.


© Alexey Sukhorukov / Notícias da RIA
Anna admite que não sabe como será o destino de seu filho quando não puder mais cuidar dele.

"Espero que meu segundo filho continue a apadrinhar Misha, mas não quero que as responsabilidades de sua mãe repousem completamente em seus ombros. É difícil cuidar de uma pessoa com deficiência, e não quero que isso passe toda a sua vida ", acrescenta a mulher.

Se o conceito de "custódia distribuída" aparecesse na legislação, o irmão de Mikhail seria capaz de assumir parte de suas responsabilidades de guardião. Anna gostaria de nomear uma organização pública em que confia como outro guardião.

Os adultos com deficiência também podem frequentar um internato com os pais vivos: acontece que uma mãe e um pai idosos não conseguem mais cuidar fisicamente da criança. Isso é especialmente verdadeiro para pessoas com deficiência que não andam - é difícil para os pais carregá-las, inclusive no banheiro e no banheiro, e levá-las em uma cadeira de rodas de casa para a rua. Nesses casos, uma pessoa é enviada ao PNI e os pais perdem a tutela, ou seja, legalmente se tornam estranhos para ele.

Ativistas de direitos humanos, incluindo Anna Bobrova, agora estão se opondo à lei "sob custódia distribuída" na forma em que foi submetida para segunda leitura. No final de 2019, o governo russo propôs emendas ao documento que removiam o próprio conceito de "custódia distribuída". Na segunda versão, a iniciativa pressupõe que uma organização na qual um cidadão incompetente não mora possa ser adquirida por uma pessoa legalmente incapaz, além de seu parente ou PNI.

No entanto, como Anna Bobrova observou, é a distribuição dessas funções entre vários indivíduos que é necessária para que milhares de estudantes da PNI possam ter uma chance de ter uma vida decente. As organizações sem fins lucrativos nem sempre estão prontas para assumir total responsabilidade pelos cidadãos com deficiência, mas estão prontas para concluir um acordo com o segundo tutor sobre a distribuição de tarefas.

A esse respeito, os ativistas sociais criaram uma petição dirigida ao Presidente da Rússia com um pedido para devolver o conceito de custódia distribuída à conta.

Por sua vez, o senador Andrei Klishas, ​​que é um dos autores do projeto, acredita que as emendas do governo não cancelam a possibilidade de as ONGs protegerem os direitos dos cidadãos legalmente incapazes que vivem em internatos, mesmo que o diretor do PNI seja o tutor.

"Tais organizações serão atraídas com base em um acordo com o órgão de tutela e tutela, se esse órgão considerar apropriado", explicou Klishas em conversa com a RT.

"Estamos construindo reservas"
Segundo Rostrud para 2019, existem mais de 600 UDIs na Rússia, onde vivem mais de 155 mil pessoas, quase 73% das quais (112 mil) são incompetentes. 34% são pessoas com mais de 60 anos. Os internatos, por via de regra, prestam serviços a centenas de alunos de uma só vez: muitas vezes, existem de 400 a 500 pessoas para uma estadia de um aluno.

A organizadora do movimento Stop PNI, Maria Sisneva, observa que uma instituição tem pessoas com uma variedade de transtornos e problemas mentais: idosos com demência, pessoas com deficiência que ficam sem pais e crianças com deficiência que foram criadas em crianças até 18 anos pensões. De acordo com Maria, "todos eles estão reunidos em um só lugar, e os funcionários são fisicamente incapazes de fornecer uma abordagem individual à educação e ao treinamento".

© Alexey Sukhorukov / Notícias da RIA

O ativista de direitos humanos enfatiza que a incapacidade é um conceito legal que não pode limitar as liberdades constitucionais e os direitos humanos.

“Na prática, os estudantes do PNI muitas vezes se vêem isolados da sociedade - não podem deixar a instituição, ir visitar parentes ou simplesmente ir à cidade para as coisas necessárias. As crianças com menos de 14 anos também são legalmente incompetentes, mas podem se locomover sem o apoio dos pais, sem prejudicar a si mesmas ou a outras pessoas ”, explicou o interlocutor da RT.

Segundo especialistas, a grande maioria dos UDIs está literalmente isolada da sociedade, enquanto a vida atrás das grades leva ao fato de que as pessoas com características mentais perdem rapidamente suas habilidades adquiridas durante a paternidade.

No outono de 2019, em uma reunião de representantes de organizações públicas e psiquiatras no V.P. Centro Nacional de Pesquisa Médica em Psiquiatria e Narcologia Serbsky, durante uma discussão sobre a reforma do PNI, o ativista de direitos humanos Sergei Koloskov disse que, de acordo com um decreto do governo, outros 15 PNI devem ser abertos na Rússia nos próximos dois anos, 13 deles em áreas rurais, longe da infraestrutura.

“Essa é uma questão muito importante - a maioria dos parentes não poderá visitar as pessoas, eles não poderão chegar lá. Continuamos a fazer reservas ”, afirmou.

Como Maria Sisneva disse, ela recebe regularmente solicitações de alunos do PNI que perguntam se o diretor do internato deve ser seu tutor.

“Eles se sentem extremamente dependentes porque, apesar da incapacidade, conhecem bem seus direitos. As pessoas que não sabem bem o que têm o direito de fazer precisam ainda mais de controle externo, um responsável que as ajude ”, afirmou o ativista de direitos humanos. - Na minha experiência, no PNI é melhor viver para quem tem defensores do lado. E se uma pessoa não tem conexão com o mundo exterior, ela está literalmente perdida para a sociedade e ela pode fazer qualquer coisa com ela. ”

russian.rt.com

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