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Prefeitura de Manaus recua após gerar polêmica com decisão de empilhar corpos em valas comuns

Com SUS em colapso, Amazonas enterra vítimas da covid-19 em vala ...


MANAUS - Corpos passaram a ser enterrados em valas comuns em Manaus após o aumento de mortes com o início da pandemia do novo coronavírus aliado aos falecimentos que já ocorriam, cotidianamente, na capital do Amazonas. Antes da pandemia, a cidade contabilizava 28 sepultamentos em média por dia e, atualmente, já passam de cem enterros diários. A medida gerou polêmica e a prefeitura avisou que não fará mais o sepultamento em camadas.

Estadão

Brasil supera China e chega a 5.017 mortes por coronavírus; são 474 nas últimas 24h, novo recorde

Familiares e amigos de idosa morta por coronavírus se lamentam em cemitério de M...

O Brasil registrou 474 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo dados atualizados nesta terça-feira, 28, pelo Ministério da Saúde. Com isso, o total oficial de vítimas da covid-19 no País chegou a 5.017, superando os números da China, marco zero da doença, que de acordo com a OMS já somou 4.643 mortes pelo vírus. 

Estadão


MOÇAMBIQUE: Lucros do Banco Único cresceram 16% no ano passado

Lucros do Banco Único cresceram 16% no ano passado
Por Edson Arante

O Banco Único fechou o ano de 2019, com resultados líquidos na ordem de 505 milhões de meticais, mais 16% que no ano anterior. Os activos da instituição também aumentaram (7%).

Mesmo num cenário de estagnação do crédito à economia e de risco elevado que caracterizou 2019, os accionistas do Banco Único reportaram lucros de cerca de 505 milhões de meticais, um aumento de aproximadamente 16% face a 2018 (perto de 437 milhões de meticais).

No seu Relatório e Contas de 2019, consultado pelo “O País”, esta instituição financeira indica que este incremento dos lucros deveu-se, em parte, à manutenção de uma sólida margem financeira.

Adicionalmente, a estratégia de fidelização e dinamização levou a um aumento do número de clientes e, consequentemente, trouxe o volume de transacções, traduzindo-se em mais ganhos com comissões, atenuado por uma ligeira diminuição dos resultados com operações financeiras, um reflexo da rigidez regulamentar e do mercado cambial que se tem vindo a agravar nos últimos anos.

Com o aumento da carteira de clientes, o Banco Único viu os depósitos incrementarem 3%, ao se cifrarem em 22.515.462 milhares de meticais.

“Estes factores aliados a uma criteriosa gestão de risco e capital, com um grande enfoque na recuperação e saneamento do crédito vencido e a uma gestão cuidada dos custos operacionais, levou a que o resultado líquido aumentasse”, lê-se no Relatório e Contas do Banco Único.

Os activos situaram-se nos 27.7 mil milhões de meticais em 2019, contra 25.9 mil milhões em 2018 e 24.1 mil milhões em 2017. O capital próprio aumentou 14% (4.1 mil milhões de meticais em 2019).

Entretanto, e apesar das contas do Banco Único terem fechado “no verde” no ano passado, o crédito bruto concedido aos clientes reduziu 12%, ao situar-se nos cerca de 11.4 mil milhões de meticais, ou seja, o registo mais baixo dos últimos três anos.

E mais, os custos operacionais situaram-se nos 64% em 2019, contra 60 e 51% dos dois anos anteriores, respectivamente.

Concretamente, os custos operacionais, que incluem encargos com pessoal, os outros gastos administrativos e as amortizações do exercício, totalizaram 1.5 mil milhões de meticais, o que corresponde a uma taxa de crescimento de 7,5% em relação a 2018.

Esta evolução, segundo o Banco Único, decorre do crescimento da instituição e dos seus colaboradores, bem como o investimento efectuado na revitalização da infra-estrutura informática.

“O aumento do número do quadro de pessoal de 616 para 620 colaboradores, para adequação do efectivo dos serviços centrais e da área comercial, a evolução das carreiras profissionais e ajustamento salarial ao longo do exercício, traduziu-se num aumento de 5,7% dos custos com pessoal”, refere o Relatório e Contas.



MOÇAMBIQUE: Porto de Pesca da Beira regista terceiro incêndio em três anos


Porto de Pesca da Beira - Home | Facebook
Um barco semi-industrial da PESCAMOZ, ardeu na manhã do passado sábado no Porto de Pesca da Beira, onde estava ancorado, no meio de muitos outros. O incêndio ocorreu em circunstâncias ainda desconhecidas e já decorre uma investigação para clarificar o sucedido. Este incêndio esta a deixar os armadores, as autoridades do Porto de Pesca e a polícia em alerta e preocupados, poi é o terceiro em igual número de anos.

O primeiro incêndio ocorreu em princípios de 2018 (curto circuito no interior do barco que ardeu) e o segundo em meados do ano passado (Um descuido durante trabalhos de manutenção culminaram com o incêndio de um barco).

Este último incêndio foi notado cerca das setes horas e trinta minutos por tripulantes de uma outra embarcação de pesca, que se encontravam nas proximidades que imediatamente alertaram os ocupantes do barco em chama, mas os alerta destes foi ignorado.

“Estavam três pessoas no interior do barco quando vimos muito fumo na popa do barco. Gritamos  na tentativa de alerta  os tripulantes. Nós entendemos que o grupo ignorou o nosso alerta e minutos depois uma forte chama começou  a consumir o barco. Eles abandonaram o barco e nós tivemos que fazer várias manobras para isolar o barco em chama pois havia nas proximidades muitos barcos.” – contou Rafael José, um dos pescadores envolvidos na manobra para isolar o barco da Pescamoz.

Contudo a pronta intervenção dos ocupantes doutros barcos ancorados no porto de Pesca da Beira e as autoridades, em coordenação com os bombeiros municipais, dos Caminhos de Ferro de Moçambique e da Cornelder, que contou com esforços de uma embarcação de um privado,  evitaram que houvesse danos humanos mas os estragos na embarcação foram enormes.

“Nada se pode recuperar. O prejuízo é enorme. Todos os bens (não especificados) que estavam no barco arderam. Já pedimos a polícia para investigar este caso. Precisamos perceber o que teria originado o incêndio.” – lamentou  Pancho Rosálio, proprietário do barco.

Até ao fecho desta nota de reportagem os bombeiros ainda desconheciam as causas do incêndio e a SERNIC já tinha iniciado a investigar este caso.



Coronavírus: Gêmeas idênticas morrem de covid-19 no Reino Unido


As gêmeas tinham outros problemas de saúde, disseram suas irmãsA enfermeira infantil Katy Davis e a ex-enfermeira Emma Davis estavam internadas no Hospital Geral de Southampton. Katy morreu na última terça-feira (21/4), e Emma, na sexta-feira (24/4). Elas tinham 37 anos.
"Elas sempre disseram que vieram ao mundo juntas e que iriam embora juntas também", disse sua irmã, Zoe Davis.
Zoe conta que as duas moravam juntas e tinham outros problemas de saúde.
"Não há palavras para descrever o quanto elas eram especiais. Tudo o que sempre quiseram era ajudar outras pessoas. Desde que eram jovens, elas fingiam que eram médicas e enfermeiras cuidando de suas bonecas", disse Zoe.

"Elas davam tudo de si para todos os pacientes de quem cuidavam. Elas eram excepcionais. Não parece que nada disso é real."

As irmãs morreram com uma diferença de três dias no mesmo hospital
© BBC As irmãs morreram com uma diferença de três dias no mesmo hospital


Katy, que trabalhava no Hospital Infantil de Southampton, testou positivo para covid-19 assim que chegou ao hospital.

"Ela era descrita por seus colegas como uma enfermeira a qual outras pessoas aspiravam ser iguais e para quem a enfermagem era mais do que apenas um trabalho", disse Paula Head, diretora-executiva do Hospital Universitário de Southampton, que administra a unidade onde Katy atendia.

"Em nome de todos aqui, incluindo nossos pacientes e as comunidades a que servimos, gostaria de oferecer nossas sinceras condolências à família dela."

O Royal College of Nursing disse em nota que Katy era "uma enfermeira dedicada e altruísta, que compartilhava suas habilidades e conhecimentos com todos para garantir um excelente atendimento ao paciente".

Elas davam tudo de si par todos os pacientes de quem cuidavam, diz a irmã das gêmeas
Emma trabalhou no mesmo hospital que a irmã, na unidade de cirurgia colorretal, por nove anos, até 2013.

Em uma mensagem para a equipe, a diretora de enfermagem Gail Byrne disse: "Ela tinha o mesmo problema de saúde que Katy e estava doente antes de sua admissão, quando testou positivo para covid-19. É desnecessário dizer o quão devastador e trágico isso é para a família e todos os que as conheciam".

Byrne diz que Emma era "uma excelente enfermeira, calma e alegre, e uma boa líder". "Ela era muito querida por todos e foi uma integrante valiosa da equipe durante seu tempo conosco."

Os funcionários do hospital fizeram um minuto de aplauso para Katy do lado de fora da entrada principal na noite de quinta-feira, horas antes da morte de Emma.

Um total de 50 funcionários de enfermagem britânicos morreram até agora na pandemia de coronavírus, de acordo com uma lista compilada pelo site Nursing Times.

Foto: © ZOE DAVIS As gêmeas tinham outros problemas de saúde, disseram suas irmãs
BBC News

Crescem rumores em torno da morte de Kim Jong-un



Kim Jong-un: imagens de satélite mostraram trem do ditador estacionado em balneário no leste do país onde líder estaria recebendo tratamento
Os rumores em torno da morte do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, cresceram neste final de semana, depois que fontes confirmaram à agência de notícias Reuters que médicos militares integram uma delegação chinesa em visita a Pyongyang para assessorar o tratamento médico de Kim. Na semana passada, militares americanos disseram que o líder estava “em grave perigo após uma cirurgia”.

Foto: © KCNA//AFP Kim Jong-un: imagens de satélite mostraram trem do ditador estacionado em balneário no leste do país onde líder estaria recebendo tratamento.



Até o momento, não se pode afirmar nada com certeza. Só se sabe que a última vez que Kim Jong-un compareceu a um ato oficial foi no último dia 11, ao presidir uma reunião do Partido dos Trabalhadores da Coreia. A ausência do ditador nas comemorações do 108º aniversário do nascimento de seu avô, o fundador do regime norte-coreano Kim Il-sung, em 15 de abril, levantou dúvidas sobre sua saúde.

O Daily NK, um meio de comunicação digital integrado por norte-coreanos que fugiram do país, diz que o líder de Pyongyang foi operado em abril por problemas cardiovasculares e está convalescendo. Fontes militares dos Estados Unidos também confirmaram a informação à emissora CNN.

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No entanto, autoridades sul-coreanas e chinesas negaram essa informação na semana passada. Um alto funcionário de Seul citado pela agência de notícias Yonhap disse anonimamente que “não era verdade” que Kim Jong-un estivesse gravemente doente.

Mas a ausência do dirigente persiste, e os rumores aumentam. Três fontes afirmaram à agência Reuters que uma delegação chinesa, encabeçada por um alto funcionário do Escritório de Ligação do Partido Comunista, viajou na quinta-feira 23 a Pyongyang. Entre seus membros, estavam médicos militares.

A revista japonesa Shukan Gendai chegou a dizer que Kim encontra-se em “estado vegetativo”. Citando fontes da imprensa chinesa e japonesa, o site norte-americano TMZ afirmou que o líder supremo norte-coreano teria morrido na madrugada deste domingo.

Fotos de satélite
Um trem, que provavelmente pertence a Kim Jong-un, foi localizado em fotos tiradas por um satélite em um balneário no leste da Coreia do Norte, segundo o site americano 38North, especializado em assuntos coreanos. O trem aparece nas fotos nos dias 21 e 23 de abril em uma estação reservada para a família Kim.

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O 38North explica que a presença desse trem “não prova nada em relação ao local onde o líder norte-coreano está, nem indica nada sobre seu estado de saúde”. “Mas confirma as informações de que Kim estaria em uma área reservada para a elite na costa leste” do país, acrescenta o site.

Segundo o Daily NK, Kim passou por uma cirurgia em abril por problemas cardiovasculares e que está se recuperando na província de Pyongan do Norte.

(Com Reuters e AFP)

Crescem rumores em torno da morte de Kim Jong-un

Kim Jong-un: imagens de satélite mostraram trem do ditador estacionado em balneário no leste do país onde líder estaria recebendo tratamento

© KCNA//AFP Kim Jong-un: imagens de satélite mostraram trem do ditador estacionado em balneário no leste do país onde líder estaria recebendo tratamento


Praias vazias na Tailândia se tornam ninho de tartarugas raras

© Fornecido por Hardcore

Durante o isolamento social devido ao COVID-19, a Tailândia teve o maior número de ninhos em duas décadas de tartarugas marinhas raras em praias altamente frequentadas por turistas.

De acordo com a agência de notícias Reuters, 11 autoridades diferentes da vida selvagem em toda a Tailândia observaram o maior número de ninhos de tartarugas da espécie tartaruga-de-couro em 20 anos, em parte graças à falta da presença de humanos nos últimos meses nos locais.

“Este é um sinal muito bom para nós, porque muitas áreas de desova foram destruídas por humanos”, disse à Reuters Kongkiat Kittiwatanawong, diretor do Centro Biológico Marinho de Phuket .

Hardcore

67% creem que saída de Moro do governo terá impacto negativo para o país, aponta pesquisa

O Governo e suas APIs - Elas também são úteis para o setor público!


Uma pesquisa realizada pela XP/Ipespe mostrou que a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública foi mal vista pelos brasileiros. Do total de entrevistados pela consultoria, 67% responderam que esperavam que a saída de Moro do governo tivesse impactos negativos para o país. A pesquisa ouviu 800 pessoas entre a quinta-feira, 23, e a sexta-feira, 24. A margem de erro é de 3,5 pontos porcentuais.

Moro pediu demissão do cargo de Ministro da Justiça e Segurança pública no fim da manhã da sexta-feira. Em uma coletiva de imprensa, o ex-juiz da Lava-Jato disse que estava saindo do governo por discordâncias com o presidente da República, Jair Bolsonaro, em relação à troca de comando da direção-geral da Polícia Federal. O ex-ministro também acusou Bolsonaro de tentar interferir em investigações da PF.

Apesar do entendimento da maioria sobre os impactos negativos da saída de Moro do governo, a pesquisa apontou um empate técnico, considerando a margem de erro, quanto à aprovação da decisão do ex-juiz em deixar o cargo. Do total de entrevistados, 44% disseram aprovar a escolha de Moro contra 42% que desaprovaram (14% não responderam ou disseram não saber responder).

Como parte da pesquisa foi feita antes da demissão - começou na quinta à noite - 77% responderam ter conhecimento da saída de Moro do ministério, enquanto 22% disseram não ter tomado conhecimento até a realização da pesquisa.

Popularidade de Bolsonaro em baixa
Outro ponto questionado durante a pesquisa foi sobre a expectativa dos entrevistados para o restante do governo de Bolsonaro. Do total, 49% disseram que esperavam um resto de governo ruim ou péssimo, 25% disseram esperar um governo regular, enquanto 18% revelaram a expectativa por um resto de governo ótimo ou bom (9% não souberam ou não responderam).

MSN - Estadão

MORAL CARATER E HONESTIDADE - EP. 02 - Nunca pedi que a PF me blindasse ou a minha família, diz Bolsonaro

Honestidade | Demodelando

HONESTIDADE: Traduzido do inglês-Honestidade é uma faceta de caráter moral que conota atributos positivos e virtuosos, como integridade, veracidade, franqueza, incluindo franqueza de conduta, juntamente com a ausência de mentiras, trapaça, roubo, etc. Honestidade também envolve ser confiável, leal, justo e sincero. Wikipedia (inglês)

MORAL: Moral é a diferenciação de intenções, decisões e ações entre aquelas que são distinguidas como próprias e as que são impróprias. Seria importante referir, ainda, quanto à etimologia da palavra "moral", que esta se originou a partir do intento dos romanos traduzirem a palavra grega êthica. Wikipédia

E

CARATER: Caráter ou carácter é um termo usado em psicologia como sinônimo de personalidade. Em linguagem comum o termo descreve os traços morais da personalidade. Muitas pessoas associam o caráter a uma característica relacionada à Genética, o que não ocorre. Wikipédia



Nunca pedi que a PF me blindasse ou a minha família, diz Bolsonaro



O presidente Jair BolsonaroO presidente Jair Bolsonaro disse no final da tarde desta sexta-feira, 24, em pronunciamento confuso e longo – durou mais de 45 minutos -, que nunca tentou intervir na Polícia Federal, como disse o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ao anunciar sua demissão do cargo em razão de desentendimentos em torno da manutenção do delegado Mauricio Valeixo do comando da corporação. “Não são verdadeiras as insinuações de que eu queria obter informações sobre investigações em andamento”, afirmou. “Nunca pedi que a PF me blindasse de qualquer forma”, afirmou.

Além de dizer que o ex-ministro mentiu, ele alegou que é prerrogativa do presidente da República a indicação do diretor-geral da PF. “Oras bolas, se eu posso trocar o ministro, porque não posso trocar o diretor da Polícia Federal? Não tenho que pedir a ninguém para trocar alguém que esteja na pirâmide do Poder Executivo”. E completou, mais à frente: “O dia em que eu tiver que me submeter a qualquer subordinado meu, eu deixo a Presidência da República”.

Segundo ele, Valeixo estava “cansado e começamos a procurar substitutos para seu cargo”. “Ontem, eu e Sergio Moro conversamos, só eu e ele. Eu sempre abri o coração para ele, duvido que ele tenha aberto seu coração para mim. A confiança tem dupla mão, digo isso aos meus ministros”, afirmou. “Disse a ele: ‘Moro, não tenho informação da Polícia Federal, tenho que ter isso com 24 horas de antecedência para decidir os futuros da nação”.



De acordo com ele, Moro chegou a sugerir uma espécie de barganha. “Sergio Moro disse que poderia trocar Valeixo em novembro, quando ele fosse indicado ao Supremo Tribunal Federal (após a aposentadoria do ministro Celso de Mello). Não é por aí. É desmoralizante para um presidente ouvir isso e ainda externar”, disse.

Em tuíte publicado logo após o pronunciamento, Moro negou que tivesse proposto o acordo (veja abaixo).





Em outra publicação na rede social, o ex-ministro também ironizou a declaração de Bolsonaro sobre Valeixo estar “cansado” e disse que o ex-diretor da PF “estava cansado de ser assediado desde agosto do ano passado pelo presidente para ser substituído”. Ele voltou a negar que seu braço-direito tenha pedido demissão e reafirmou que o decreto publicado no Diário Oficial com a exoneração dele não passou por sua aprovação nem lhe foi informado.

Jair Bolsonaro afirmou em seu discurso que no início do governo deu um “voto de confiança” a Moro ao permitir que ele indicasse todos os cargos, inclusive o de diretor-geral da PF, mas que se decepcionou. “Todos os cargos de confiança são de Curitiba. Me surpreendeu: será que todos os melhores quadros da PF estavam em Curitiba? Mas dei um voto de confiança”, disse.

Antes, ele havia afirmado que esperava problemas na saída do ministro. “Hoje de manhã eu disse (a sua equipe): ‘vocês conhecerão aquela pessoa que tem compromisso próprio com seu ego e não com o Brasil’. O que eu tenho ao meu lado e sempre tive foi o povo brasileiro. Eu falei: ‘hoje essa pessoa vai buscar uma maneira de botar uma cunha entre eu e o povo brasileiro. isso aconteceu há poucas horas”, disse.

Sobre Moro, disse ainda que ele era um “ministro desarmamentista” e colocou dificuldades na tramitação de decretos que flexibilizavam o porte de arma. “Aquilo que eu defendi na campanha, os ministros têm a obrigação de estar comigo, senão estão no governo errado. Não posso conviver ou fica muito difícil conviver com uma pessoa que pensa muito diferente de você. Torci muito para dar certo, mas infelizmente ou felizmente, não deu”.

Ele relembrou sua trajetória com o ex-juiz e lembrou até um episódio que disse tê-lo magoado, quando Moro o teria esnobado em público. “Conheci o Sergio Moro em 31 de março, no aeroporto de Brasília, e o admirava. Fui cumprimentá-lo e ele me ignorou. Era um deputado um humilde deputado, fiquei triste, não vou dizer que chorei porque não seria verdade, mas fiquei muito triste”, relembra. “E estou lutando contra o sistema, contra o establishment, coisas que aconteciam não acontecem mais por causa da minha opção de indicar os melhores ministros do Brasil”. “Como o senhor disse em sua coletiva hoje que tinha uma biografia a zelar, eu digo que tenho um Brasil a zelar. Jurei em 1973 na escola de cadetes dar a minha vida à minha pátria”, afirmou.

Bolsonaro também lembrou a investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e comparou com o inquérito que investigou a facada que levou de Adélio Bispo durante a campanha eleitoral, em Juiz de Fora (MG). “A PF de Sergio Moro se preocupou mais com Marielle do que com o presidente da República. Entre o meu caso e o da Marielle, está muito menos difícil de apurar. Cobrei bastante dele isso, mas nunca interferi”, afirmou.

Além de comparar o comportamento da PF ao investigar o seu caso e o de Marielle, também relembrou o episódio no qual um porteiro do condomínio Vivendas da Barra, no Rio, onde mora, o envolveu no caso do assassinato da vereadora, ao dizer que  o ex-sargento da PM Élcio Queiroz, preso pelo assassinato, havia pedido para ir até a casa do “Seu Jair” no dia do crime – na verdade, ele foi até a casa de outro suspeito, Ronnie Lessa, e o porteiro corrigiu a informação posteriormente. Comentou também a tentativa de associar seu filho Renan, o Zero Quatro, ao caso, quando a polícia afirmou que ele teria namorado a filha de Lessa.

Também falou sobre Fabricio Queiroz, o ex-assessor de seu filho Flávio quando este era deputado estadual no Rio e que é investigado sob a acusação de organizar um esquema de rachadinha no gabinete. “Eu conheço o Queiroz desde 1984. Foi para a Polícia Militar, depois fizemos amizade, veio trabalhar comigo e com meu filho. O que ele faz, responda por seus atos. Não foi uma vez, mas várias vezes que ele me pagou com cheques que não caíram na minha conta porque os deixei no Rio de janeiro (sobre cheques depositados pelo ex-assessor na conta da primeira-dama Michelle). E não foram R$ 24 mil, foram R$ 40 mil”.

Durante o pronunciamento, ele mudava a toda hora de assunto, inclusive para falar de temas não relacionados à queda de Moro, como reclamar de reportagens na imprensa. Também citou outros temas aleatórios, como o fato de a polícia reprimir pessoas que não estão respeitando a quarentena no país ou a intervenção que fez no Inmetro em razão de uma polêmica envolvendo tacógrafos.

MSN VEJA.com

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