domingo, 17 de maio de 2020

A GRANDE BATALHA POR JERUSALÉM: CORAÇÃO DE LEÃO VS SALADINO

Ricardo Coração de Leão em ilustração de Gustave Doré

Em 7 de setembro de 1191, confrontavam-se os mais legendários guerreiros dos lados cristão e muçulmano.


Corria o ano de 1191 e a situação era difícil para os cruzados na Terra Santa. Jerusalém estava novamente sob domínio dos muçulmanos, que haviam reconquistado a cidade quatro anos antes, bem como a maior parte do território que os cristãos chamavam de Outremer, estabelecido após a Primeira Cruzada em áreas que hoje correspondem a Israel, Palestina, Jordânia e Líbano. A perda de Jerusalém motivara uma nova Cruzada, a Terceira, que, depois de muita confusão, incluindo a morte de alguns de seus principais líderes, ficou sob comando do rei inglês Ricardo I, também conhecido como Ricardo Coração de Leão. Ricardo sabia que, para atacar Jerusalém com sucesso, era preciso garantir suas linhas de abastecimento, capturando a cidade portuária de Joppa (a atual Jaffa, em Israel). Com esse objetivo, no final de agosto de 1191, ele saiu da cidade de Acre em direção a Joppa, à frente de quase 30 mil homens e de uma longa caravana de camelos e mulas, carregados com suprimentos para tomar aquele porto estratégico.

FORMAÇÃO DE BATALHA

O comandante cristão posicionou suas tropas de tal maneira que elas poderiam ser rapidamente convertidas em formação de batalha, com as divisões de cavalaria defendidas por uma linha quase ininterrupta de unidades de infantaria, estendendo-se do início ao fim da longa coluna. A comitiva seguia margeando o litoral do Mediterrâneo, tendo sua vanguarda formada por um destacamento de cavaleiros da Ordem dos Templários, enquanto a retaguarda era protegida por cavaleiros de uma outra ordem, a dos Hospitalários. Estima-se que o total de cavaleiros não passasse dos 5 mil, com o restante formado por infantaria.
Desde o início, a marcha foi hostilizada pelos muçulmanos, que lançavam ataques freqüentes, tentando atrair os cruzados para uma batalha em campo aberto. Ricardo, porém, havia ordenado que seus homens resistissem às provocações do inimigo e evitassem contra-atacar, até receber ordem expressa para tanto - sua estratégia era cansar o adversário e esperar uma oportunidade mais favorável.
Ricardo I e Saladino durante a Batalha de Arsuf Wikimedia Commons
Em 7 de setembro de 1191, a comitiva estava a uma pequena distância ao norte da cidade de Arsuf. O exército cruzado levantou acampamento ao amanhecer e cruzou o rio Rachetaille, reiniciando a marcha em três colunas. Perto do mar caminhava a caravana de bagagem com escolta de infantaria. Na coluna do centro iam 12 esquadrões com 100 cavaleiros cada, enquanto a coluna da esquerda era integrada por soldados de infantaria armados com lanças e balestras.

ESTRATÉGIA DA PACIÊNCIA

Os ataques prosseguiam e tornaram-se cada vez mais intensos, pressionando principalmente o flanco esquerdo das tropas de Ricardo, defendido pelos Hospitalários. Por volta das 11 horas da manhã, Saladino enviou um destacamento de cavalaria para pressionar novamente o flanco esquerdo da comitiva, mas ele foi prontamente repelido pelos cristãos. Os muçulmanos, que eram cerca de 20 mil homens, metade dos quais cavaleiros, continuavam a lançar flechas e arremessavam lanças, enquanto os cruzados retaliavam com setas disparadas por suas balestras.
Nessas escaramuças, os Hospitalários sofreram poucas baixas em homens, mas perderam grande número de cavalos, a ponto de ameaçar a continuidade de suas operações. Eles pediram autorização para contra-atacar, mas Ricardo recusou, aguardando que as forças de Saladino expusessem seu flanco direito e ficassem mais vulneráveis. Porém, à medida que mais cavalos eram mortos, os Hospitalários avançavam por conta própria. Sem outra alternativa, Ricardo lançou-se ao ataque, ordenando que os Templários avançassem contra o flanco esquerdo das tropas de Saladino. Quando a batalha começou, o comandante cristão estacionou a caravana com a bagagem na sua retaguarda, próxima ao mar. Diante da caravana foi posicionada a cavalaria, enquanto a infantaria assumia a linha de frente. Os sarracenos, com suas cornetas soando, atacaram vindos da floresta de Arsuf e concentraram-se numa ofensiva contra o lado esquerdo da linha dos Templários, tentando isolar esse setor para, em seguida, aniquilá-lo.

O CONTRA-ATAQUE

Enquanto isso, os cavaleiros Hospitalários, com a infantaria deslocando-se a sua frente, contra-atacaram pelos espaços deixados entre os agrupamentos de soldados a pé. Os muçulmanos, que haviam passado os últimos dias tentando provocar os cruzados a lançarem um ataque em larga escala, foram apanhados de surpresa quando ele finalmente aconteceu. Seus homens ainda tentaram reagrupar-se e resistir, mas acabaram massacrados pela carga dos cavaleiros cristãos, acompanhados lado a lado por sua infantaria.
No total, pelo menos 7 mil integrantes das tropas de Saladino foram mortos, enquanto os cruzados perderam no máximo mil homens. Foi uma vitória importante, especialmente do ponto de vista psicológico, pois foi o primeiro grande sucesso cruzado desde a perda de Jerusalém, quatro anos antes. Serviu, também, para abalar o mito da invencibilidade de Saladino, que até então sempre havia sido vitorioso em seus embates contra os cristãos.
Representação do século 13 mostra o encontro entre Ricardo I e Saladino Wikimedia Commons
Após a vitória em Arsuf, a caravana de Ricardo conseguiu avançar sem maiores dificuldades em direção ao sul da costa mediterrânea e acabou por retomar o porto de Joppa. Mas o ataque contra Jerusalém, etapa subseqüente da campanha, nunca aconteceu. Ricardo acreditava ser capaz de tomar a Cidade Sagrada, mas sabia que seria impossível mantê-la depois que a maioria dos cruzados retornasse à Europa, o que iria ocorrer cedo ou tarde. Assim, ele concluiu um acordo de paz com Saladino em 1192 e deixou a Terra Santa com destino à Inglaterra, encerrando a Terceira Cruzada, que teve em Arsuf sua primeira e única batalha de grandes proporções.
A vitória dos cristãos deu aos Estados Cruzados no Outremer uma sobrevida, mas sua manutenção a longo prazo era um projeto fadado ao fracasso. Em 1291, um século depois da Batalha de Arsuf, a última cidade cruzada, Acre (hoje Akko, em Israel), foi conquistada pelos muçulmanos. A perda dos Estados Cruzados, junto com outros eventos, como a ascensão do Império Otomano, causou sérios prejuízos econômicos, com o fechamento das rotas comerciais que as nações da Europa usavam para negociar com a Ásia. Era necessário encontrar rotas alternativas, e esse esforço resultaria na Era dos Descobrimentos, que nos séculos 15 e 16 levaria os europeus a chegar ao Novo Mundo.

ARMADOS DA CABEÇA AOS JOELHOS

No final do século 12, os cavaleiros cruzados que lutavam na Terra Santa costumavam ser protegidos por uma roupa feita de cota de malha de ferro que os cobria da cabeça aos joelhos. Seus capacetes de metal eram cônicos ou no formato de uma balde invertida que cobrina toda a cabeça. As armas que esses cavaleiros usavam eram uma lança de madeira com cerca de três metros e ponta de ferro, a espada de lâmina com mais de um metro de comprimento, o machado de batalha, a maça (um porrete com cabo de madeira tendo na ponta uma bola de metal) e um sabre com lâmina curta e larga conhecido como alfanje. Seus soldados a pé disparavam flechas usando arcos e bestas ou balestras, armas que empregavam um mecanismo com manivelas para retesar a corda e aumentar o impacto do projétil.
Já as tropas muçulmanas de Saladino incluíam cavaleiros com armaduras leves de metal ou de couro que cobriam o torso do guerreiro. Esses cavaleiros utilizavam lanças de madeira, maças e sabres com lâminas estreitas e recurvadas. A principal arma ofensiva era um arco curto de origem turca, que podia ser disparado a galope por causa de seu tamanho compacto.

UMA  LUTA  ENTRE  DOIS  GIGANTES

Ricardo Coração de Leão

Retrato de Ricardo I, por Merry-Joseph Blondel Wikimedia Commons
Nascido em 1157, passou a maior parte da vida guerreando, não apenas contra os muçulmanos, mas também contra seu pai, Henrique II, seus irmãos e o rei da França, Filipe II. Tornou-se rei da Inglaterra em 1189. Em 1190, partiu para a Terra Santa, onde se destacou como comandante brilhante.

Salah ad-Din Yusuf ibn Ayyub

Saladino, por Cristofano dell'Altissimo Wikimedia Commons
Salah al-Din Yusuf ibn Ayyub nasceu em 1137 ou 1138, em uma família curda na cidade de Tikrit, atual Iraque. Seu nome, ocidentalizado como Saladino, tornou-se para os cristãos da época sinônimo de guerreiro implacável e astuto, nunca derrotado em combate, até a Batalha de Arsuf.
aventurasnahistoria.uol.com.br


Bebê nasce contaminado com Covid-19 na Rússia


© REUTERS - MAXIM SHEMETOV

Um bebê nasceu contaminado com o novo coronavírus na cidade russa de Beslan, perto da fronteira com a Geórgia. As autoridades de Moscou informaram que a criança foi infectada pela mãe, que é portadora do vírus. Pelo menos um caso de um recém-nascido contaminado já foi registrado no mundo.

“O bebê e a mãe estão atualmente em casa e o estado de saúde dele é satisfatório”, anunciou um porta-voz do ministério regional da Saúde à agência de notícias russa TASS. Ele confirmou que o bebê já nasceu infectado.

Na maternidade de Beslan, onde o nascimento foi registrado, 17 das 35 mulheres grávidas hospitalizadas estão infectadas pela Covid-19.

Esse não é o primeiro bebê que já nasce contaminado pelo novo coronavírus. Em abril as autoridades do Peru relataram o nascimento de uma criança infectada no país.

A Rússia é o segundo país com maior número de casos de coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. No total, mais de 280 mil pessoas estão contaminadas e cerca de 2.600 já morreram. Mas esses números são contestados e especialistas estimam que a taxa de mortalidade seria bem superior.

As autoridades rejeitam as acusações e alegam que o balanço se deve ao fato de que a epidemia demorou para chegar no território russo e que o país teve mais tempo para se preparar, implementando uma política de testes em massa.

RFI



Cães farejadores começam a ser testados para detectar pessoas com coronavírus pelo cheiro

Agora o bicho pega você. Agora você não escapará. Agora todos saberão se você está contaminado ou não. Traído pelo melhor amigo do homem.


Os cães sendo testados são labradores e cocker spaniels
© DHSC/Divulgação Os cães sendo testados são labradores e cocker spaniels

Cães farejadores já são capazes de detectar odores de pessoas com algumas doenças, como certos tipos de câncer, malária e doença de Parkinson.
Agora, eles foram treinados para detectar pessoas com covid-19 pela instituição de caridade Medical Detection Dogs (Cães de Detecção Médica, em inglês) e começaram a ser testados contra o coronavírus.
A primeira fase dos testes, que estão sendo feitos no Reino Unido, também tem a participação da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres e da Universidade de Durham. O projeto também recebe financiamento do governo britânico.
O ministro da Inovação, Lord Bethell, disse esperar que os cães possam fornecer "resultados rápidos" como parte da estratégia mais ampla de testes do governo.
O teste vai verificar se os cães farejadores — labradores e cocker spaniels — podem detectar o vírus em humanos a partir de amostras de odor antes que os sintomas apareçam.
Ele estabelecerá se os chamados cães de bio-detecção, que podem rastrear até 250 pessoas por hora, podem ser usados ​​como uma nova medida de alerta precoce para detectar a covid-19 no futuro.
A primeira fase envolverá a equipe do NHS (o sistema público de saúde do Reino Unido) nos hospitais de Londres coletando amostras de odores dos infectados com coronavírus e dos que não foram infectados. As amostras de hálito e odor corporal podem vir de várias fontes, incluindo máscaras faciais usadas.
Seis cães - Norman, Digby, Storm, Star, Jasper e Asher - passarão por treinamento para identificar o vírus a partir das amostras. A instituição disse que o treinamento pode levar de seis a oito semanas.
Os caães farejadores médicos já são capazes de detectar vários tipos de doença© Medical Detection Dogs/Divulgação Os caães farejadores médicos já são capazes de detectar vários tipos de doença

Estrada e aeroportos

Após uma fase inicial de teste de três meses, o governo decidirá onde acredita que os cães serão mais úteis.
Uma possibilidade é que eles possam ser usados ​​em pontos de entrada no país, como aeroportos, para detectar pessoas possivelmente contaminadas com o coronavírus. Os cães também poderiam ser usados ​​em centros de testes, como outra forma de triagem.
Mais de 10 anos de pesquisa coletada pela Medical Detection Dogs mostraram que os cães podem ser treinados para cheirar o odor de doenças com a diluição equivalente a uma colher de chá de açúcar em duas piscinas olímpicas.
Claire Guest, co-fundadora e diretora executiva da instituição, disse que "tem certeza de que nossos cães serão capazes de encontrar o odor da covid-19". Se tudo der certo, os cães passarão para uma segunda fase.
"O segundo teste será prático, com pessoas. Depois esperamos trabalhar com outras agências para treinar mais cães para o mesmo trabalho", diz ela.
Os cães foram treinados anteriormente para detectar a malária a partir de "amostras de odores nos pés" — meias de nylon usadas por crianças aparentemente saudáveis ​​na Gâmbia.
"Nosso trabalho anterior mostrou que a malária tem um odor característico e treinamos com sucesso os cães farejadores médicos para reconhecer pessoas doentes com precisão", diz James Logan, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
"Isso, combinado com o conhecimento de que doenças respiratórias podem alterar o odor corporal, nos deixa esperançosos de que os cães também possam detectar a covid-19".
BBC News

sábado, 16 de maio de 2020

Eslovênia é primeiro país da Europa a declarar fim da epidemia de coronavírus

Opinião: Vejam que maravilha gente. Estamos vencendo este vírus maldito. Força gente vamos para cima. Somos o animal mais inteligente da face da terra.

© REUTERS - Borut Zivulovic

O governo esloveno anunciou o fim da epidemia de Covid-19 em seu território nesta quinta-feira (14) e reabriu suas fronteiras. Algumas medidas preventivas continuam em vigor no país da Europa Central para evitar a volta de contaminações.

A Eslovênia havia declarado a epidemia em seu território em 12 de março e é o primeiro país da União Europeia a anunciar o fim do surto. O primeiro-ministro Janez Jansa justificou a decisão afirmando, em discurso no Parlamento, que "a Eslovênia controlou a epidemia e hoje tem a melhor situação clínica na Europa" em relação à Covid-19.

Todas as fronteiras do país serão reabertas. Os cidadãos europeus poderão circular sem entraves. Os outros viajantes deverão respeitar uma quarentena de ao menos sete dias quando chegarem ao país. A Eslovênia, localizada em parte nos Balcãs, tem divisas com a Áustria, Croácia, Hungria e Itália.

A pequena nação, de dois milhões de habitantes, registrou ao todo 103 mortes e 1.500 casos de contaminação do novo coronavírus. Nos últimos dias, o número de novas infecções foi baixo. Apenas sete novos casos cotidianos diários ocorreram nas duas últimas semanas.

Medidas preventivas permanecerão em vigor

Entre as medidas que permanecerão em vigor para evitar uma segunda onda de contaminações estão a proibição de reuniões públicas, o uso de máscaras e regras de distanciamento social em locais públicos.

No início da semana, o governo esloveno havia anunciado a suspensão da maoria das restrições a partir da semana que vem. Em todo o país, os centros comerciais e os hoteis de até 30 quartos poderão reabrir, entre outros.

RFI

VAMOS COMER QUE É MELHOR: Anéis de cebola suculentos, recheados com frango e queijo!

Slide 4 de 4: Para terminar, fritar e colocar para escorrer em papel absorvente. Quando estiverem prontos, preparar um molho com maionese e páprica para acompanhar esses deliciosos anéis. Faça-os para uma festa, eles serão sucesso absoluto!

Estes anéis de cebola desaparecem em menos de 5 minutos em qualquer festa, e não pode ser de outra forma, porque não é a receita tradicional, mas eles estão recheados de frango e queijo! Além disso, a melhor parte é que você pode prepará-los com antecedência e deixá-los empanados na geladeira prontos para fritar! Não espere mais, torne essa novidade o novo sucesso da próxima festa!

Ingredientes

2 xícaras de peito de frango desfiado
2 cebolas grandes
2 ovos batidos
2 xícaras de Panko ou pão ralado
2 colheres de sopa de pimenta serrano (pimenta verde)
2 xícaras de óleo
2 colheres de sopa de páprica picante
1 xícara de queijo cremoso
1 xícara de queijo parmesão ralado
1 colher de sopa de alho finamente picado
1 xícara de farinha
1 xícara de maionese
1 colher de sopa de salsa picada finamente
sal
pimenta

Slide 1 de 4:  2 xícaras de peito de frango desfiado 2 cebolas grandes 2 ovos batidos 2 xícaras de Panko ou pão ralado 2 colheres de sopa de pimenta serrano (pimenta verde) 2 xícaras de óleo 2 colheres de sopa de páprica picante 1 xícara de queijo cremoso 1 xícara de queijo parmesão ralado 1 colher de sopa de alho finamente picado 1 xícara de farinha 1 xícara de maionese 1 colher de sopa de salsa picada finamente sal pimenta Preparo
A primeira coisa a fazer é cortar a cebola em anéis mais grossos.  Adicionar o queijo cremoso com o frango, a pimenta verde, o alho, a salsa e o queijo parmesão ralado.

Preparo
Misturar bem todos os ingredientes até formar uma mistura que você usará para preencher os anéis. Rechear oa anéis e em seguida, refrigerar por 40 minutos. Depois passar na  farinha, ovo e depois no  Panko ou pão ralado.

Preparo
Para terminar, fritar e colocar para escorrer em papel absorvente. Quando estiverem prontos, preparar um molho com maionese e páprica para acompanhar esses deliciosos anéis. Faça-os para uma festa, eles serão sucesso absoluto!

Logotipo de Receitas sem Fronteiras








sexta-feira, 15 de maio de 2020

Lockdown deixa dezenas de bebês de barriga de aluguel ‘presos’ na Ucrânia


Clínica em Kiev pede que governos colaborem com a solução do problema: bebês presos em hotel - 15/05/2020
À primeira vista, a imagem de dezenas de bebês saudáveis e bem cuidados poderia trazer um pouco de conforto em meio à pandemia de coronavírus, mas, na verdade, causa enorme preocupação. Não se trata de um berçário de maternidade, mas de um hotel em Kiev, na Ucrânia, onde dezenas de recém-nascidos aguardam pela chegada de seus pais. São bebês frutos de “barrigas de aluguel” – nome popular dado à prática de gestar um filho e entregar sua guarda a outra pessoa, um mercado que vinha em ascensão no Leste Europeu e que, devido ao bloqueio total imposto pelo governo ucraniano para combater a Covid-19, em março, seguem “presos” no local.
As imagens chocantes foram publicadas pela Biotexcom, uma agência especializada em “barrigas de aluguel”, com site em diversos idiomas, incluindo o português. De acordo com o vídeo publicado há duas semanas, os 46 bebês instalados no Hotel Venezia, na capital ucraniana, são atendidos com atenção por enfermeiras, que realizam constantes chamadas de vídeo com os futuros pais impossibilitados de buscar seus filhos. A empresa diz aguardar pela chegada de clientes dos “Estados Unidos, Itália, Espanha, Reino Unido, China, França, Alemanha, bem como da Bulgária, Romênia, Áustria, México e Portugal”. 
“Fazemos chamadas de vídeo e informamos aos pais quanto seus filhos comem, dormem e pesam. É de cortar o coração ver o quanto os pais sentem a falta de seus pequenos, mas esperamos que eles possam buscá-los em breve”, diz uma das cuidadoras. Denis Herman, o advogado da Biotexcom, afirma que, devido às normas do lockdown ucraniano, “estrangeiros estão proibidos de entrar no país sem uma autorização do Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia” e pedem que governos dos países envolvidos se unam em busca de uma solução.

Reprodutor de vídeo de: YouTube (Política de PrivacidadeTermos)
O espanhol Rafa Aires conseguiu entrar na Ucrânia antes do fechamento das fronteiras e se uniu à filha Marta, mas não pôde retornar. Sua mulher aguarda ansiosamente pela reunião de família. “Todo dia eu faço videochamadas com minha esposa por uma hora ou uma hora e meia para ela ver o bebê. É muito difícil”, afirmou Aires em entrevista à agência Reuters.
A Embaixada Ucraniana em Brasília informou a VEJA que nenhuma família brasileira solicitou a entrada no país europeu por esse motivo. O órgão ainda entrou em contato com Lyudmyla Denisova, representante de direitos humanos do parlamento ucraniano, que disse que 11 pais já conseguiram chegar ao hotel para conhecer seus filhos, enquanto outros sete já solicitaram a entrada no país. A Biotexcom não respondeu aos contatos da reportagem até o momento.
Apesar de o Brasil não estar envolvido neste caso, diversos casais brasileiros que não podem ter filhos têm escolhido a Ucrânia como destino nos últimos anos – sobretudo quando a cotação da moeda estava mais favorável. Por lá, a prática é legalizada e, ao contrário do que ocorre no Brasil, as mulheres que optam por engravidar e entregar o filho a outra pessoa podem receber pelo “serviço”. Em seu site, a Biotexcom disponibiliza os valores do procedimento: de 39.900 a 64.900 euros (de 250.000 a 410.000 reais pela cotação atual). As mulheres interessadas em doar óvulos recebem de 4.900 a 11.900 euros (de 31.000 75.000 reais).

Denúncias de exploração
O caso dos bebês “presos” em Kiev reacende o debate sobre denúncias de exploração de mulheres e crianças em todo o mundo. Um dos países mais pobres da Europa, a Ucrânia começou a se “especializar” no ramo de gravidez por substituição a partir de 2015, quando a prática foi barrada em países como Índia, Nepal e Tailândia. Há uma série de normas: apenas casais heterossexuais, casados e que consigam comprovar que não podem ter filhos por razões médicas podem recorrer a uma “barriga de aluguel” ucraniana. A mãe biológica não tem nenhum direito de pedir a custódia do bebê.
Lyudmyla Denisova, a representante dos direitos humanos local, relatou a meios do país que o caso da Biotexcom evidenciou a existência de uma indústria “maciça e sistêmica, onde os bebês são anunciados como um produto de alta qualidade”. Ela, no entanto, disse que a clínica foi vistoriada e comprovou cumprir todos os procedimentos  exigidos.
A Coalizão Internacional pela Abolição da Substituição de Gravidez (Ciams, na sigla em inglês) escreveu uma carta sobre as “imagens chocantes” vindas da Ucrânia e cobrou maior controle das autoridades. “É óbvio que esta situação crítica foi provocada pelas leis permissivas da Ucrânia sobre barriga de aluguel e falta de controles públicos adequados sobre essa atividade: clínicas, advogados e intermediários que a realizam ou contribuem para ela.”

A entidade ainda lembrou que “desde 2015, o parlamento europeu condenou a prática de barriga de aluguel, que mina a dignidade humana da mulher, uma vez que seu corpo e suas funções reprodutivas são usadas como mercadoria.” Além da Ucrânia, outros países da antiga União Soviética, e que não pertencem à União Europeia, como Geórgia e o Cazaquistão, também têm a prática legalizada e são constantemente acusados de exploração contra mulheres. 
No Brasil, não há uma legislação específica sobre a prática, apenas resoluções elaboradas em 2015 pelo Conselho Federal de Medicina, acompanhadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O país, no entanto, proíbe que haja compensação financeira a uma das partes – por isso, o termo “aluguel” é considerado incorreto e deve-se se usar “barriga solidária” ou “barriga de substituição”.
Há duas situações permitidas: a reprodução assistida, em que os pais fornecem o material genético, que será fertilizado in vitro e posteriormente implantado no útero de uma mulher que aceita a gestação de forma solidária; o segundo ocorre em uniões homo-afetivas, nas quais será necessário recorrer a um banco de óvulos ou sêmen, cuja doação deve ser feita de forma voluntária e anônima. Os procedimentos devem ser realizado em clínicas ou centro que prestem o serviço.
VEJA.com

Nelson Teich: ‘Dei o melhor de mim no período em que estive aqui’


O ex-ministro da Saúde Nelson Teich
O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse nesta sexta-feira à tarde que saiu após dar o seu melhor á frente da pasta. “A vida é feita de escolhas e hoje escolhi sair. Digo a voces que dei o melhor de mim no periódo em que estive aqui. Não é nada simples estar à frente de um ministério desses num momento tão difícil”, afirmou. “Traçamos aqui um plano estratégico. As ações foram iniciadas e o plano deve ser seguido. Todo o tempo em que trabalhamos para passar por um momento como esse, todo o sistema [de saúde] é pensado em paralelo”, disse.
Teich ficou menos de um mês no cargo. Ele tomou posse no dia 17 de abril e pediu exoneração nesta sexta-feira, 15, após episódios públicos nos quais foi desautorizado pelo presidenteJair Bolsonaro.  Ele vinha sendo pressionado para apoiar o uso da cloroquina em pacientes com sintomas leves de coronavírus. Na quinta-feira 15, em reunião com empresários organizada pelo presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, Bolsonaro disse que iria liberar o uso do medicamento – cuja eficiência no tratamento da doença ainda é objetivo de controvérsia – mesmo à revelia de Teich.
O agora ex-ministro vinha sendo questionado por médicos que lhe cobravam coerência em relação ao uso da cloroquina já que Teich, enquanto especialista em oncologia, sempre condenou uso de medicamentos sem comprovação científica, algo que ocorre com frequência em tratamentos de pacientes com câncer.
Teich também vinha sendo pressionado a agilizar a flexibilização da política de isolamento social, criticada por Bolsonaro. Na quarta-feira, 13, ele havia cancelado uma entrevista coletiva em que anunciaria diretrizes para atribuir aos estados a decisão de relaxar a quarentena, com base em cálculos que levam em conta números de casos confirmados e leitos de UTIs disponíveis, entre outros dados. Para publicar a portaria com as determinações, Teich precisa do apoio de secretários de Saúde estaduais e municipais, que são a favor do isolamento social. Esse parâmetro técnico foi uma promessa de Teich a Bolsonaro pouco antes da nomeação. A demora do então ministro em formalizar esses critérios irritava Bolsonaro.
O ministro também ficou contrariado quando foi informado por jornalistas na segunda-feira 11, que Bolsonaro havia publicado um decreto tornando salões de beleza, barbearias e academias como atividades essenciais — portanto, liberadas para funcionar durante a quarentena. Teich não havia sido consultado. A maior parte dos governadores sinalizou que não irá seguir a determinação.
O mais cotado para assumir o cargo é o número 2 do Ministério da Saúde, general Eduardo Pazuello, que é o atual secretário-executivo da pasta – ele assumiu após a nomeação de Teich, num processo de militarização da pasta tocado pelo Palácio do Planalto. A avaliação dentro do ministério é que Pazuello deve ser o substituto em razão da estrutura que ele montou com os militares e pelo fato de que a equipe já obedece somente a ele – seria muito difícil para um sucessor diferente mudar isso.
Outro nome bastante cogitado é o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), que também é médico – ele tem se notabilizado como um ferrenho crítico da política de isolamento social e é muito próximo a Bolsonaro, de quem foi ministro da Cidadania., Outra possibilidade é de que o cargo entre na negociação com o Centrão – o grupo parlamentar que o governo tenta atrair cobiça o posto. A médica Nilse Yamaguchi é outro nome que vem sendo especulado – ela já esteve algumas vezes com Bolsonaro.

Em post publicado logo após a demissão de Teich nas redes sociais, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, pediu orações. Numa curta mensagem no Twitter, Mandetta pediu para que as pessoas respeitem o isolamento social e acreditem na ciência para combater a Covid-19. “Oremos. Força SUS. Ciência. Paciência. Fé! #FicaEmCasa”, escreveu Mandetta.
Para Mandetta, Bolsonaro é leigo em relação ao uso da cloroquina e é influenciado por médicos que defendem o medicamento para tratar pacientes de coronavírus. Em sua gestão, Mandetta atribuiu ao Conselho Federal de Medicina a responsabilidade por determinar o uso do medicamento. A entidade recomendou a administração apenas em casos graves e com monitoramento dos sinais vitais. “Desconfio que muitas das mortes que ocorreram em casa desses pacientes se deu em função da arritmia provocada pela cloroquina, principalmente em pacientes idosos”, disse o ex-ministro.
VEJA.com

15 de maio - Nelson Teich deixa o Ministério da Saúde

Slide 1 de 20: O secretário-executivo Eduardo Pazuello, atrás de Nelson Teich:

Pentágono divulga relatório sobre OVNIs

Vídeos divulgados pelo Pentágono mostram objetos voadores não identificados - 27/04/2020


O Pentágono divulgou nesta quinta-feira, 14, um relatório que detalha os encontros entre aviões militares dos Estados Unidos com “fenômenos aéreos não identificados”. Há menos de um mês, o governo americano retirou o sigilo de três vídeos que mostram a proximidade dos pilotos aos objetos voadores. Em nenhum momento, porém, o relatório menciona que os objetos possam ser de origem extraterrestre. A suspeita mais forte está na criatividade da Rússia e da China em criar artefatos para a espionagem.

“A aeronave não identificada parece ser de pequeno porte, de tamanho aproximado ao de uma maleta de cor prata”, descreve o relatório sobre um encontro ocorrido no dia 26 de março de 2014. Durante o episódio, o avião americano “passou a 300 metros de distância do objeto, mas foi incapaz de determinar a identidade da aeronave”, diz o relatório. O piloto “tentou ganhar contato visual com a aeronave, mas não conseguiu”, conclui.

Falta de consenso entre as autoridades e comportamento de risco da população transforma o isolamento numa bagunça. Leia nesta edição© Reprodução/VEJA Falta de consenso entre as autoridades e comportamento de risco da população transforma o isolamento numa bagunça.

O relatório descreve as aeronaves não identificadas como Sistemas Aéreos Não Tripulados (UAS, na sigla em inglês), o mesmo termo usado pelo Pentágono para se referir aos drones. O texto foi publicado pelo site The Drive que o solicitou por meio da lei de acesso à informação americana (FOIA).

Em outro encontro, de novembro de 2013, um piloto da Marinha americana conseguiu avistar uma pequena nave. “Essa aeronave tinha cerca de 2,5 metros de largura e estava pintada de branco, sem nenhum outro recurso aparente… Devido ao seu tamanho, a aeronave foi classificada como um UAS”, afirma o relatório.

Em junho de 2013, outro objeto, da mesma cor branca, foi avistado. Desta vez, ele tinha o “formato de um drone ou míssil”. O relatório aponta que o Pentágono não conseguiu determinar a origem ou quem operava esses objetos.

“Após o voo, a agência controladora entrou em contato com diversas operadoras de UAS, mas nenhuma reivindicou saber sobre as aeronaves não identificadas”, continua o relatório. O texto coloca a possibilidade de os UAS terem sido utilizados por potências rivais, como a Rússia e a China, com o objetivo de conseguir informação sobre as operações militares dos Estados Unidos.

Bola de ping-pong
Os vídeos divulgados em março já haviam sido vazados pela imprensa. O mais famoso, gravado em 2004, ao qual o relatório não faz menção, voava de forma irregular, segundo o piloto aposentado da Marinha David Fravor em entrevista à emissora CNN em 2017. “Quando me aproximei dele, ele acelerou rapidamente para o sul e desapareceu em menos de dois segundos”, relatou, acrescentando que era “como uma bola de pingue-pongue quicando em uma parede”.

O Pentágono lançou um programa para investigar os encontros com os Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) entre os anos de 2007 e 2012. Após o programa ter sido descontinuado e o público conhecer sua existência, a CNN entrevistou Luiz Elizondo, o ex-chefe da operação, que disse acreditar que “há evidência que talvez nós não estamos sozinhos”. “Essas aeronaves mostram características que os nem os Estados Unidos nem outros países possuem em seus inventários, pelo que sabemos”, afirmou.

VEJA.com

URGENTE: Ministro Nelson Teich pediu demissão do Ministério da Saúde no Brasil

O ministro da Saúde, Nelson TeichO ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração do cargo nesta sexta-feira, 15.

Mais informações em instantes...











AO VIVO | Últimas notícias sobre o coronavírus e a crise política no Brasil



Nelson Teich pede exoneração do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde informa que o ministro Nelson Teich pediu exoneração nesta manhã. Uma entrevista coletiva será marcada nesta tarde mas ainda não há mais informações.




O prefeito de Madri, José Luis Martínez-Almeida, e a vice, Begoña Villacís, inauguram monumento em homenagem às vítimas do coronavírus em frente ao Palácio de Cibeles, nesta sexta-feira.
© Ayuntamiento de Madrid (Europa Press) O prefeito de Madri, José Luis Martínez-Almeida, e a vice, Begoña Villacís, inauguram monumento em homenagem às vítimas do coronavírus em frente ao Palácio de Cibeles, nesta sexta-feira.


O novo coronavírus ainda avança no mundo, com mais de 4,4 milhões de infectados e 302.493 mortes, mas alguns países já começam a anunciar o controle da pandemia dentro de suas fronteiras. Finlândia, que declarou estado de emergência em meados de março, quando ainda não registrava óbitos pela covid-19, anunciou nesta sexta-feira que conseguiu conter a propagação da doença.




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