quinta-feira, 21 de maio de 2020

Bebê prematuro de apenas 2 dias morre por covid-19 na África do Sul

A África do Sul é o país mais atingido pela pandemia em toda a África
A África do Sul é o país mais atingido pela pandemia em toda a África
Siphiwe Sibeko/Reuters - 27.03.2020


De acordo com dados oficiais, este é um dos primeiros óbitos registrados no país. Em comunicado, o Ministério da Saúde da África do Sul lamentou

Um bebê prematuro de apenas 2 dias morreu por covid-19 na África do Sul, um dos primeiros óbitos registrados no país, de acordo com os dados oficiais mais recentes.

O balanço, divulgado na noite de quarta-feira (20) pelo governo do presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, indica que a mãe e o bebê tiveram resultado positivo para o novo coronavírus.

"Infelizmente, registramos a primeira morte neonatal relacionada a covid-19. O bebê tinha 2 dias e nasceu prematuro. Ele teve dificuldades nos pulmões que exigiam suporte por ventilação (pulmonar) imediatamente após o nascimento", lamentou o Ministério da Saúde da África do Sul, em comunicado onde anunciaram outros 26 novos óbitos.


O bebê falecido é a vítima mais jovem da doença registrada na África do Sul. No seu caso, os problemas causados pela doença foram agravados pelo seu estado prematuro.

A África do Sul, com 18.003 casos e 339 mortes, é o país mais atingido pela pandemia em toda a África, onde existem quase 95 mil casos e aproximadamente 3 mil vítimas.





Post de Bolsonaro é citado como exemplo de fake news por Zuckerberg

Mark Zuckerberg disse que o Facebook estava removendo informações falsas sobre o coronavírus e deu o exemplo do presidente Jair Bolsonaro, reconhecendo que a rede social não estava pronta para lutar contra interferências nas eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos.
O Facebook retirou uma alegação do presidente brasileiro Jair Bolsonaro de que os cientistas "mostraram" que havia uma cura para o coronavírus. "Isso obviamente não é verdade e é por isso que a removemos. Não importa quem diga isso", disse Zuckerberg em entrevista à rádio pública britânica BBC.
O Facebook removerá da plataforma todo o conteúdo que cause "dano imediato" a qualquer usuário, acrescentou Zuckerberg. O presidente executivo e fundador da rede social também reconheceu que estava "atrasado" na luta contra a desinformação durante a última campanha eleitoral nos Estados Unidos. Prevenir a interferência eleitoral representa uma "corrida armamentista" contra países como Rússia, Irã ou China, disse.
"Os países continuarão tentando interferir e veremos problemas como esse, mas aprendemos muito desde 2016 e tenho certeza de que podemos proteger a integridade das próximas eleições". Em busca de reeleição, o presidente Donald Trump enfrentará o democrata Joe Biden em uma eleição planejada em 3 de novembro.
O Facebook foi acusado de contribuir para a vitória de Trump contra Hillary Clinton há quatro anos devido à desinformação publicada online por governos estrangeiros. Em comunicado ao Senado dos Estados Unidos em outubro de 2017, o Facebook admitiu que o conteúdo apoiado pela Rússia alcançou 126 milhões de americanos em sua plataforma durante e após a eleição presidencial de 2016.
Estadão

Entenda em 1 minuto: como vão funcionar os novos saques do FGTS


O governo vai liberar uma nova rodada de saques imediatos de valores do FGTS a partir do próximo mês de junho. O trabalhador que tiver contas ativas e inativas poderá sacar até R$ 1.045.

O objetivo da medida é reduzir os impactos do novo coronavírus na economia. A estimativa é que 60 milhões de pessoas sejam beneficiadas.

Os saques poderão ser feitos a partir do dia 15 de junho de acordo com o cronograma que vai ser definido pela caixa econômica federal. O modo como o saque vai funcionar também vai ser detalhado futuramente.

Você não precisa ter aderido ao saque-aniversário para poder fazer a retirada desse dinheiro.

https://twitter.com/ultimofato

Gazeta do Povo

Que história é essa de universo paralelo descoberto pela Nasa? Entenda.

Ao que tudo indica, um universo paralelo está mandando recadinhos para nós, terráqueos, na forma de partículas de altíssima energia. E a Anita (não seria a Pablo Vittar?) tem algo a ver com a história. Ou pelo menos isso é o que você entendeu se andou lendo as notícias de astronomia nas últimas 24 horas. Estão rolando por aí chamadas do tipo “Nasa descobre possível universo paralelo onde tempo passa ao contrário”, que deixaram leigos fãs de Asimov ouriçados.
A gente aqui da SUPER sente muito, mas não é bem isso. Vamos explicar melhor, com a honra, glória e auxílio dos astrônomos e físicos que estão no Twitter esclarecendo a situação.
Começando do começo:
Você é feito de átomos. Átomos de hidrogênio, oxigênio, carbono. Esses átomos, por sua vez, têm um núcleo que consiste em prótons e nêutrons. E esses prótons e nêutrons são feitos de partículas ainda menores, os quarks. Moral da história: um quark é algo menor do que a menor coisa que você é capaz de imaginar. É tão pequeno que nem pode ser subdividido.
Cientistas se prepararam para lançar o equipamento ANITA, responsável pelas detecções recentes.Há outras partículas que gozam do mesmo status do quark – isto é, partículas fundamentais, que não são feitas de outras partículas. Elas são, ao todo, 17. Algumas são bem familiares para você: os elétrons que correm na rede elétrica da sua casa, por exemplo. Ou os fótons, as partículas da radiação eletromagnética. Sem fótons, não há luz nem rádio, nem TV, nem telefone, nem 3G.
Há uma teoria chamada Modelo Padrão que descreve essas 17 partículas fundamentais – e as forças igualmente fundamentais que regem a interação entre elas. Basicamente tudo o que você pode ver ou tocar pode ser explicado pelo Modelo Padrão.
E é lá, num cantinho meio desanimado do Modelo Padrão, que ficam os neutrinos. Ao contrário dos quarks, elétrons e fótons, os neutrinos não têm função nenhuma na nossa vida. Passam batido por tudo: uma parede de chumbo de 10 cm de espessura é capaz de proteger você dos resíduos radioativos de uma bomba nuclear, mas você precisaria de dois anos-luz de chumbo se quisesse impedir um feixe de neutrinos de te atingir.
Os neutrinos, porém. são capazes de fazer um negócio legal. Quando um neutrino de energia altíssima está viajando dentro de um meio como o gelo, por exemplo, ela acaba atingindo uma velocidade superior à da luz naquele meio.
Você talvez se lembre de que nada é mais rápido do que a luz – é a primeira informação que vem à mente quando falamos de Einstein –, mas há um detalhe aqui: nada é mais rápido que a luz no vácuo, onde ela alcança 299 milhões de metros por segundo. A luz, no gelo, alcança “só” 229 milhões de metros por segundo. E aí dá para ganhar a corrida. Se você for, por exemplo, um neutrino de altíssima energia.
Quando o neutrino ultrapassa a luz no gelo – como acontece dentro da camada de 2 km de gelo que forra a Antártica –, rola algo chamado efeito Askaryan.
Efeito Askaryan é o nome bonito para quando um neutrino extremamente rápido faz um rebuliço de outras partículas – como uma bola de sinuca branca batendo nas coloridas. Isso libera radiação eletromagnética (o que nós chamamos de luz se as ondas forem do comprimento que os olhos humanos são capazes de ver, mas chamamos de rádio ou microondas quando são maiores do que esse comprimento).
Existe um instrumento chamado Anitta (sigla de Antarctic Impulsive Transient Antenna) cujo objetivo é justamente detectar a radiação eletromagnética, isto é, as ondas de rádio ou microondas, produzidas por um neutrino de altíssima energia quando ele penetra no gelo e sofre o efeito Askaryan.
Normalmente o neutrino vem do espaço e entra no gelo. O Anitta, por sua vez, fica pendurado em um balão de hélio a 35 mil metros de altitude. Lá de cima, ele é capaz de pegar as ondas eletromagnéticas que estão saindo da superfície gelada da Antártida lá embaixo. E, a partir dessas ondas, os cientistas são capazes de saber qual foi a energia do neutrino e de qual direção do céu ele veio.
Agora você deve estar se perguntando: qual é a finalidade de fazer esse retrato falado dos neutrinos de altíssima energia que batem aqui na Terra? Bem, esses neutrinos, nas palavras do pessoal da Universidade da Califórnia em Irvine, “são criados por colisões entre raios cósmicos e os fótons da radiação cósmica de fundo que permeia o Universo”.
Pausa para o glosário: um raio cósmico é um próton ou um núcleo atômico – um pedacinho de átomo, em resumo – que viaja pelo cosmos quase na velocidade da luz. Os raios cósmicos são produzidos em coisas como o Sol (que é quente e explosivo) ou em fenômenos como supernovas: a morte de uma estrela com massa até dezenas de vezes maiores que a do Sol (o que é ainda mais quente e ainda mais explosivo).
Os raios cósmicos podem interagir com a radiação cósmica de fundo. Trata-se de uma radiação eletromagnética muito sutil e cansada, remasnescente da origem do Universo, na qual todo o cosmos está mergulhado até hoje. Uma parcela da interferência na tela de uma TV analógica é radiação cósmica de fundo.
Durante essa interação, os raios cósmicos produzem neutrinos de alta energia. Que então entram no gelo e produzem radiação eletromagnética pelo efeito Askaryan. E só aí o Anitta detecta. Pois é, meio difícil.
Mas deu para sacar que o Anitta existe para detectar, da maneira mais indireta possível, raios cósmicos.
E o que rolou no Anitta, em 12 de dezembro de 2014 (a descoberta só foi publicada agora), é que um raio cósmico alcançou a Terra vindo de dentro dela. Como se ele tivesse entrado pela Sibéria, atravessado o planeta e saído pela Antártida, em vez de chegar direto do espaço, como os raios cósmicos geralmente fazem.
Isso pode significar, por exemplo, que esse raio cósmico foi gerado por uma supernova (a já mencionada morte de uma estrela massiva). O fenômeno é tão violento que, em princípio, poderia produzir um raio com energia suficiente para atravessar o nosso planeta e sair pelo outro lado. Mas também pode haver alguma explicação mais maluca. Por exemplo: o fenômeno pode sinalizar a existência de uma partícula ainda desconhecida pelo Modelo Padrão.
Mas a verdade é que ainda não há dados suficientes para cravar nada. Muito menos que exista um universo paralelo em que o tempo passa ao contrário.
Superinteressante

quarta-feira, 20 de maio de 2020

No Amazonas, PF investiga pastor por cultos religiosos com indígenas sem cuidados com covid-19

O Ministério Público Federal do Brasil entrou com uma ação civil pública para suspender a nomeação de um ex-missionário evangélico para o cargo de coordenador-geral de proteção de índios isolados da Fundação Nacional do Índio (Funai).MANAUS - Com 252 casos confirmados de covid-19 e de 16 óbitos causados pela doença em povos indígenas do Amazonas, cultos religiosos são realizados sem os devidos cuidados de prevenção para evitar a contaminação pelo novo coronavírus.

A região com maior número de casos confirmados da doença, segundo a Fundação de Vigilância Sanitária (FVS) do Amazonas, é o Alto Solimões, no extremo oeste do Amazonas – próximo a tríplice fronteira com Colômbia e Peru – onde já foram contabilizados 173 casos confirmados de Covid-19, além de 11 mortes, de acordo com dados da segunda-feira, 18.

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Na região fica o município de Benjamin Constant, onde a Delegacia de Polícia Federal da cidade de Tabatinga (município vizinho) investiga responsabilidade criminal do pastor evangélico e servidor da Coordenação Regional do Alto Solimões da Fundação Nacional do Índio (Funai) Davi Felix Cecílio. Segundo denúncia, ele promoveu culto religioso, no dia 28 de março na comunidade indígena Feijoal, - localizada naquele município - com a presença de aproximadamente 400 pessoas, durante período de restrições em função da pandemia da covid-19.

O inquérito, instaurado no último dia 12, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), apura crime previsto no art. 268, do Código Penal (Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa). Segundo a denúncia, tanto a Coordenação Regional da Funai, quanto o Distrito Sanitário Indígena do Alto Solimões (Dsei/ARS) tentaram convencer o pastor a não realizar o evento em 28 de março, sem êxito.

Antes de requerer a instauração do inquérito, o MPF ainda expediu ofícios, no dia 27 de março, à Coordenação Regional do Alto Solimões e ao DSEI sugerindo a adoção de diversas medidas para impedir a realização do culto religioso ou “minorar os efeitos que poderiam causar em razão de eventual aglomeração de pessoas no local, o que também não gerou resultados práticos”, segundo o órgão ministerial.

Apesar da investigação da PF se concentrar em culto realizado em março, postagens feitas na rede social Facebook apontam outros eventos com irregularidades que atentam à saúde pública. No perfil pessoal de “Givanildo Fernandes” - autodenominado funcionário da Secretaria de Saúde Indígenas (Sesai) – foram publicados vídeos, desde março até o último dia 11, mostrando encontros religiosos sem uso de máscaras e participantes se abraçando, em desrespeito ao distanciamento social recomendado pelo Ministério da Saúde (MS).

Desde o início de maio, um decreto municipal em Benjamin Constant restringe a circulação de veículos particulares na cidade, assim como o deslocamento e trânsito de indígenas e não indígenas de suas aldeias ou comunidade rurais, para a área urbana do município de Benjamin Constant. A restrição não se aplica aos casos de urgência ou emergência médica, prevenção e proteção à vida.

Em nota, a Funai disse que tomou conhecimento do fato e informou o caso à Polícia Federal, que abriu procedimento de investigação. A Sesai, que é o órgão do Ministério da Saúde que cuida da saúde indígena, não se posicionou até o texto ser publicado. O pastor também não respondeu aos questionamentos da reportagem.

O Amazonas tem 23.704 casos confirmados do novo coronavírus, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM). São 1.561 óbitos.


Msn/ Estadão

Com queda nos dízimos, pastor Valdemiro vende colchão em live da igreja

O bispo Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, está se virando como pode para pagar as contas da instituição neopentecostal em meio à pandemia decoronavírus. Durante os programas religiosos online, passou a circular entre os cultos e os louvores uma peça publicitária para vender colchão protagonizada pelo próprio bispo.

“Estou aqui para falar de um assunto diferente, do colchão Sono Quality. Eu morava na infância num chão batido, numa esteira de taboa. Olha o que Deus fez na minha vida. Hoje eu posso dormir num Sono Quality”, anuncia ele. “É o que tem de mais avançado em tecnologia em matéria de colchão. E ele te proporciona uma sensação de bem-estar (…) Eu posso falar, porque eu tenho em casa, na minha suíte na igreja. Olha o que Deus faz na vida das pessoas. Ele vai te dar condição para você ter um também, principalmente nesse mês das mães”, prossegue, com o número da central de vendas aparecendo embaixo. No fim, aparece a imagem da marca, com o slogan: “É uma dádiva de Deus”.

A empresa de colchões é conhecida no mercado por investir pesado em marketing televisivo. O produto já foi oferecido em programas de TV como os de Luciana Gimenez, Raul Gil e Ratinho. Mas um pastor neopentecostal como garoto-propaganda não é muito comum. Geralmente, os religiosos desse segmento evangélico aproveitam a visibilidade para anunciar produtos da igreja, como livros, CDs, DVDs, palestras, eventos e outros. “Isso é novidade para mim, até para o Valdemiro”, comentou um pastor que faz a articulação entre líderes religiosos e políticos.

As igrejas de todas as religiões, no entanto, estão passando por dificuldades financeiras nesse período de pandemia, com a queda na arrecadação de dízimos e ofertas. A Mundial, de Valdemiro, ainda tem um problema a mais por sustentar um verdadeiro conglomerado de mídia com canais de TV e rádio, além dos mais de 6000 templos espalhados pelo Brasil e o mundo.

A estratégia desenfreada do pastor em recolher ofertas também lhe trouxe preocupações na Justiça. O Ministério Público Federal entrou com um pedido para que o MP estadual o investigue por suposta prática de estelionato por oferecer “sementes milagrosas” de feijão contra o coronavírus. Segundo o procurador Wellington Cabral Saraiva, ficou claro na pregação que o pastor “usa de influência religiosa e da mística da religião para obter vantagem pessoal (ou em benefício da igreja), induzindo vítimas em erro, pois não há evidência conhecida de cura da Covid-19 por meio de alguma divindade nem por ingestão ou plantação de feijões mágicos”. Na última semana, o MPF deu cinco dias para que o vídeo do culto fosse retirado do Youtube.

Nesta semana, os pastores da Mundial recorreram aos métodos tradicionais para conseguir fundos para a igreja. “São muitos os recursos que nós estamos precisando. (…) Agora, imagina, televisão custa caro”, indagou o bispo Andrade durante uma live.  Ele frisou que as muitas  horas que eles transmitem pregando custam “milhões”. “As pessoas não têm ideia da fortuna. É muito dinheiro. Então, vamos ajudar que outras famílias que estão com nódulo [doença] possam ser alcançadas pelo poder do Deus vivo”, completou.

Msn/Veja

Luciano Hang tenta reabrir lojas Havan em SP, mas sofre revés na Justiça

Com 145 lojas espalhadas pelo país, a Havan, do empresário Luciano Hang, tem recorrido à Justiça para reabrir os dezesseis pontos que permanecem fechados de sua rede de aparelhos e utensílios domésticos durante a pandemia. O argumento principal é o de que a Havan nada mais é do que um supermercado e, portanto, deveria ser enquadrada na regra de serviços essenciais. Nas últimas semanas, a empresa passou a incluir artigos como arroz, feijão e óleo de cozinha no seu portfólio de produtos, entre itens de decoração e eletrodomésticos, que sempre foram seu forte. De acordo com a área de comunicação da Havan, a empresa também é registrada como hipermercado, e, portanto, pode comercializar todo tipo de alimento, incluindo os de primeira necessidade.

Os juízes, porém, não têm aceitado as justificativas de Hang, que é um dos mais fervorosos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro no meio empresarial. Em Marília, no interior de São Paulo, as portas da Havan foram lacradas na segunda-feira, 18, depois de diversas orientações e até flexibilizações autorizadas pela prefeitura. Após o fechamento do comércio não essencial, decretado pelo governo do estado no fim de março, a prefeitura de Marília permitiu que a Havan voltasse a funcionar na semana da Páscoa. No entanto, deveria vender apenas produtos alimentícios e de higiene e limpeza e ferramentas utilizadas em construção civil, todos considerados essenciais, de acordo com o decreto do governo estadual. Os demais departamentos deveriam permanecer fechados.

Dias depois, a prefeitura de Marília recebeu denúncias de que a Havan estava descumprindo o acordo e havia aberto todas as áreas da loja. A fiscalização foi ao local e comprovou a irregularidade. A gerência da loja foi novamente orientada e notificada de sua irregularidade. O estabelecimento não foi multado, apesar de ter quebrado o acordo. “Nosso objetivo é orientar, conversar, chegar à solução, porque sabemos que todos estão sendo afetados pela pandemia”, afirmou a VEJA Juliano Battaglia, chefe de fiscalização de Marília.

A administração da Havan não aceitou as condições e entrou na Justiça pedindo a abertura imediata, com justificativa que comercializa produtos essenciais. Na decisão, o juiz não só negou a liminar, como determinou o fechamento completo da Havan. “Pretender sustentar em juízo que a HAVAN é supermercado, com todas as vênias, é atentar contra a realidade dos fatos e basta uma simples consulta ao sítio eletrônico da empresa impetrante”, escreveu o juiz Walmir Idalêncio dos Santos Cruz.

Após a decisão, a fiscalização municipal voltou à Havan e determinou o fechamento total do estabelecimento ao público. Os fiscais, no entanto, não lacraram a loja e permitiram que continuassem com vendas pela internet, desde que a entrega fosse feita na casa do consumidor.

Mais uma vez a Havan desrespeitou o acordo com a prefeitura e passou a vender produtos em seu estacionamento. Só então, na segunda-feira, 18, a loja de Marília foi lacrada, agora sem a opção de trabalho interno e vendas online. “Infelizmente, eles não quiseram se adequar e descumpriram todas as alternativas possíveis de operação. A prefeitura também tem de cumprir a lei. Nós somos multados em 100 mil reais por dia se não garantirmos os padrões de funcionamento definido pelo decreto estadual”, finalizou Battaglia.

Em Bauru, também no interior de São Paulo, a Havan usou a mesma estratégia da venda de alimentos para permanecer aberta, mas foi impedida pela Justiça. Em estados, como Santa Catarina e Paraná, todas as lojas da rede estão operando, mas, em geral, em horários reduzidos, dependendo das regras de cada município. Além de 11 endereços em São Paulo, a rede tem lojas fechadas no Acre, Bahia, Pará, Pernambuco e Minas Gerais.

Foto: © ./Divulgação O empresário Luciano Hang e entrada da Havan de Marília, no interior de São Paulo: lacrada depois de descumprir decisão judicial

MSN/veja

Ilhas do Pacífico atravessam pandemia sem casos

Menino a caminho da escola no Kiribati: país não tem casos de covid-19
© picture-alliance/ZUMA Press/UNICEF/Sokhin Menino a caminho da escola no Kiribati: país não tem casos de covid-19

O novo coronavírus se espalhou rápida e sorrateiramente por praticamente todos os cantos do planeta, matando mais de 319 mil pessoas até esta terça-feira (19/05) e forçando outras dezenas de milhões a se refugiarem no isolamento. Mas um punhado de nações foi poupado da crise ‒ e, em sua maioria, são pequenos postos avançados, relativamente subdesenvolvidos, espalhados pelo Oceano Pacífico.

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Apenas 15 nações não aparecem na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) de países sem nenhum caso relatado do coronavírus, que já infectou mais de 4,8 milhões de pessoas em todo o mundo. No entanto, é preciso questionar a precisão dos dados de pelo menos três desses países: Coreia do Norte, Lesoto e Turcomenistão, todos fazendo fronteira com países com casos confirmados e altas taxas de mortalidade.

Junto a uma resposta rápida nos estágios iniciais da pandemia, a distância física entre as nações insulares do Pacífico parece ter isolado da crise países como Palau, Tuvalu, Ilhas Marshall, Estados Federados da Micronésia, Kiribati, Nauru, Ilhas Salomão, Tonga e Vanuatu.

"Existem várias razões pelas quais esses Estados foram capazes de evitar infecções, mas a principal é simplesmente o fato de serem abençoados pelo isolamento geográfico", diz Sheldon Yett, representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em 14 países ao longo do Pacífico.

"Eles também foram muito rápidos em limitar e, em seguida, impor uma proibição total de entrada de aviões e navios, o que significa que foi muito difícil para qualquer pessoa portadora do vírus chegar a esses lugares", completa Yett,. Segundo ele, a motivação dos governos insulares era muito simples.

"Eles puderam ver o que estava acontecendo em outras partes do mundo; viram no noticiário da TV as ruas de Nova York ou Londres e entenderam o que estava acontecendo na França e na Itália e compreenderam os riscos que enfrentariam se a doença se manifestasse em suas comunidades", afirma o representante do Unicef. "Então eles foram muito diligentes ao agir para fechar suas fronteiras."

No entanto, nem todas as pequenas ilhas do Pacífico conseguiram manter a doença afastada. Há vários casos reportados nas Ilhas Fiji, onde reside Yett, mas um grupo significativo de infectados em Guam, que é o foco da região. A grande maioria desses casos ocorreu a bordo do USS Theodore Roosevelt, um porta-aviões que se encontrava atracado até recentemente no porto de Apra, em Guam, depois que mais de 1.150 dos 5.680 tripulantes testaram positivo para o coronavírus. No domingo, a embarcação voltou ao mar e realizou exercícios antes de retornar à ação ‒ embora haja relatos de mais de uma dúzia de novas infecções a bordo.

Yett acredita que os governos do Pacífico também agiram rapidamente, pois ainda têm lembranças recentes de outras doenças que devastaram suas comunidades. No ano passado, a Papua-Nova Guiné enfrentou surtos de malária, tuberculose resistente a antibióticos e dengue, que também foi identificada em vários outros países do Pacífico.

Ação rápida
O pior surto ocorreu em Samoa em agosto do ano passado, quando um passageiro desembarcou de um voo da Nova Zelândia com um caso não diagnosticado de sarampo. A doença se espalhou rapidamente e só foi controlada em janeiro, quando cerca de 5.520 pessoas haviam sido infectadas ‒ quase 3% de toda a população ‒ e outras 83 morreram. Apenas sete dos mortos tinham mais de 15 anos.

Essa vivência faz parte das recentes lembranças dos samoanos, diz Yett, junto a imagens de pessoas que não foram vacinadas contra o sarampo pendurando panos vermelhos fora de suas casas. Algumas adicionavam mensagens, como "Não queremos morrer" e "Ajude-nos!" "Nada concentra a atenção de uma comunidade como um surto que mata muitas de suas crianças", explica Yett. "As pessoas ficaram perplexas."

No entanto, isso enfatizou a necessidade de distanciamento social, de fechar escolas e empresas até que o pior terminasse, a necessidade de que as pessoas ficassem em casa, limitassem o contato social e tomassem medidas adicionais de higiene.

"Vivenciamos um período muito difícil com o surto de sarampo, então quando ouvi sobre esse novo vírus que estava afetando particularmente pessoas com problemas pulmonares ou doenças respiratórias crônicas, sabia que tínhamos que agir rapidamente", diz Leausa Naseri, do Ministério da Saúde de Samoa.

"Começamos a emitir alertas de viagem em 20 de janeiro e cortamos imediatamente a entrada de voos da Nova Zelândia, Austrália, Fiji e da vizinha Samoa Americana", conta. "Eu temia que, se o vírus chegasse ao nosso país, haveria muitas infecções e esses números explodiriam."

Além das restrições de viagem, o governo samoano introduziu novos programas educacionais de saúde, frequentemente através de redes sociais, centros comunitários e igrejas, enquanto os navios que trazem bens essenciais às ilhas são obrigados a descarregar sob rígidos regulamentos de quarentena.

Yett explica que se trata de muita sorte o fato de tantas ilhas do Pacífico terem conseguido evitar casos de covid-19, sendo "importante lembrar o quão vulneráveis são muitas dessas comunidades."

"Diabetes, hipertensão e outras doenças são comuns nas ilhas e esses fatores teriam acentuado muito o surto", diz o representante do Unicef. "Além disso, as instalações de saúde aqui são geralmente muito limitadas, com apenas uma quantidade mínima necessária de leitos de UTI, de respiradores e de médicos."

dw.com




Seca em Santa Catarina expõe fósseis de mais de 280 milhões de anos



A seca que assola Santa Catarina fez aparecer no leito do rio Negro rochas com fósseis de uma espécie de réptil marinho conhecida como mesossauro. A identificação foi realizada pela equipe do Centro Paleontológico (Cenpaleo) da Universidade do Contestado (SC), que esteve no município de Três Barras, na divisa com o Paraná, realizando coleta de amostras para análise.
Foto: © Mesossauro: réptil aquático que viveu há 280 milhões de anos no que é hoje o interior de Santa Catar...

Segundo Luiz Carlos Weinschütz, coordenador do Cenpaleo, o aparecimento das rochas, efeito da grande seca que assola a região, trouxe à tona um novo local de ocorrência dos fósseis de répteis que viveram na região há mais de 280 milhões de anos. “Apesar de estarmos vivenciando este período de seca, essa é uma importante descoberta científica para a região.”
Pesquisadores da Universidade do Contestado examinam o leito seco do rio Negro. Crédito: Cenpaleo/UnC© Fornecido por Revista Planeta Pesquisadores da Universidade do Contestado examinam o leito seco do rio Negro. Crédito: Cenpaleo/UnC
Os mesossauros viveram cerca de 280 milhões de anos atrás, portanto, bem antes dos dinossauros (230 a 65 milhões de anos). Quando esses répteis estavam vivos, a América do Sul ainda estava ligada à África, à Antártida, à Índia e à Austrália, formando o continente Gondwana (parte sul do supercontinente Pangeia). Eles tinham hábito aquático, mediam até 1 metro de comprimento e viviam em grandes lagos de água salobra a salgada. Provavelmente se alimentavam de pequenos crustáceos.
Revista Planeta

AUGUSTINÓPOLIS: Sessão termina em pancadaria na Câmara

AUGUSTINÓPOLIS: Sessão termina em pancadaria na Câmara – Folha do Bico
Foto Internet

Veja a que ponto chega a educação de alguns que foram eleitos para representar o povo em uma cidade do Tocantins, chamada de Augustinópolis. Dois vereadores discutem: um bate no outro e um revida jogando uma jarra. É isso mesmo; uma jarra de água que estava em cima da mesa na cabeça do outro vereador. Vídeo gravado em uma sessão (este mês), ordinária da Câmara Municipal naquela cidade. Vídeo Internet editado e adaptado pelo internalta.




Justiça determina prisão de dez dos 11 vereadores em cidade no TO ...

Câmara de Augustinópolis cassa mandatos de 10 dos 11 vereadores ...
Foto Câmara Municipal de Augustinópolis Internet


Fotos e adaptações, edições no vídeo internauta e Internet
Vinheta entrada e im WebTv Marudá
Baseado em fatos reais
prioridades ou reclamações comentários
Jornal do bico


segunda-feira, 18 de maio de 2020

Coronavírus: primeira vacina testada em humanos tem resultado positivo


Testes para coronavírus: mercado para atender pessoas dento de suas casas e condomínios
Os primeiros testes em humanos de uma vacina para Covid-19 chegaram a resultados positivos, diz a empresa americana de biotecnologia Moderna, responsável pelo desenvolvimento do produto. Nesta segunda-feira, 18, a organização afirmou que as oito primeiras pessoas imunizadas com duas doses do fármaco apresentaram resposta imunológica ao vírus semelhante à produção de anticorpos que ocorre no sangue de pacientes já recuperados da doença.

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O grupo de voluntários saudáveis que recebeu a imunização desde março não apresentou efeitos colaterais graves. A empresa afirmou que a vacina é segura e que está seguindo um rápido cronograma de estudos. A segunda fase da testagem, com 600 pessoas, iniciará em breve. Em julho, está previsto o início de uma etapa ainda maior, com milhares de voluntários saudáveis.

Se os testes foram positivos, a vacina poderá ficar disponível para uso generalizado até o final deste ano ou início de 2021, disse Tal Zaks, diretor médico da empresa ao jornal The New York Times. A empresa afirma estar trabalhando para alcançar o maior número possível de doses do produto.

Com a resposta inicial positiva, o mercado de ações americano teve alta nas bolsas o que refletiu também no mercado brasileiro. Por volta das 11h da manhã, o Ibovespa apresentava alta de 3,3% e marcava 80.116 pontos.

(Com Reuters)
Foto: © Thilo Schmuelgen/Reuters Testes para coronavírus: mercado para atender pessoas dento de suas casas e condomínios




domingo, 17 de maio de 2020

130 ANOS DE VIDA E MAIS DE 200 FILHOS: CONHEÇA O ESCRAVO ROQUE JOSÉ FLORÊNCIO

Roque José Florêncio, o escravo reprodutor
Roque José Florêncio, o escravo reprodutor - Divulgação

Acredita-se que o Pata-Seca, como foi apelidado, seja antecessor direto de 30% da população do vilarejo de Santa Eudóxia

Em 13 de maio de 1888, princesa Isabel sancionava a Lei Áurea e colocava fim, em partes, à subordinação negra. Apesar do importante passo, a história dos escravos ainda possui lacunas que foram esquecidas ao longo da história — seja por falta de documentações que embasem o enredo ou até porque, em muitas partes, essa memória foi construída em benefício da elite.
Seja como for, uma dessas narrativas que se perdeu foi a de Roque José Florêncio, que viveu nos arredores da cidade de São Carlos, no interior de São Paulo. Nascido na primeira metade do século 19, Florêncio foi comprado pelo latifundiário Francisco da Cunha Bueno em uma feira local.
Devido a seu porte físico e as crenças da época, foi declarado “escravo reprodutor” — Roque tinha 2,18 metros de altura e, naquele tempo, havia o mito de que homens que eram altos e com as canelas finas tinham maior tendência a gerarem filhos homens. Daí a escolha, afinal, seus frutos seriam uma mão de obra extremamente adequada aos trabalhos forçados do campo.
Obrigado a visitar as senzalas regularmente para violar as mulheres que lá estavam, teria tido mais de 200 filhos — sendo antecessor direto de 30% da população do vilarejo de Santa Eudóxia.
Além das características físicas já citadas, ele também tinha as mãos longas e finas, o que lhe rendeu o apelido de Pata-Seca. Outro fato curioso sobre o escravo é que ele não trabalhava na lavoura e muito menos vivia na senzala. Muito pelo contrário, seu status de “escravo reprodutor” lhe rendia algumas regalias.
Além do mais, ele também nutria uma boa relação com Cunha Bueno e, assim, ficou responsável por cuidar dos animais de transporte da fazenda. Ainda, foi encarregado de percorrer, todos os dias, mais de 30 quilômetros de cavalo para buscar as correspondências de seu senhor.
Aliás, foi com esse serviço de mensagens que conheceu Palmira, uma moça da cidade com a qual se casou. Na garupa do cavalo, ela foi levada para o sítio de Francisco. Chegando lá, foram agraciados pelo fazendeiro com 20 alqueires de terra, onde construíram uma casa e tiveram nove filhos.
Apesar da posse, não tinham dinheiro suficiente para cercar o terreno. Como consequência, perdera, parte do lote para seus vizinhos. Porém, isso não impediu que Florêncio criasse galinhas e vendesse seus ovos; cultivasse mandioca e abobrinha; e produzisse utensílios domésticos e os vendesse na região.
Roque José Florêncio teria exercido essas funções até o fim de sua vida, em 1958. Um documento emitido em 17 de fevereiro daquele ano aponta que o escravo morreu por insuficiência cardíaca, miocardite, esclerose e senilidade.
Apesar da falta de arquivos que apontem a data ao certo que ele veio ao mundo, o psicólogo Marinaldo Fernando de Souza, doutor em educação pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), que escreveu uma tese baseada na vida de Florêncio, explica que a falta de registros está na desvalorização da memória negra.
“A história oficial tende a forçar o esquecimento da memória negra", disse em entrevista ao G1. "Em Santa Eudóxia existe uma história a ser vasculhada, a ser contada, e que fica relegada a um status de menor valor".
"Se fosse um branco, não seria lenda. Ele é real, foi escravizado", explica o pesquisador. "Essa história precisa ser resgatada e não precisa de documentos. Os documentos são forjados em prol da elite branca. A memória negra precisa vir à tona".

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A GRANDE BATALHA POR JERUSALÉM: CORAÇÃO DE LEÃO VS SALADINO

Ricardo Coração de Leão em ilustração de Gustave Doré

Em 7 de setembro de 1191, confrontavam-se os mais legendários guerreiros dos lados cristão e muçulmano.


Corria o ano de 1191 e a situação era difícil para os cruzados na Terra Santa. Jerusalém estava novamente sob domínio dos muçulmanos, que haviam reconquistado a cidade quatro anos antes, bem como a maior parte do território que os cristãos chamavam de Outremer, estabelecido após a Primeira Cruzada em áreas que hoje correspondem a Israel, Palestina, Jordânia e Líbano. A perda de Jerusalém motivara uma nova Cruzada, a Terceira, que, depois de muita confusão, incluindo a morte de alguns de seus principais líderes, ficou sob comando do rei inglês Ricardo I, também conhecido como Ricardo Coração de Leão. Ricardo sabia que, para atacar Jerusalém com sucesso, era preciso garantir suas linhas de abastecimento, capturando a cidade portuária de Joppa (a atual Jaffa, em Israel). Com esse objetivo, no final de agosto de 1191, ele saiu da cidade de Acre em direção a Joppa, à frente de quase 30 mil homens e de uma longa caravana de camelos e mulas, carregados com suprimentos para tomar aquele porto estratégico.

FORMAÇÃO DE BATALHA

O comandante cristão posicionou suas tropas de tal maneira que elas poderiam ser rapidamente convertidas em formação de batalha, com as divisões de cavalaria defendidas por uma linha quase ininterrupta de unidades de infantaria, estendendo-se do início ao fim da longa coluna. A comitiva seguia margeando o litoral do Mediterrâneo, tendo sua vanguarda formada por um destacamento de cavaleiros da Ordem dos Templários, enquanto a retaguarda era protegida por cavaleiros de uma outra ordem, a dos Hospitalários. Estima-se que o total de cavaleiros não passasse dos 5 mil, com o restante formado por infantaria.
Desde o início, a marcha foi hostilizada pelos muçulmanos, que lançavam ataques freqüentes, tentando atrair os cruzados para uma batalha em campo aberto. Ricardo, porém, havia ordenado que seus homens resistissem às provocações do inimigo e evitassem contra-atacar, até receber ordem expressa para tanto - sua estratégia era cansar o adversário e esperar uma oportunidade mais favorável.
Ricardo I e Saladino durante a Batalha de Arsuf Wikimedia Commons
Em 7 de setembro de 1191, a comitiva estava a uma pequena distância ao norte da cidade de Arsuf. O exército cruzado levantou acampamento ao amanhecer e cruzou o rio Rachetaille, reiniciando a marcha em três colunas. Perto do mar caminhava a caravana de bagagem com escolta de infantaria. Na coluna do centro iam 12 esquadrões com 100 cavaleiros cada, enquanto a coluna da esquerda era integrada por soldados de infantaria armados com lanças e balestras.

ESTRATÉGIA DA PACIÊNCIA

Os ataques prosseguiam e tornaram-se cada vez mais intensos, pressionando principalmente o flanco esquerdo das tropas de Ricardo, defendido pelos Hospitalários. Por volta das 11 horas da manhã, Saladino enviou um destacamento de cavalaria para pressionar novamente o flanco esquerdo da comitiva, mas ele foi prontamente repelido pelos cristãos. Os muçulmanos, que eram cerca de 20 mil homens, metade dos quais cavaleiros, continuavam a lançar flechas e arremessavam lanças, enquanto os cruzados retaliavam com setas disparadas por suas balestras.
Nessas escaramuças, os Hospitalários sofreram poucas baixas em homens, mas perderam grande número de cavalos, a ponto de ameaçar a continuidade de suas operações. Eles pediram autorização para contra-atacar, mas Ricardo recusou, aguardando que as forças de Saladino expusessem seu flanco direito e ficassem mais vulneráveis. Porém, à medida que mais cavalos eram mortos, os Hospitalários avançavam por conta própria. Sem outra alternativa, Ricardo lançou-se ao ataque, ordenando que os Templários avançassem contra o flanco esquerdo das tropas de Saladino. Quando a batalha começou, o comandante cristão estacionou a caravana com a bagagem na sua retaguarda, próxima ao mar. Diante da caravana foi posicionada a cavalaria, enquanto a infantaria assumia a linha de frente. Os sarracenos, com suas cornetas soando, atacaram vindos da floresta de Arsuf e concentraram-se numa ofensiva contra o lado esquerdo da linha dos Templários, tentando isolar esse setor para, em seguida, aniquilá-lo.

O CONTRA-ATAQUE

Enquanto isso, os cavaleiros Hospitalários, com a infantaria deslocando-se a sua frente, contra-atacaram pelos espaços deixados entre os agrupamentos de soldados a pé. Os muçulmanos, que haviam passado os últimos dias tentando provocar os cruzados a lançarem um ataque em larga escala, foram apanhados de surpresa quando ele finalmente aconteceu. Seus homens ainda tentaram reagrupar-se e resistir, mas acabaram massacrados pela carga dos cavaleiros cristãos, acompanhados lado a lado por sua infantaria.
No total, pelo menos 7 mil integrantes das tropas de Saladino foram mortos, enquanto os cruzados perderam no máximo mil homens. Foi uma vitória importante, especialmente do ponto de vista psicológico, pois foi o primeiro grande sucesso cruzado desde a perda de Jerusalém, quatro anos antes. Serviu, também, para abalar o mito da invencibilidade de Saladino, que até então sempre havia sido vitorioso em seus embates contra os cristãos.
Representação do século 13 mostra o encontro entre Ricardo I e Saladino Wikimedia Commons
Após a vitória em Arsuf, a caravana de Ricardo conseguiu avançar sem maiores dificuldades em direção ao sul da costa mediterrânea e acabou por retomar o porto de Joppa. Mas o ataque contra Jerusalém, etapa subseqüente da campanha, nunca aconteceu. Ricardo acreditava ser capaz de tomar a Cidade Sagrada, mas sabia que seria impossível mantê-la depois que a maioria dos cruzados retornasse à Europa, o que iria ocorrer cedo ou tarde. Assim, ele concluiu um acordo de paz com Saladino em 1192 e deixou a Terra Santa com destino à Inglaterra, encerrando a Terceira Cruzada, que teve em Arsuf sua primeira e única batalha de grandes proporções.
A vitória dos cristãos deu aos Estados Cruzados no Outremer uma sobrevida, mas sua manutenção a longo prazo era um projeto fadado ao fracasso. Em 1291, um século depois da Batalha de Arsuf, a última cidade cruzada, Acre (hoje Akko, em Israel), foi conquistada pelos muçulmanos. A perda dos Estados Cruzados, junto com outros eventos, como a ascensão do Império Otomano, causou sérios prejuízos econômicos, com o fechamento das rotas comerciais que as nações da Europa usavam para negociar com a Ásia. Era necessário encontrar rotas alternativas, e esse esforço resultaria na Era dos Descobrimentos, que nos séculos 15 e 16 levaria os europeus a chegar ao Novo Mundo.

ARMADOS DA CABEÇA AOS JOELHOS

No final do século 12, os cavaleiros cruzados que lutavam na Terra Santa costumavam ser protegidos por uma roupa feita de cota de malha de ferro que os cobria da cabeça aos joelhos. Seus capacetes de metal eram cônicos ou no formato de uma balde invertida que cobrina toda a cabeça. As armas que esses cavaleiros usavam eram uma lança de madeira com cerca de três metros e ponta de ferro, a espada de lâmina com mais de um metro de comprimento, o machado de batalha, a maça (um porrete com cabo de madeira tendo na ponta uma bola de metal) e um sabre com lâmina curta e larga conhecido como alfanje. Seus soldados a pé disparavam flechas usando arcos e bestas ou balestras, armas que empregavam um mecanismo com manivelas para retesar a corda e aumentar o impacto do projétil.
Já as tropas muçulmanas de Saladino incluíam cavaleiros com armaduras leves de metal ou de couro que cobriam o torso do guerreiro. Esses cavaleiros utilizavam lanças de madeira, maças e sabres com lâminas estreitas e recurvadas. A principal arma ofensiva era um arco curto de origem turca, que podia ser disparado a galope por causa de seu tamanho compacto.

UMA  LUTA  ENTRE  DOIS  GIGANTES

Ricardo Coração de Leão

Retrato de Ricardo I, por Merry-Joseph Blondel Wikimedia Commons
Nascido em 1157, passou a maior parte da vida guerreando, não apenas contra os muçulmanos, mas também contra seu pai, Henrique II, seus irmãos e o rei da França, Filipe II. Tornou-se rei da Inglaterra em 1189. Em 1190, partiu para a Terra Santa, onde se destacou como comandante brilhante.

Salah ad-Din Yusuf ibn Ayyub

Saladino, por Cristofano dell'Altissimo Wikimedia Commons
Salah al-Din Yusuf ibn Ayyub nasceu em 1137 ou 1138, em uma família curda na cidade de Tikrit, atual Iraque. Seu nome, ocidentalizado como Saladino, tornou-se para os cristãos da época sinônimo de guerreiro implacável e astuto, nunca derrotado em combate, até a Batalha de Arsuf.
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Bebê nasce contaminado com Covid-19 na Rússia


© REUTERS - MAXIM SHEMETOV

Um bebê nasceu contaminado com o novo coronavírus na cidade russa de Beslan, perto da fronteira com a Geórgia. As autoridades de Moscou informaram que a criança foi infectada pela mãe, que é portadora do vírus. Pelo menos um caso de um recém-nascido contaminado já foi registrado no mundo.

“O bebê e a mãe estão atualmente em casa e o estado de saúde dele é satisfatório”, anunciou um porta-voz do ministério regional da Saúde à agência de notícias russa TASS. Ele confirmou que o bebê já nasceu infectado.

Na maternidade de Beslan, onde o nascimento foi registrado, 17 das 35 mulheres grávidas hospitalizadas estão infectadas pela Covid-19.

Esse não é o primeiro bebê que já nasce contaminado pelo novo coronavírus. Em abril as autoridades do Peru relataram o nascimento de uma criança infectada no país.

A Rússia é o segundo país com maior número de casos de coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. No total, mais de 280 mil pessoas estão contaminadas e cerca de 2.600 já morreram. Mas esses números são contestados e especialistas estimam que a taxa de mortalidade seria bem superior.

As autoridades rejeitam as acusações e alegam que o balanço se deve ao fato de que a epidemia demorou para chegar no território russo e que o país teve mais tempo para se preparar, implementando uma política de testes em massa.

RFI



Cães farejadores começam a ser testados para detectar pessoas com coronavírus pelo cheiro

Agora o bicho pega você. Agora você não escapará. Agora todos saberão se você está contaminado ou não. Traído pelo melhor amigo do homem.


Os cães sendo testados são labradores e cocker spaniels
© DHSC/Divulgação Os cães sendo testados são labradores e cocker spaniels

Cães farejadores já são capazes de detectar odores de pessoas com algumas doenças, como certos tipos de câncer, malária e doença de Parkinson.
Agora, eles foram treinados para detectar pessoas com covid-19 pela instituição de caridade Medical Detection Dogs (Cães de Detecção Médica, em inglês) e começaram a ser testados contra o coronavírus.
A primeira fase dos testes, que estão sendo feitos no Reino Unido, também tem a participação da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres e da Universidade de Durham. O projeto também recebe financiamento do governo britânico.
O ministro da Inovação, Lord Bethell, disse esperar que os cães possam fornecer "resultados rápidos" como parte da estratégia mais ampla de testes do governo.
O teste vai verificar se os cães farejadores — labradores e cocker spaniels — podem detectar o vírus em humanos a partir de amostras de odor antes que os sintomas apareçam.
Ele estabelecerá se os chamados cães de bio-detecção, que podem rastrear até 250 pessoas por hora, podem ser usados ​​como uma nova medida de alerta precoce para detectar a covid-19 no futuro.
A primeira fase envolverá a equipe do NHS (o sistema público de saúde do Reino Unido) nos hospitais de Londres coletando amostras de odores dos infectados com coronavírus e dos que não foram infectados. As amostras de hálito e odor corporal podem vir de várias fontes, incluindo máscaras faciais usadas.
Seis cães - Norman, Digby, Storm, Star, Jasper e Asher - passarão por treinamento para identificar o vírus a partir das amostras. A instituição disse que o treinamento pode levar de seis a oito semanas.
Os caães farejadores médicos já são capazes de detectar vários tipos de doença© Medical Detection Dogs/Divulgação Os caães farejadores médicos já são capazes de detectar vários tipos de doença

Estrada e aeroportos

Após uma fase inicial de teste de três meses, o governo decidirá onde acredita que os cães serão mais úteis.
Uma possibilidade é que eles possam ser usados ​​em pontos de entrada no país, como aeroportos, para detectar pessoas possivelmente contaminadas com o coronavírus. Os cães também poderiam ser usados ​​em centros de testes, como outra forma de triagem.
Mais de 10 anos de pesquisa coletada pela Medical Detection Dogs mostraram que os cães podem ser treinados para cheirar o odor de doenças com a diluição equivalente a uma colher de chá de açúcar em duas piscinas olímpicas.
Claire Guest, co-fundadora e diretora executiva da instituição, disse que "tem certeza de que nossos cães serão capazes de encontrar o odor da covid-19". Se tudo der certo, os cães passarão para uma segunda fase.
"O segundo teste será prático, com pessoas. Depois esperamos trabalhar com outras agências para treinar mais cães para o mesmo trabalho", diz ela.
Os cães foram treinados anteriormente para detectar a malária a partir de "amostras de odores nos pés" — meias de nylon usadas por crianças aparentemente saudáveis ​​na Gâmbia.
"Nosso trabalho anterior mostrou que a malária tem um odor característico e treinamos com sucesso os cães farejadores médicos para reconhecer pessoas doentes com precisão", diz James Logan, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
"Isso, combinado com o conhecimento de que doenças respiratórias podem alterar o odor corporal, nos deixa esperançosos de que os cães também possam detectar a covid-19".
BBC News

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