A Ilha do Combu, situada a uma curta viagem de barco de apenas 15 minutos da capital paraense, Belém, é um verdadeiro santuário ecológico e cultural. Fazendo parte do mosaico de ilhas que compõem a região insular de Belém, ela oferece aos visitantes uma imersão na Amazônia ribeirinha, combinando a tranquilidade da natureza exuberante com a riqueza dos sabores locais.

Conhecida por sua forte produção de açaí e, mais recentemente, de cacau orgânico, a Ilha do Combu se estabeleceu como um destino imperdível para quem busca uma experiência autêntica e sustentável.
🍫 Pontos Turísticos e Roteiros Imperdíveis
A visita à ilha não se resume apenas a desfrutar da paisagem; é um convite para interagir com a cultura local e os produtos da floresta.
1. A Rota do Chocolate Artesanal
O grande destaque da ilha é, sem dúvida, a produção artesanal de chocolate, feita com cacau nativo.
Casa do Chocolate (ou Filha do Combu - Dona Nena): Este é um dos pontos mais famosos. Os visitantes podem fazer um tour pela plantação de cacau, conhecer o processo de colheita e fabricação do chocolate orgânico, e, claro, fazer uma degustação de diferentes tipos de chocolate amazônico (inclusive o 100% cacau) e doces regionais. É uma experiência que liga o turista à bioeconomia e à importância sustentável do alimento na região.
2. A Grande Samaumeira da Vida
No interior da ilha, a majestosa Samaúma da Vida é um ponto de parada obrigatório.
3. Gastronomia Ribeirinha e Vista para Belém
A ilha é famosa por seus restaurantes flutuantes ou em palafitas, que oferecem o melhor da culinária paraense, com o peixe grelhado como estrela principal.
Restaurantes: Locais como o Saldosa Maloca, Solar da Ilha, Mirante do Combú e Kasa Kakuri (entre outros) oferecem não apenas pratos deliciosos, mas também uma vista deslumbrante da Baía do Guajará e da paisagem de Belém à distância. Muitos estabelecimentos possuem estruturas para lazer, como áreas de banho de rio ou até piscinas.
4. Passeios e Atividades de Ecoturismo
Para além da gastronomia e do chocolate, a ilha oferece roteiros que exploram a mata e os rios.
Passeio de Barco e Igarapés: A travessia da Praça Princesa Isabel até a ilha já é um passeio por si só, revelando a paisagem de transição entre a "selva de pedras" e o verde amazônico. Explorar os igarapés de Combu e Piriquitaquara é um percurso contemplativo.
Trilha Ecológica: Alguns locais oferecem trilhas leves que atravessam a mata, permitindo que o visitante conheça de perto a flora e a cultura do extrativismo de frutas como açaí e cupuaçu.
Street River: Uma galeria de arte a céu aberto e flutuante, onde casas de palafitas ribeirinhas foram transformadas em telas por meio de belíssimos grafites, colorindo a paisagem e contando um pouco da vida local.
🚤 Como Chegar
Chegar à Ilha do Combu é simples e faz parte da experiência:
Ponto de Partida: A travessia é feita a partir da Praça Princesa Isabel, no bairro do Condor, em Belém.
Meio de Transporte: Barcos e lanchas (conhecidas como "voadeiras") fazem o trajeto regularmente. O percurso é rápido, com duração de cerca de 10 a 15 minutos.
Veja mais sobre a gastronomia ou o ecoturismo na Ilha do Combu:
🍽️ Ecoturismo e Gastronomia na Ilha do Combu: A Profundidade da Amazônia Paraense
🌿 Ecoturismo: Conectando-se com a Floresta
O ecoturismo no Combu é uma experiência de imersão leve, focada na sustentabilidade e na educação ambiental.
Passeio pelos Igarapés: A principal atividade de ecoturismo é o passeio de canoa ou voadeira pelos estreitos canais da ilha, chamados igarapés. Durante a maré cheia, é possível deslizar sob a copa das árvores e observar a vegetação de várzea e de mangue, dependendo da área. É um momento de silêncio e contemplação, onde se pode avistar aves e sentir o verdadeiro ritmo da floresta.
Trilhas do Açaí e Cacau: Em muitas propriedades (principalmente nas que processam o cacau e o açaí), são oferecidas trilhas interpretativas. Guias locais — muitas vezes os próprios moradores — mostram o processo de manejo sustentável. Você aprenderá sobre:
O açaí: A colheita, a importância da palmeira e o processo de despolpa.
O cacau: Desde a flor até o fruto, entendendo o papel da agricultura familiar na preservação da floresta.
A Força da Samaumeira: A visita à Samaúma gigante é um ato de ecoturismo. É a oportunidade de entender a função biológica desta espécie no ecossistema e sua importância cultural, sendo considerada sagrada por comunidades locais.
🍤 Gastronomia: Os Sabores do Pará à Beira do Rio
A culinária no Combu é uma celebração dos ingredientes frescos e regionais, preparada com o toque caseiro da Amazônia.
O Peixe Fresco (Grelhado e Frito): Os peixes de água doce, como Filhote, Dourada e Tambacu, são as estrelas. Eles são geralmente servidos na chapa ou grelhados, acompanhados de arroz branco, farinha d'água (farinha de mandioca granulada), e, indispensavelmente, molho de tucupi e jambu.
O Jambu e o Tucupi: Estes dois ingredientes definem o sabor paraense e são abundantes no Combu:
Jambu: Uma erva que provoca uma leve sensação de formigamento na boca, dando uma experiência única ao paladar.
Tucupi: O caldo amarelo extraído da mandioca-brava, que deve ser cozido por horas para eliminar a toxicidade, servindo como base para diversos molhos e pratos.
Drinks e Sobremesas com Frutas Amazônicas: A ilha é o lugar ideal para provar o Açaí na tigela, servido de maneira tradicional (com farinha e peixe, ou puro, como acompanhamento salgado) ou na versão doce. Além disso, sucos e sobremesas de Cupuaçu, Taperebá (cajá) e Graviola são imperdíveis, oferecendo um final refrescante para a refeição.

A Ilha do Combu é, portanto, um destino que alimenta o corpo e a alma: você se delicia com a alta gastronomia paraense e, ao mesmo tempo, apoia a conservação ambiental e a economia das famílias ribeirinhas por meio de práticas de ecoturismo.
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