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segunda-feira, 23 de março de 2020

Florianópolis comemora 347 anos nesta segunda-feira (23) de março de 2020

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Nesta segunda-feira (23), a cidade de Florianópolis completa 347 anos, e o aniversário este ano está sendo comemorado de um jeito diferente. O melhor presente que podemos dar é ficando em casa, com a certeza de que logo tudo isso irá passar.

Florianópolis é a capital do estado brasileiro de Santa Catarina, na região Sul do país. O município é composto pela ilha principal, a ilha de Santa Catarina, a parte continental e algumas pequenas ilhas circundantes. A cidade tem uma população de 500 973 habitantes, de acordo com estimativas para 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o segundo município mais populoso do estado (após Joinville) e o 48º do Brasil. A região metropolitana tem uma população estimada de 1 209 818 habitantes, a 21ª maior do país. A cidade é conhecida por ter uma elevada qualidade de vida, sendo a capital brasileira com maior pontuação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), calculado pelo PNUD, das Nações Unidas.[10]

A economia de Florianópolis é fortemente baseada na tecnologia da informação, no turismo e nos serviços.[12] A cidade tem mais de 100 praias registradas e é um centro de atividade de navegação. O jornal estadunidense The New York Times afirmou em 2009 que "Florianópolis era o destino do ano".[13] A Newsweek considerou que o município é uma das "dez cidades mais dinâmicas do mundo" em 2006.[14] A revista Veja classificou a cidade como "o melhor lugar para se viver no Brasil",[15] enquanto que o Índice de Cidades Empreendedoras (ICE), elaborado pela filial brasileira da ONG norte-americana Endeavor, elegeu a cidade como o melhor ambiente para o empreendedorismo no país.[16] A cidade também foi considerada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) uma das "cidades criativas" do Brasil em 2014, ao lado de Curitiba.[17]

A maioria da população vive no continente e em partes do centro e norte da ilha principal. A metade sul é menos habitada. Muitos pescadores comerciais pequenos povoam a ilha. Os barcos de pesca, as rendeiras, o folclore, a culinária e a arquitetura colonial contribuem para o crescimento do turismo e atraem recursos que compensam a falta de um grande parque industrial. Vilarejos imersos em tradição e história, como Santo Antônio de Lisboa e Ribeirão da Ilha, ainda resistem aos avanços da modernidade.[18]

O Aeroporto Internacional Hercílio Luz serve à cidade. Florianópolis é o lar da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), além de dois campi do Instituto Federal de Santa Catarina e de dois campi da Universidade do Estado de Santa Catarina, entre outras instituições de ensino superior e profissional.

Etimologia
Originalmente foi denominada "ilha de Santa Catarina", já que Francisco Dias Velho, o fundador do povoado, chegou ao local no dia de Santa Catarina. Ela continuou por muito tempo sendo assim chamada, inclusive ao se tornar vila com o nome de Nossa Senhora do Desterro, como comprovam as correspondências oficiais e as cartas de navegação da época onde ainda se mencionava a Ilha de Santa Catarina.

Com a independência do Brasil a vila elevou-se a cidade, quando decidiu-se fortalecer o nome correto, mas agora passando apenas a se chamar "Desterro". Apesar de ser uma referência a fuga da sagrada família para o Egito, esse nome desagradava certos moradores, uma vez que lembrava "desterrado", ou seja, alguém que está no exílio ou que era preso e mandado para um lugar desabitado.

Esta falta de gosto pelo nome fez com que algumas votações acontecessem para uma possível mudança. Uma das sugestões foi a de "Ondina", nome de uma deusa da mitologia que protege os mares. Este nome foi descartado até que, com o fim da Revolução Federalista, em 1894, em homenagem ao então presidente da República Floriano Peixoto, o governador do estado, Hercílio Luz, mudou o nome para Florianópolis.

A escolha do nome foi, contudo, uma afronta à própria população desterrense, dado que Desterro era uma cidade fortemente monarquista e contrária à Proclamação da República. Floriano Peixoto não era uma autoridade com popularidade na cidade e enfrentou grande resistência de seu governo em Desterro. Como a cidade era um dos principais pontos que se opunham ao presidente, este mandou um exército para a cidade para que fosse derrubada esta resistência. O nome foi dado logo após a "Chacina de Anhatomirim" ou "Tragédia de Desterro" ocorrida na fortaleza militar da ilha de Anhatomirim, ao norte da Ilha de Santa Catarina, ocasião em que foram fuzilados cerca de 300 pessoas, dentre as quais oficiais do exército, juízes, desembargadores e engenheiros, três dos quais eram franceses.[19]

Ainda hoje há movimentos que pedem uma nova mudança do nome devido a controvérsia.[20]


História

Ver artigo principal: História de Florianópolis

Civilizações pré-cabralinas

Ver artigo principal: Era pré-cabralina
Antigas populações habitaram a ilha de Santa Catarina em tempos remotos. Existem indícios de presença do chamado Homem de Sambaqui em sítios arqueológicos cujos registros mais antigos datam de quinto 4 800 a.C. A ilha possui numerosas inscrições rupestres e algumas oficinas líticas, notadamente em várias de suas praias. Por volta do ano 1000, os povos indígenas tapuias que habitavam a região foram expulsos para o interior do continente devido à chegada de povos do tronco linguístico tupi provenientes da Amazônia.
No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, a mesma era habitada por um desses povos do tronco tupi, os carijós. Os carijós praticavam a agricultura, mas tinham, na pesca e coleta de moluscos, as atividades básicas para sua subsistência. A Ilha de Santa Catarina era conhecida como Meiembipe[21] ("montanha ao longo do mar") pelos carijós. O estreito que a separa do continente era chamado Y-Jurerê-Mirim, termo que quer dizer "pequena boca d'água" e que também se estendia à própria ilha. Os carijós viriam a ser escravizados pelos colonos de origem portuguesa de São Vicente[22].

Séculos XVI e XVII

Casa colonial
Já no início do século XVI, embarcações que demandavam a Bacia do Prata aportavam na Ilha de Santa Catarina para abastecer-se de água e víveres. Entretanto, somente por volta de 1673 é que o bandeirante Francisco Dias Velho, junto com sua família e agregados, deu início ao povoamento da ilha com a fundação de Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis) — segundo núcleo de povoamento mais antigo do estado, ainda fazendo parte da vila de Laguna — desempenhando importante papel político na colonização da região.[carece de fontes]
Nessa época ocorreram naufrágios de embarcações que depois foram estudadas e deram origem a dois projetos de arqueologia subaquática em Florianópolis, um no norte e outro no sul da ilha. Diversos artefatos e partes das embarcações foram recuperados pelos pesquisadores responsáveis por essas iniciativas, financiadas principalmente pela iniciativa privada.[23]

Século XVIII

A partir da vinda de Dias Velho intensificou-se o fluxo de paulistas e vicentistas, que ocuparam vários outros pontos do litoral. Em 15 de março de 1726 a povoação da Ilha de Santa Catarina foi separada da vila da Laguna, sendo em 26 de março do mesmo ano elevada à categoria de vila.[24]
A ilha de Santa Catarina, por sua posição estratégica como vanguarda dos domínios portugueses no Brasil meridional, passou a ser ocupada militarmente a partir de 1737, quando começaram a ser erigidas as fortalezas necessárias à defesa do seu território. Esse fato resultou num importante passo na ocupação da ilha.[carece de fontes]
A partir de meados do século XVIII, a ilha de Santa Catarina passou a receber uma expressiva quantidade de migrantes açorianos, que chegaram ao Brasil incentivados pela Coroa portuguesa para aliviar o excedente populacional e ocupar a parte meridional de sua colônia na América do Sul. Com a migração, prosperaram a agricultura e a indústria manufatureira de algodão e linho, permanecendo, ainda hoje, resquícios desse passado, no que se refere à confecção artesanal da farinha de mandioca e das rendas de bilro.[carece de fontes]
Nessa época, em meados do século XVIII, verificou-se a implantação das "armações" para pesca da baleia, na Armação da Piedade, na vizinha Governador Celso Ramos, na Armação do Pântano do Sul, cujo óleo era comercializado pela Coroa fora de Santa Catarina, não trazendo benefício econômico à região.[25]

Século XIX

Quadro de Victor Meirelles mostrando a cidade em 1847
Centro histórico da cidade
No século XIX, em 24 de fevereiro de 1823, Desterro foi elevada à categoria de cidade;[26] tornou-se capital da Província de Santa Catarina em 1823 e inaugurou um período de prosperidade, com o investimento de recursos federais. Projetaram-se a melhoria do porto e a construção de edifícios públicos, entre outras obras urbanas. A modernização política e a organização de atividades culturais também se destacaram, marcando inclusive os preparativos para a recepção ao imperador D. Pedro II (1845). Em outubro desse mesmo ano, ancorada a embarcação imperial nos arredores da ilha, D. Pedro permaneceu em solo catarinense por quase um mês. Neste período, o imperador dirigiu-se várias vezes à igreja (hoje Catedral Arquidiocesana), passeou pelas ruas da Vila do Desterro e, na "Casa de Governo", concedeu "beija-mão".[carece de fontes]
Em 1891, quando o marechal Deodoro da Fonseca, por influência da Revolta da Armada, renunciou à presidência da recém-instituída república, o vice-presidente Floriano Peixoto assumiu o poder, mas não convocou eleições após isso, contrariando o prescrito na constituição promulgada neste mesmo ano, fato que gerou duas revoltas: a Segunda Revolta da Armada (originária da Marinha, no Rio de janeiro) e a Revolução Federalista (patrocinada por fazendeiros gaúchos).[carece de fontes]
As duas insurreições chegaram ao Desterro com o apoio dos catarinenses, entre os quais esteve Elesbão Pinto da Luz. Entretanto, Floriano Peixoto conteve-as ao aprisionar seus líderes e, com isso, restaram no domínio da cidade tão-somente simpatizantes do presidente, que, em sua homenagem, deram à capital a denominação de Florianópolis, ou seja, "cidade de Floriano". Os revoltosos, por sua vez, vieram a ser fuzilados na Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim - por isso, o episódio foi chamado de Chacina de Anhatomirim. No final do século XIX, em 1898, foi fundado um importante colégio pela Congregação das Irmãs da Divina Providência, o Colégio Coração de Jesus.[carece de fontes]

Século XX

A cidade, desde o entrar do século XX, passou por profundas transformações. A construção civil fez-se um dos seus principais suportes econômicos. A implantação das redes básicas de energia elétrica, do sistema de fornecimento de água e da rede de esgotos somou-se à construção da Ponte Hercílio Luz, tudo a assinalar o processo de desenvolvimento urbano. Além disso, em 1943 foi anexada ao município a parte continental, antes pertencente à vizinha São José.[carece de fontes]
Ao final do século XX — nas três últimas décadas, principalmente —, a ilha experimentou singular afluência de novos moradores, iniciada com a transferência da sede da Eletrosul do Rio de Janeiro para o centro da ilha, com sede fixada no bairro Pantanal, e com a instalação do campus da Universidade Federal de Santa Catarina na Trindade.[carece de fontes]
Florianópolis em 1964.
O surgimento do Aeroporto Hercílio Luz no sul da ilha e da pavimentação da BR-101 também contribuíram para tirar a cidade do isolamento. Construíram-se duas novas pontes ligando a ilha ao continente: a ponte Colombo Salles e a ponte Pedro Ivo Campos, e grandes aterros foram construídos no Centro e no Sul da Ilha.[carece de fontes]
Os bairros mais afastados da ilha também foram objeto de intensa urbanização. Surgiram novos bairros, tal como Jurerê Internacional, de alto nível socioeconômico, enquanto em alguns pontos começou uma ocupação desordenada, sem o devido zelo com respeito a obras de urbanização.[carece de fontes]
No início do século XXI a cidade passou a ter um dos piores trânsitos do Brasil, com um veículo para menos de dois habitantes, número que no verão aumenta gradativamente com a chegada dos turistas.[27][28]

Wikipédia


Coronavírus: Santa Catarina tem 86 casos e decreto de isolamento é prorrogado

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Governador de SC anunciou que período será mantido por pelo menos mais sete dias; Número de casos confirmados subiu de 68 para 86

Durante coletiva no fim da tarde desta segunda-feira (23), o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, informou que, até às 18h, desta segunda-feira, haviam 86 casos de coronavírus confirmados no estado.

Além disso, três municípios entraram na lista de cidades com casos confirmados: Içara, Gaspar e Porto Belo. No entanto, não foi possível atualizar os casos de suspeitos, ou seja, segue com 410 casos esperando o resultado do exame.

Até então, 68 casos haviam sido confirmados com coronavírus em 18 cidades catarinenses. Entretanto, outros 410 casos suspeitos seguem sendo investigados.

Segundo Zeferino, ainda não há registros de caso de cura em Santa Catarina. Ele também afirmou que alguns pacientes estão em terapia intensiva e com o quadro pulmonar que exige uma certa atenção dos médico.

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Decreto prorroga isolamento

Além da atualização dos casos, o governador prorrogou por mais sete dias as restrições de convívio social. Ou seja, segue a orientação para evitar aglomerações de pessoas, circular em área públicas e a abertura de comércios que não são essenciais.

Sobre o auxílio do exército para manter o controle das medidas de restrições sociais, o governador afirmou que um documento foi enviado ao ministro da Defesa. No entanto, uma mobilização do exército, se necessário, será informado com o decorrer da situação.

Segundo o Governador Carlos Moisés, as medidas para o retorno das atividades econômicas serão estudadas apó o número de casos de coronavírus nesta semana.

Além disso, será estudado uma forma de convivência social com a presença do vírus. Porém, buscar uma forma de evitar o contágio em massa para não deixar o sistema de saúde entrar em colapso.

O presidente Jair Bolsonaro deve se reunir na manhã desta terça-feira (24) com os governadores dos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Durante a reunião, será discutido medidas que o governo federal irá tomar durante a pandemia de coronavírus.

Em seguida, por volta das 18h, o governo de Santa Catarina deve realizar uma nova entrevista coletiva para atualizar o número de casos e as medidas que serão realizadas pelo governo federal e pelo estado.






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OMS critica uso de remédios não testados contra coronavírus


© Foto: Getty

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, criticou nesta segunda-feira, 23, o uso de remédios não testados contra o coronavírus, esclarecendo que ainda não há tratamento comprovadamente eficaz contra o vírus e pedindo ações coordenadas entre os países.


"O uso não testado de medicamentos sem evidências corretas pode gerar falsas esperanças, causar mais mal do que bem e provocar a escassez de medicamentos essenciais necessários para tratar outras doenças", advertiu.

Tedros lembrou que se reunirá com os líderes dos países do G-20 nesta semana e pediu solidariedade, união e ações coordenadas. "Precisamos ser um só e agir como um só. Pedirei que trabalhem juntos para aumentar a produção, evitar proibições de exportação e garantir a distribuição com base na necessidade", disse.

Ele destacou que a OMS lançou um teste internacional (solidarity trial) capaz de gerar evidências robustas e de qualidade. "Pequenos estudos aleatórios não nos darão as respostas que precisamos. Quanto mais países se inscreverem no estudo, mais rapidamente obteremos resultados".

No doming, o Estado mostrou que testes feitos por chineses e sul-coreanos e avaliações posteriores conduzidas por pesquisadores de outros países mostraram que a cloroquina e a hidroxicloroquina são efetivas em limitar a replicação do novo coronavírus in vitro. E foi observada uma melhora em pacientes que receberam cloroquina nos dois países asiáticos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disse que os estudos ainda não são conclusivos.

O líder da OMS destacou que é preciso conscientizar a população para adotar medidas como a quarentena e o isolamento social. "A regra do jogo para expulsar o coronavírus é a solidariedade". Lembrou, no entanto, que essas são medidas defensivas, e recomendou uma luta agressiva contra a pandemia que já atinge mais de 300 mil pessoas. "Para vencer, precisamos atacar o vírus de maneira agressíva e com táticas direcionadas. Testar todos os suspeitos, isolá-los e cuidar dos contaminados".

Campanha com a Fifa
Para atingir o maior número de pessoas, a OMS e a Federação Internacional de Futebol (Fifa) lançaram uma campanha conjunta para conscientizar sobre os perigos da pandemia e destacar as medidas necessárias para conter a doença.

Tedros afirmou que trabalhar em conjunto com a Fifa é importante para passar a mensagem ao maior número de pessoas possível. "O futebol pode atingir milhões de pessoas, especialmente os jovens", afirmou Tedros. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, disse que a campanha significa muito neste momento e que os jogadores de futebol são exemplo para muitas pessoas. "Precisamos mostrar liderança e solidariedade nesses dias difíceis", afirmou. "Eles querem destacar as recomendações dadas a todos nós pela OMS".

Entre os jogadores e ex-atletas estão nomes como o argentino Lionel Messi, o italiano Gianluigi Buffon, o camaronês Samuel Eto'o e o brasileiro Alisson Becker, goleiro da selação. A americana Cari Lloyd e a chinesa Han Duan também fizeram parte do vídeo.

Jovens
Na semana passada, a OMS havia alertado sobre o papel dos jovens na luta contra a pandemia do coronavírus. "Vocês não são invencíveis. Esse vírus pode colocar você no hospital por semanas ou até matar. Mesmo que não fique doente, as escolhas que faz sobre onde ir podem fazer a diferença sobre a vida ou a morte de outra pessoa", afirmou. "A solidariedade é a chave para combater a covid-19, entre países e entre pessoas".

Estadão



Por que a Alemanha tem uma taxa de mortalidade tão baixa de coronavírus

Alemanha tem capacidade de realizar 160 mil testes por semana
© Getty Images Alemanha tem capacidade de realizar 160 mil testes por semana

"A situação é séria. E vocês precisam levá-la a sério. Desde a reunificação da Alemanha… Não, não. Desde a Segunda Guerra Mundial, não há em nosso país um desafio que dependerá tanto de nossa ação solidária conjunta."
A declaração da chanceler alemã, Angela Merkel, no sábado (21) dá uma ideia da dimensão do impacto da pandemia de coronavírus que atinge quase todos os países do mundo.
Mas há algo que diferencia bastante o avanço da doença na Alemanha e que chama a atenção de especialistas e autoridades. O número conhecido popularmente como taxa de mortalidade, ou seja, o total de pessoas que morrem em relação ao total de infectados, é mais baixo do que em outros países.
A Alemanha é o quinto país em número de casos registrados (26.159 até a manhã de 23/03) e o nono em mortes (94). A título de comparação, a Espanha registrou 29.909 infectados e 1.813 mortes e o Brasil, 1.604 infectados e 25 mortos
Nesse caso, a taxa alemã seria de 0,35%, a espanhola, de 6% e a brasileira, de 1,55%.
O que explica essa discrepância? A resposta, segundo especialistas, passa por três pontos: a fase da pandemia em cada país, o volume de exames realizados para detectar pessoas infectadas e o perfil etário dessas pessoas.

Testes em massa

"Não podemos dizer com precisão por que a taxa de mortalidade na Alemanha é mais baixa, mas é importante lembrar que estamos em uma fase anterior da epidemia dentro do país", explicou à BBC News Mundo (serviço da BBC em espanhol) o Instituto Robert Koch de Virologia, responsável pela estratégia alemã de combate ao coronavírus.
Alemanha tem uma das maiores taxas de leitos hospitalares no mundo© Getty Images Alemanha tem uma das maiores taxas de leitos hospitalares no mundo
"Mas é certo que temos recomendado, desde o momento em que tivemos ciência dessa emergência de saúde, ampliar o número de exames feitos na população e reduzir a possibilidade de contágio."
Para Jeremy Rossman, professor de virologia da Universidade de Kent, no Reino Unido, uma das chaves para explicar a baixa mortalidade na Alemanha pode ser o diagnóstico precoce, que evita a disseminação da doença.
"O caso alemão mostra que isso não é só uma boa estratégia como é um componente essencial na luta contra a pandemia."
Rossman cita o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, que defende que não é possível combater o vírus sem saber onde ele está. "E é exatamente isso que os exames fazem."
O especialista explica que a aplicação maciça de testes na população deve envolver mesmo as pessoas que apresentem sintomas leves.
Segundo um amplo estudo na China com dezenas de milhares de pessoas infectadas, cerca de 80% de pacientes confirmados positivos para o coronavírus tiveram sintomas leves ou moderados, 13,8%, severos e 4,7%, graves.

Tempo a favor

A Alemanha também teve tempo a seu favor, pois os primeiros casos foram detectados duas ou três semanas antes do que em alguns de seus países vizinhos, permitindo que as autoridades tomassem medidas para combater a pandemia.
Mas isso aconteceu antes mesmo da doença chegar ao país. O primeiro caso foi registrado na Alemanha em 27 de janeiro, mas o país já tinha criado um comitê permanente de vigilância em 6 de janeiro, apenas uma semana depois que a OMS recebeu um alerta da China sobre uma doença ainda misteriosa.
Foi naquele momento que os testes de detecção da doença se tornaram parte fundamental da estratégia alemã.
© BBC
© BBC
"O amplo escopo dos exames nos permitiu identificar a epidemia desde muito cedo e isso nos ajudou a trabalhar com ela", explicou Lothar H. Wieler, diretor do Instituto Robert Koch, em entrevista na semana passada.
Segundo o Instituto Koch, a Alemanha tem capacidade de realizar 160 mil exames por semana.
Na Itália, onde a pandemia tem sido mais devastadora (59.138 infectados e 5.475 mortos, taxa de 9,25%), foram realizados ao todo 150 mil testes até o dia 20/3. No Reino Unido, foram 50 mil e na Espanha, 30 mil.
Na Coreia do Sul, país citado como exemplo por especialistas em razão de sua capacidade de realizar testes entre a população, são realizados cerca de 70 mil exames por semana. No país asiático, há 8.961 infectados e 111 mortes (taxa de 1,23%)
Jovens e adultos com menos de 50 anos
Outro fator que influencia a baixa taxa de mortalidade pelo novo coronavírus na Alemanha é que uma grande parte dos infectados são pessoas jovens, que não sofrem tanto os efeitos da doença quanto os idosos.
Muitos nem chegam a apresentar sintomas. Na Alemanha, mais de 70% das pessoas identificadas com o vírus têm entre 20 e 50 anos.
Por outro lado, na Itália, o segundo país com a população mais velha do mundo (atrás do Japão), a idade de média dos diagnosticados com o novo coronavírus é de 66 anos, e 58% têm mais de 60 anos.
Alguns especialistas afirmam ser possível que, no momento em que o vírus atingir a população mais velha na Alemanha, a taxa de mortalidade no país também aumente.
No amplo estudo realizado na China, a taxa de mortalidade identificada variava de acordo com a faixa etária: 0,2% para pessoas com até 39 anos, 3,6% para quem estava na faixa dos 60 anos e 8%, para as pessoas entre 70 e 79 anos.
Vale lembrar também que existe um descompasso entre o número de infectados e o número de mortos, já que uma pessoa pode levar até 14 dias para apresentar sintomas e, caso seu quadro de saúde piore até o óbito, ficar outras três ou quatro semanas internada até morrer.

Detecção precoce

A identificação precoce dos infectados na Alemanha também permitiu colocar em quarentena aqueles que representavam um risco a mais para a disseminação do vírus.
No domingo (22), a própria Angela Merkel se colocou em autoisolamento domiciliar depois que um médico, que a vacinara contra um outro vírus, foi diagnosticado com o coronavírus.
Pandemia deixou 300 mil infectados e matou mais de 10 mil pessoas© Getty Images Pandemia deixou 300 mil infectados e matou mais de 10 mil pessoas
Merkel, que tem 65 anos, será submetida a exames regularmente nos próximos dias. Enquanto isso, trabalhará de casa.
Na Alemanha, todos aqueles que apresentam sintomas ou tiveram contato com alguém diagnosticado com a doença ou alguém procedente das chamadas "zonas vermelhas" (como a Itália e a província chinesa de Hubei) podem ser submetidos aos testes.
Outra medida das autoridades sanitárias alemãs também teve um impacto positivo nos números até o momento.
Segundo especialistas, quando surgiu o primeiro caso, o país agiu rapidamente e conseguiu identificar o paciente zero, um jovem infectado por uma cidadã chinesa que havia visitado a região alemã da Bavária e não havia apresentado nenhum sintoma ao longo de sua estadia no país.
Além das medidas sanitárias que têm surtido efeito até o momento, o governo de Merkel decidiu também ampliar as medidas de distanciamento social. Não são mais permitidas, por exemplo, reuniões públicas de mais de duas pessoas, a não ser que sejam membros da mesma família ou seja uma reunião de trabalho.
Foi determinado também o fechamento do comércio considerado não essencial e o funcionamento de restaurantes apenas na modalidade de entrega a domicílio.

'Tudo pode mudar a qualquer momento'

Outro aspecto ressaltado por autoridades globais de saúde é o sistema de saúde pública da Alemanha, maior economia europeia.
O país tem uma das maiores taxas de leitos hospitalares por habitante do mundo, sendo o quarto entre os 40 países que integram a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), conhecida como clube dos países ricos.
A Alemanha tem 8 vagas para cada 1.000 habitantes, ante as 3,2 na Itália, a maior concentração de hospitais na Europa (1.900 para 82 milhões de habitantes) e 28 mil leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Governo da Alemanha proibiu que mais de duas pessoas se juntem nas ruas, exceto se forem familiares ou colegas de trabalho© EPA Governo da Alemanha proibiu que mais de duas pessoas se juntem nas ruas, exceto se forem familiares ou colegas de trabalho
Mas mesmo o governo e o Instituto Koch admitem que esse números não garantem que a doença não causará estragos no sistema nacional de saúde.
"A amplitude dos diagnósticos nos permitiu entender que será uma crise que levará muito tempo para ser resolvida, porque é uma doença que não possui vacina e causará muito mais mortes", disse Merieke Degen, porta-voz do Instituto Koch.
O líder da sigla social-democrata no Parlamento alemão, Karl Lauterbach, alertou que, se não forem adotadas medidas para impedir a propagação do vírus e exigir maior distanciamento social, "a vantagem que adquirimos por meio de uma boa gestão no início da crise poderá ser perdida rapidamente na próxima fase."
Nesse sentido, Rossman, da Universidade de Kent, ressalta que, embora os exames possam ser caros, o exemplo alemão de exame gratuito para os cidadãos deve ser seguido globalmente, pois pode ajudar a minimizar os efeitos negativos da pandemia na economia.
"Os testes não são baratos ou fáceis de serem realizados em larga escala. Mas os custos socioeconômicos do fechamento de empresas também são amplos e se tornam mais relevantes à medida que esse processo avança", afirmou o acadêmico.
"E, em comparação, os custos da realização de diagnósticos estão diminuindo depois que a capacidade de fabricação e a infraestrutura desses testes foram aumentadas", acrescentou.

Questionamentos à abordagem alemã

Os números sobre coronavírus divulgados pelo governo alemão não geraram apenas elogios ou hipóteses. Há críticas além de suas fronteiras, especialmente entre políticos da Itália.
Dois parlamentares europeus do grupo de direita Irmãos de Itália enviaram uma carta ao Parlamento Europeu perguntando se os alemães estavam "imunes" ao coronavírus e exigindo que fosse estabelecido um protocolo para a contagem na notificação de mortes por covid-19.
"Suspeita-se que as pessoas na Alemanha estejam ficando doentes e morrendo de covid-19, mas que as autoridades alemãs não sabem ou não dizem isso", dizia a carta.
Questionado sobre a acusação, o Instituto Koch disse à BBC Mundo que as contagens atendem a todos os padrões estabelecidos pela OMS.
"Mesmo com a suspeita de morte por coronavírus, também são feitos testes post-mortem", responderam.
O que muitos especialistas concordam é que, nos próximos dias e semanas, a taxa de mortalidade por coronavírus pode aumentar na Alemanha, à medida que a pandemia progride ao longo do tempo (aqueles que morrem do vírus entre duas e três semanas depois de contraírem o vírus) e o avanço do número de infecções entre a população idosa.
BBC News

sábado, 21 de março de 2020

PARABÉNS: 21 DE MARÇO: ANIVERSÁRIO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA - JAIR BOLSONARO

O presidente Jair Bolsonaro completa 65 anos neste sábado (21.mar.2020)
© Sérgio Lima/Poder360 O presidente Jair Bolsonaro completa 65 anos neste sábado (21.mar.2020)

O presidente Jair Bolsonaro completa 65 anos neste sábado (21.mar.2020).


Sem ter certeza de eficácia, Bolsonaro manda Exército fazer mais cloroquina


O presidente Jair Bolsonaro se diz otimista sobre a possibilidade de a cloroquina servir como medicamento contra a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e mandou o Exército aumentar a produção do remédio.
Bolsonaro publicou na tarde deste sábado (21.mar.2020) via Twitter 1 vídeo em que anuncia a medida. Falou ainda que o Hospital Israelita Albert Einstein iniciou testes do medicamento em pacientes com covid-19.
A cloroquina é 1 medicamento usado contra a malária e chegou a ser testada nos Estados Unidos em tratamentos contra o covid-19. A sua eficácia não foi comprovada.
“Também agora pouco me reuni com o senhor ministro da Defesa, onde decidimos que o laboratório químico e farmacêutico do Exército deve imediatamente ampliar a sua produção desse medicamento”, anunciou.
Bolsonaro falou que o presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Almirante Antônio Barra, decidiu que o cloroquina não poderá ser vendida para outros países. “Afinal esse medicamento também é usado no Brasil para combater a malária, lúpus e artrite”, afirmou.
O Brasil já tem 1.021 casos confirmados de infecções pelo coronavírus. Ao todo, 18 mortes foram registradas em território nacional. “Tenhamos fé que em breve ficaremos livre deste vírus”, disse o presidente na gravação. Assista abaixo (1min11s):
Reprodutor de vídeo de: YouTube (Política de Privacidade)
O vídeo foi gravado pelos filhos de Bolsonaro no Palácio de Alvorada. O presidente comemora 65 anos neste sábado e está reunido com a família.
“No dia de seu aniversário, trabalhando e tomando importantes decisões para a nossa nação. Nesse momento difícil, todos temos a esperança e a certeza de que, se Deus quiser e sob seu comando, vamos vencer mais essa batalha!”, afirmou o filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, via Twitter.
© Fornecido por Poder360
A declaração de Bolsonaro vai em linha com o presidente norte-americano Donald Trump. O republicano anunciou nesta semana que os Estados Unidos também testarão a possível eficácia do medicamento contra a covid-19.
“Poderemos disponibilizar esse medicamento quase imediatamente”, disse Trump a jornalistas na 5ª feira.  Segundo ele, os testes iniciais são “muito, muito animadores”. 
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Poder360

Hotéis oferecem quartos para moradores de rua em Londres

Cerca de 300 quartos foram disponibilizados para moradores de rua conhecidos por instituições de caridade
© Reuters Cerca de 300 quartos foram disponibilizados para moradores de rua conhecidos por instituições de caridade


Camas de hotel foram oferecidas a quem dorme nas ruas de Londres, no Reino Unido, para ajudar a protegê-los contra a pandemia de coronavírus.

Cerca de 300 quartos foram disponibilizados neste fim de semana para pessoas vulneráveis ​​já conhecidas por instituições de caridade, como parte de um teste inicial.

A medida ocorre enquanto londrinos e turistas se distanciam do centro de Londres.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro Boris Johnson ordenou o fechamento de restaurantes, pubs, cafés e centros de lazer.

Em vez disso, as pessoas foram a parques como o Hyde Park e o Battersea Park.

Moradores de rua são significativamente mais propensos a ter condições de saúde mais vulneráveis - incluindo problemas respiratórios - do que a população em geral.

Eles também são muito menos propensos a seguir os conselhos da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o auto-isolamento, distanciamento social e lavagem das mãos.

Os quartos de hotéis forneceriam uma "proteção vital" para quem dorme na rua. Essas pessoas podem usar o espaço para se auto-isolar, afirmou o gabinete do prefeito.

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, disse: "Moradores de rua já enfrentam vidas difíceis e incertas e estou decidido a fazer tudo o que puder para garantir que eles, juntamente com todos os londrinos, recebam a melhor proteção possível".

Petra Salva, diretora de serviços para moradores de rua na ONG St Mungo, disse que as equipes estão trabalhando dia e noite para apoiar as pessoas durante essa "crise sem precedentes".


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  • POLÔNIA: Coronavírus: na falta de álcool para desinfetar, Polônia vai usar vodca e França vai doar absinto a hospitais


    © Wojtek RADWANSKI / AFP

    Na falta de álcool para desinfetar, a Polônia vai adotar uma medida inusitada para combater o coronavírus: utilizar vodca. Já algumas destilarias da França vão ceder parte do álcool usado na fabricação de absinto para hospitais do país.

    Os 40 milhões de poloneses foram pouco atingidos até o momento pela pandemia de coronavírus. Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde do país, 439 pessoas foram contaminadas e 5 morreram.

    Como vários países, a Polônia enfrenta a falta de equipamentos de proteção e de gel hidroalcoólico. Por isso, é a bebida nacional, a vodca, que vai servir de desinfetante. Cerca de 430 mil litros do destilado e de álcool puro de contrabando – produtos apreendidos pelas aduanas e polícia polonesas – serão utilizados para lutar contra o Covid-19.

    A bebida será pulverizada em hospitais, prédios, ônibus, bondes e metrôs potencialmentes infectados pela doença. A vodca também será fornecida às forças de segurança da Polônia, tanto aos policiais e bombeiros, quanto aos guardas de fronteiras.

    Nos últimos dias, circularam rumores na Polônia incitando as pessoas a beberem álcool para se proteger do coronavírus. Por isso, as autoridades do país alertam a população que, ao contrário do que vem sendo propagado, bebidas alcoólicas enfraquecem o sistema imunitário.

    A vodca polonesa será apenas utilizada para pulverização. Está descartado o uso desta bebida para desinfetar feridas ou mesmo para lavar as mãos – o que pode provocar irritação cutânea.

    Absinto nos hospitais franceses

    A Polônia não é a única a utilizar a bebida nacional durante a pandemia de Covid-19. Na França, as destilarias das regiões do Doubs e da Haute-Saône, no leste, decidiram ceder uma parte de seus estoques de álcool para permitir a fabricação do gel hidroalcoólico destinado aos profissionais da saúde que trabalham no combate ao coronavírus.

    É o caso da destilaria Armand Guy, de Pontarlier, conhecida como a capital francesa do absinto. Com o acordo das autoridades, ela decidiu vender, pelo preço de custo, 3 mil litros de seu álcool a 96 graus a fabricantes de gel hidroalcoólico e a farmacêuticos.

    "Meu avô me contava que, durante a Segunda Guerra Mundial, havia muitos feridos, franceses e alemães, e os hospitais não tinham mais álcool para desinfecção. Então ele doou seus últimos estoques de álcool aos hospitais", afirma François Guy, proprietário da empresa.

    François Guy também doará 400 litros de gel hidroalcoólico, produzido com o álcool da destilaria ao hospital de Pontarlier.

    Outro exemplo vem da cidade de Fougerolles-Saint-Valbert, também no leste da França. A destilaria de absinto Paul Devoille forneceu, desde o último fim de semana, a preço de custo, 500 litros de álcool a 96 graus a farmácias locais. O produto será transformado em gel ou em solução hidroalcoólica, afirmou o presidente da empresa, Hugues de Miscault, que já planeja outras boas ações, após entrar em contato com a Agência Regional de Saúde da França.

    RFI


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