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Lauro Jardim/EXCLUSIVO: As cenas que provam a entrega de propina aos indicados de Temer e Aécio

Deputado Rocha Loures (PMDB-PR) e Frederico Pacheco de Medeiros foram flagrados em "ações controladas" da PF.

POR LAURO JARDIM E GUILHERME AMADO

RIO - A delação da JBS, a mais dura em três anos de Lava-Jato, merece este título em grande parte devido às cenas a seguir. Nelas, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), destacado pelo presidente Michel Temer para tratar com Joesley Batista dos interesses de seu grupo empresarial, é flagrado pegando R$ 500 mil em propina — a primeira parcela de um montante prometido de R$ 480 milhões. As cenas abaixo mostram esta entrega, ocorrida em 28 de abril deste ano.

A entrega de dinheiro para o indicado por Temer


Do Il Barista, os dois seguem para o restaurante Pecorino. É uma estratégia de despiste de Loures
Meia hora depois, os dois se encontram no estacionamento do mesmo shopping
Loures não pega o dinheiro no estacionamento e pede para que eles sigam para a pizzaria Camelo, nos Jardins. Ele entra na pizzaria sem nenhuma mala.

As cenas também são devastadoras para o presidente do PSDB, o senador mineiro Aécio Neves. A Polícia Federal filmou o primo de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, pegando, a mando de Aécio, R$ 1,5 milhão em propina — três quartos dos R$ 2 milhões que Aécio pediu, sem saber que era gravado, para Joesley. As cenas abaixo mostram a primeira entrega, ocorrida em 12 de abril deste ano.

A primeira entrega de dinheiro ao primo de Aécio Neves




Já o presidente do PSDB indicou o primo Frederico Pacheco de Medeiros para receber o dinheiro. Fred, como é conhecido, foi diretor da Cemig, nomeado por Aécio, e um dos coordenadores de sua campanha a presidente em 2014. Tocava a área de logística. Quem levou o dinheiro a Fred foi o diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, um dos sete delatores. Foram quatro entregas de R$ 500 mil cada uma. A PF filmou três delas. As cenas abaixo mostram a primeira entrega, ocorrida em 19 de abril deste ano.



A segunda entrega de dinheiro ao primo de Aécio Neves
As filmagens da PF mostram que, após receber o dinheiro, Fred repassou, ainda em São Paulo, as malas para Mendherson Souza Lima, secretário parlamentar do senador Zeze Perrella (PMDB-MG). Mendherson levou de carro a propina para Belo Horizonte. Fez três viagens — sempre seguido pela PF. As investigações revelaram que o dinheiro não era para advogado algum. O assessor negociou para que os recursos fossem parar na Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, de Gustavo Perrella, filho de Zeze Perrella. As cenas abaixo mostram a primeira entrega, ocorrida em 12 de abril deste ano.


Um dos grandes diferenciais da delação dos donos da JBS foi exatamente as "ações controladas" feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela Polícia Federal. Neste mecanismo de investigação, o flagrante do crime é calculado de maneira que seja produzida uma determinada prova. Nessa investigação, a PF acompanhou, com câmeras e escutas, a entrega de dinheiro para intermediários de Temer e de Aécio.

ESQUEMA NO CADE

O primeiro contato entre Rocha Loures e Joesley foi em Brasília. O dono da JBS lhe contou o que precisava do Cade.

Desde o ano passado, o órgão está para decidir uma disputa entre a Petrobras e o grupo sobre o preço do gás fornecido pela estatal à termelétrica EPE. Localizada em Cuiabá, a usina foi comprada pelo grupo em 2015. Explicou o problema da EPE: a Petrobras compra o gás natural da Bolívia e o revende para a empresa por preços extorsivos. Disse que sua empresa perde "1 milhão por dia" com essa política de preços. E pediu: que a Petrobras revenda o gás pelo preço de compra ou que deixe a EPE negociar diretamente com os bolivianos.
Com uma sem-cerimônia impressionante, o indicado de Temer ligou para o presidente em exercício do Cade, Gilvandro Araújo. E pediu que se resolvesse a questão da termelétrica no órgão. Não há evidências de que Araújo tenha atendido ao pedido. Pelo serviço, Joesley ofereceu uma propina de 5%. Rocha Loures deu o seu ok.: "Tudo bem, tudo bem". Para continuar as negociações, foi marcado um novo encontro.

Desta vez, entre Rocha Loures e Ricardo Saud, diretor da JBS e também delator. No Café Santo Grão, em São Paulo, trataram de negócios. Foi combinado o pagamento de R$ 500 mil semanais por 20 anos, tempo em que vai vigorar o contrato da EPE.

Ou seja, está se falando de R$ 480 milhões ao longo de duas décadas, se fosse cumprido o acordo. Loures disse que levaria a proposta de pagamento a alguém acima dele. Saud faz duas menções ao "presidente".

Pelo contexto, os dois se referem a Michel Temer. A entrega do dinheiro foi filmada pela PF. Mas desta vez quem esteve com o homem de confiança de Temer foi Ricardo Saud, diretor da JBS e um dos sete delatores. Esse segundo encontro teve uma logística inusitada.

Certamente, revela o traquejo (e a vontade de despistar) de Rocha Loures neste tipo de serviço. Assim, inicialmente Saud foi ao Shopping Vila Olímpia, em São Paulo.

Em seguida, Rocha Loures o levou para um café, depois para um restaurante e, finalmente, para a pizzaria Camelo, na Rua Pamplona, no Jardim Paulista. Foi neste endereço, próximo à casa dos pais de Rocha Loures, onde ele estava hospedado, que o deputado recebeu a primeira remessa de R$ 500 mil.

Apesar do acerto de repasses semanais de R$ 500 mil, até o momento só foi feita a primeira entrega de dinheiro. E, claro, a partir da homologação da delação, nada mais será pago.
Rocha Loures, o indicado por Temer, é um conhecido homem de confiança do presidente. Foi chefe de Relações Institucionais da Vice-Presidência sob Temer. Após o impeachment, virou assessor especial da Presidência e, em março, voltou à Câmara, ocupando a vaga do ministro da Justiça, Osmar Serraglio.

Fonte: O Globo

Dono da JBS grava Temer dando aval para compra de silêncio de Cunha

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Foto divulgação
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Foto divulgação : Joesley e Wesley Batista
Joesley Batista e o seu irmão Wesley confirmaram a Fachin o que falaram a PGR

RIO — Na tarde de quarta-feira passada, Joesley Batista e o seu irmão Wesley entraram apressados no Supremo Tribunal Federal (STF) e seguiram direto para o gabinete do ministro Edson Fachin. Os donos da JBS, a maior produtora de proteína animal do planeta, estavam acompanhados de mais cinco pessoas, todas da empresa. Foram lá para o ato final de uma bomba atômica que explodirá sobre o país — a delação premiada que fizeram, com poder de destruição igual ou maior que a da Odebrecht. Diante de Fachin, a quem cabe homologar a delação, os sete presentes ao encontro confirmaram: tudo o que contaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) em abril foi por livre e espontânea vontade, sem coação.

É uma delação como jamais foi feita na Lava-Jato: Nela, o presidente Michel Temer foi gravado em um diálogo embaraçoso. Diante de Joesley, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?".

Em nota, Temer disse que "jamais" solicitou pagamentos para obter o silêncio de Cunha e negou ter participado ou autorizado "qualquer movimento" para evitar delação do correligionário.

A assessoria do deputado Rodrigo Rocha Loures informou que ele que vai "esclarecer os fatos divulgados" sobre a delação.

Aécio Neves foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley. O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB, numa cena devidamente filmada pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho dos reais. Descobriu que eles foram depositados numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).

Joesley relatou também que Guido Mantega era o seu contato com o PT. Era com o ex-ministro da Fazenda de Lula e Dilma Rousseff que o dinheiro de propina era negociado para ser distribuído aos petistas e aliados. Mantega também operava os interesses da JBS no BNDES.

Joesley revelou também que pagou R$ 5 milhões para Eduardo Cunha após sua prisão, valor referente a um saldo de propina que o peemedebista tinha com ele. Disse ainda que devia R$ 20 milhões pela tramitação de lei sobre a desoneração tributária do setor de frango.

Pela primeira vez na Lava-Jato foram feitas "ações controladas", num total de sete. Ou seja, um meio de obtenção de prova em flagrante, mas em que a ação da polícia é adiada para o momento mais oportuno para a investigação. Significa que os diálogos e as entregas de malas (ou mochilas) com dinheiro foram filmadas pela PF. As cédulas tinham seus números de série informados aos procuradores. Como se fosse pouco, as malas ou mochilas estavam com chips para que se pudesse rastrear o caminho dos reais. Nessas ações controladas foram distribuídos cerca de R$ 3 milhões em propinas carimbadas durante todo o mês de abril.

Se a delação da Odebrecht foi negociada durante dez meses e a da OAS se arrasta por mais de um ano, a da JBS foi feita em tempo recorde. No final de março, se iniciaram as conversas. Os depoimentos começaram em abril e na primeira semana de maio já haviam terminado. As tratativas foram feitas pelo diretor jurídico da JBS, Francisco Assis e Silva. Num caso único, aliás, Assis e Silva acabou virando também delator. Nunca antes na história das colaborações um negociador virara delator.


Dono da JBS grava Temer dando aval para compra de silêncio de Cunha - Ailton de Freitas / Agência O Globo

A velocidade supersônica para que a PGR tenha topado a delação tem uma explicação cristalina. O que a turma da JBS (Joesley sobretudo) tinha nas mãos era algo nunca visto pelos procuradores: conversas comprometedoras gravadas pelo próprio Joesley com Temer e Aécio — além de todo um histórico de propinas distribuídas a políticos nos últimos dez anos. Em duas oportunidades em março, o dono da JBS conversou com o presidente e com o senador tucano levando um gravador escondido — arma que já se revelara certeira sob o bolso do paletó de Sérgio Machado, delator que inaugurou a leva de áudios comprometedores. Ressalte-se que essas conversas, delicadas em qualquer época, ocorreram no período mais agudo da Lava-Jato. Nem que fosse por medo, é de se perguntar: como alguém ainda tinha coragem de tratar desses assuntos de forma tão descarada?

É uma delação como jamais foi feita na Lava-Jato: Nela, o presidente Michel Temer foi gravado em um diálogo embaraçoso. Diante de Joesley, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?".

Em nota, Temer disse que "jamais" solicitou pagamentos para obter o silêncio de Cunha e negou ter participado ou autorizado "qualquer movimento" para evitar delação do correligionário.

A assessoria do deputado Rodrigo Rocha Loures informou que ele que vai "esclarecer os fatos divulgados" sobre a delação.

Aécio Neves foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley. O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB, numa cena devidamente filmada pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho dos reais. Descobriu que eles foram depositados numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).

Joesley relatou também que Guido Mantega era o seu contato com o PT. Era com o ex-ministro da Fazenda de Lula e Dilma Rousseff que o dinheiro de propina era negociado para ser distribuído aos petistas e aliados. Mantega também operava os interesses da JBS no BNDES.

Joesley revelou também que pagou R$ 5 milhões para Eduardo Cunha após sua prisão, valor referente a um saldo de propina que o peemedebista tinha com ele. Disse ainda que devia R$ 20 milhões pela tramitação de lei sobre a desoneração tributária do setor de frango.

Pela primeira vez na Lava-Jato foram feitas "ações controladas", num total de sete. Ou seja, um meio de obtenção de prova em flagrante, mas em que a ação da polícia é adiada para o momento mais oportuno para a investigação. Significa que os diálogos e as entregas de malas (ou mochilas) com dinheiro foram filmadas pela PF. As cédulas tinham seus números de série informados aos procuradores. Como se fosse pouco, as malas ou mochilas estavam com chips para que se pudesse rastrear o caminho dos reais. Nessas ações controladas foram distribuídos cerca de R$ 3 milhões em propinas carimbadas durante todo o mês de abril.

Se a delação da Odebrecht foi negociada durante dez meses e a da OAS se arrasta por mais de um ano, a da JBS foi feita em tempo recorde. No final de março, se iniciaram as conversas. Os depoimentos começaram em abril e na primeira semana de maio já haviam terminado. As tratativas foram feitas pelo diretor jurídico da JBS, Francisco Assis e Silva. Num caso único, aliás, Assis e Silva acabou virando também delator. Nunca antes na história das colaborações um negociador virara delator.

Dono da JBS grava Temer dando aval para compra de silêncio de Cunha - Ailton de Freitas / Agência O Globo
A velocidade supersônica para que a PGR tenha topado a delação tem uma explicação cristalina. O que a turma da JBS (Joesley sobretudo) tinha nas mãos era algo nunca visto pelos procuradores: conversas comprometedoras gravadas pelo próprio Joesley com Temer e Aécio — além de todo um histórico de propinas distribuídas a políticos nos últimos dez anos. Em duas oportunidades em março, o dono da JBS conversou com o presidente e com o senador tucano levando um gravador escondido — arma que já se revelara certeira sob o bolso do paletó de Sérgio Machado, delator que inaugurou a leva de áudios comprometedores. Ressalte-se que essas conversas, delicadas em qualquer época, ocorreram no período mais agudo da Lava-Jato. Nem que fosse por medo, é de se perguntar: como alguém ainda tinha coragem de tratar desses assuntos de forma tão descarada?

Para que as conversas não vazassem, a PGR adotou um procedimento incomum. Joesley, por exemplo, entrava na garagem da sede da procuradoria dirigindo o próprio carro e subia para a sala de depoimentos sem ser identificado. Assim como os outros delatores.
Ao mesmo tempo em que delatava no Brasil, a JBS contratou o escritório de advocacia Trench, Rossi e Watanabe para tentar um acordo de leniência com o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ). Fechá-lo é fundamental para o futuro do grupo dos irmãos Batista. A JBS tem 56 fábricas nos EUA, onde lidera o mercado de suínos, frangos e o de bovinos. Precisa também fazer um IPO (abertura de capital) da JBS Foods na Bolsa de Nova York.
Pelo que foi homologado por Fachin, os sete delatores não serão presos e nem usarão tornozeleiras eletrônicas. Será paga uma multa de R$ 225 milhões para livrá-los das operações Greenfield e Lava-Jato que investigam a JBS há dois anos. Essa conta pode aumentar quando (e se) a leniência com o DoJ for assinada. (Colaborou Guilherme Amado)



Para que as conversas não vazassem, a PGR adotou um procedimento incomum. Joesley, por exemplo, entrava na garagem da sede da procuradoria dirigindo o próprio carro e subia para a sala de depoimentos sem ser identificado. Assim como os outros delatores.


Ao mesmo tempo em que delatava no Brasil, a JBS contratou o escritório de advocacia Trench, Rossi e Watanabe para tentar um acordo de leniência com o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ). Fechá-lo é fundamental para o futuro do grupo dos irmãos Batista. A JBS tem 56 fábricas nos EUA, onde lidera o mercado de suínos, frangos e o de bovinos. Precisa também fazer um IPO (abertura de capital) da JBS Foods na Bolsa de Nova York.

Pelo que foi homologado por Fachin, os sete delatores não serão presos e nem usarão tornozeleiras eletrônicas. Será paga uma multa de R$ 225 milhões para livrá-los das operações Greenfield e Lava-Jato que investigam a JBS há dois anos. Essa conta pode aumentar quando (e se) a leniência com o DoJ for assinada. (Colaborou Guilherme Amado)

O Globo


De Belém a Marudá 2016


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Quatro ficam feridos após acidente entre carro e caminhão na BR-153


Carro ficou destruído após bater na lateral de caminhão (Foto: Divulgação/Surgiu.com)
TOCANTINS - Segundo a PRF, o motorista do carro de passeio é ex-prefeito de Goianorte. Batida foi registrada perto de Paraíso do Tocantins.

Um acidente registrado perto de Paraíso do Tocantins na manhã desta quarta-feira (17) deixou quatro pessoas feridas, sendo que três tiveram lesões graves. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, elas estavam em um carro de passeio que bateu na lateral de um caminhão.
A batida aconteceu no km 486 da BR-153. Conforme a PRF, o motorista do carro de passeio é ex-prefeito de Goianorte. Ele estava com mais três pessoas da família. As vítimas ficaram presas nas ferragens e foram retiradas do veículo pelo Corpo de Bombeiros, depois foram levadas para o Hospital Regional de Paraíso do Tocantins.
O condutor do caminhão não teve ferimentos. A polícia informou que o acidente aconteceu por volta das 6h e a pista ficou interditada por cerca de 1h30.

As quatro pessoas que estavam no carro de passeio tiveram ferimentos (Foto: Divulgação/Surgiu.com)
As quatro pessoas que estavam no carro de passeio tiveram ferimentos (Foto: Divulgação/Surgiu.com)
G1 TO


Delegado exonerado após dizer que mães têm culpa por abuso infantil

Foto: Divulgação
BRASIL - Exonerado, delegado Miguel Lucena garante que não se arrepende do que disse.

Exonerado nesta segunda-feira depois de sugerir que crianças são abusadas sexualmente dentro de casa porque as mães delas fazem um "rodízio de padrastos", o delegado Miguel Lucena garante que não se arrepende do que disse.

Lucena era diretor de comunicação da Polícia Civil no Distrito Federal (DF). Ao passar informações a jornalistas, num grupo de Whatsapp, sobre o caso de uma menina de 11 anos abusada pelo companheiro da mãe, o delegado disse que "as crianças estão pagando muito caro por esse rodízio de padrastos em casa". Ele foi logo criticado pela maioria dos profissionais no grupo, que o questionaram dizendo que a culpa pelo estupro é sempre e exclusivamente do estuprador.

Em entrevista nesta terça-feira, o delegado, exonerado após a divulgação de suas observações, explicou que foi surpreendido pela repercussão. No seu entender, o grupo no aplicativo era "fechado e informal". Ele reforçou sua visão, mas disse que não está tentando transferir a culpa do estupro para as mães das crianças abusadas.

— As crianças são vítimas da fragilidade das relações que se estabeleceram hoje. Muitas mulheres levam para casa o primeiro homem que encontram no bar. A criança conhece três, quatro padrastos no mesmo ano. Não está correto. Não me arrependo. Só falei verdades que ocorrem principalmente nas áreas mais pobres — reforçou Lucena.

Na conversa do WhatsApp, o delegado defendeu que era preciso "abrir a discussão do ponto de vista moral". Até então, ele havia discutido apenas o papel das mães no abuso. Suas palavras motivaram matérias em sites do país inteiro e foram intensamente criticadas em redes sociais. Agora exonerado, Lucena disse também ser contra o rodízio de mulheres na casa.

— O homem não pode levar prostituta para dentro de casa, e a mulher não pode levar o primeiro que conhece. Pode namorar, mas sem colocar os filhos em risco. No meu trabalho de delegado, constatei que mulheres eram coniventes, às vezes só denunciavam quando estavam separadas, com raiva da separação. Quando eram vítimas de violência, perguntava o nome dele e só sabiam o apelido.

CULPA NA VÍTIMA

Os comentários do delegado despertaram a revolta de jornalistas no grupo, que apontaram naquela visão uma forma de culpabilizar os abusados em vez dos abusadores. Profissionais destacaram que não havia um "perfil de estuprador" definido e que o abuso poderia ocorrer dentro de casa, na rua, na festa, a qualquer hora, por pais, tios ou pessoas próximas que pareciam inofensivas em anos de convívio.

— Falei de responsabilidade, não de culpa. Falei no sentido de ter mais cuidado na proteção dos filhos. As pessoas têm medo de falar, de enfrentar a ideologia do politicamente correto — enfatizou o delegado.

Em meio à discussão no aplicativo, o delegado resolveu sair do grupo — segundo os jornalistas, por não aceitar os contrapontos. Lucena garante que deixou o grupo por uma ofensa pessoal, depois que um repórter disse que ele "calado era um poeta".

Os comentários de Lucena chegaram à análise do governador do DF, Rodrigo Rollemberg, que decidiu exonerar o funcionário. Segundo a Polícia Civil, ainda é preciso esperar a publicação da exoneração no Diário Oficial para que haja o remanejamento do delegado.

EXTRA

Índios são barrados em sessão marcada para votar relatório final da CPI da Funai

Foto: Bernardo Caram/G1
BRASIL - Reunião foi realizada apenas com a presença de deputados, assessores e jornalistas.

Índios e entidades representativas foram barrados na sessão desta terça-feira (16) da CPI da Funai e do Incra destinada a votar o relatório final do deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), que pede o indiciamento de mais de cem pessoas.

A comissão parlamentar de inquérito foi instalada em novembro do ano passado com o objetivo de investigar a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), principalmente em relação aos critérios de demarcação de terras indígenas e quilombolas, assim como os conflitos agrários decorrentes desse processo.

Na sessão, não foi permitido o acesso de indígenas, nem de entidades representativas. A segurança da Casa informou que a medida decorreu por ordem do presidente da CPI Alceu Moreira (PMDB-RS).

Moreira é membro da Frente Parlamentar Mista da Agropecuária, também conhecida como bancada ruralista. O relator da CPI, Nilson Leitão, é presidente da bancada.

O argumento, segundo a polícia legislativa, é a lotação do plenário, limitada a 80 pessoas. No mesmo horário da reunião, porém, outros plenários da Câmara, com limite de até 150 pessoas, estavam sem uso.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) criticou o fato de o debate na comissão ser feito sem a participação dos indígenas. A parlamentar é contra o relatório. “Esse relatório foi tecido com os fios do ódio contra a população indígena”, afirmou.

Enquanto a sessão transcorria com a presença de seguranças nas duas entradas da sala, índios e representantes da Funai e do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) aguardavam do lado de fora da Câmara. A segurança no acesso ao prédio também foi reforçada.

Questionado por jornalistas se ouviu lideranças indígenas para elaborar o parecer, o relator Nilson Leitão desconversou e não respondeu. Ele também questionou a presença de índios do lado de fora da Câmara.

“Tem que ver qual índio está sendo motivado por alguma ONG que está sendo citada, qual índio que está aqui porque alguém bancou para vir, tem que entender tudo isso. Tem muito índio nascendo com 40 anos de idade no Brasil. Esse tem direito a cota, terra e tudo?”, afirmou.
G1

Sábado Paraíso, véspera do dia das mães 2017 | Nas ruas



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No Pará, PF não encontra alvos de mandados emitidos pela Operação Lucas

Foto: (Letícia Carvalho/G1)
Foto (Letícia Carvalho / G1)
Estavam previstos o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão e uma condução coercitiva, em Belém.

Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (16), em quatro estados e no Distrito Federal, uma operação para desarticular um esquema de corrupção envolvendo servidores do Ministério da Agricultura e empresas do setor agropecuário. No Pará, estavam previstos o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão e uma condução coercitiva, todos na capital, Belém.

A assessoria da PF confirmou, no entanto, que nenhum dos mandados foi cumprido porque os alvos não foram localizados.

As investigações apontam que o esquema criminoso movimentou cerca de R$ 3 milhões entre 2010 e 2016. A operação foi batizada de Lucas, de acordo com a Polícia Federal, em referência à passagem bíblica que diz “não peçais mais do que o que vos está ordenado”.

Cerca de 120 policiais federais, segundo a corporação, atuam para cumprir 62 mandados judiciais em Tocantins, Pará, São Paulo, Pernambuco e Brasília. Ainda de acordo com a PF, os agentes cumprem 10 mandados de prisão temporária, 16 de condução coercitiva e 36 de busca e apreensão.

G1 PA

Louvor Norte traz grandes nomes da música gospel para o Pará

André Valadão participa do Louvor Norte 2017 (Foto: Luísa Gomes/G1)
André Valadão participa do Louvor Norte 2017 (Foto: Luísa Gomes/G1)
Festival terá atrações nacionais, como André Valadão, entre os dias 19 e 21 de maio no Cidade Folia.

festival de música Louvor Norte será realizado nos dias 19, 20 e 21 de maio em Belém. Durante os três dias do evento, subirão no palco do Cidade Folia os principais nomes da música gospel nacional, que trazem de forma cantada a palavra de Deus.

Entre as atrações confirmadas nesta edição do evento estão nomes consagrados como PG e banda, Gabriela Rocha, Pregador Luo, banda DN1, Sarah Farias, Preto no Branco, André Valadão, Trio Salvador, Priscila Alcântara, Som e Louvor e Fernandinho.

Serviço: O Louvor Norte ocorre entre os dias 19 e 21 de maio, no Cidade Folia em Belém. Os ingressos podem ser adquiridos nos pontos de venda (Livrarias Kadoshi Castanheira e IT Center, CPAD Templo Central e Castanheira, Bençãos Livros e Bless). Ingressos para pista custam R$ 6t0, área VIP R$ 100.

G1 PA

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