sexta-feira, 1 de maio de 2020

CONHEÇA MAPUTO, A CAPITAL DE MOÇAMBIQUE

Maputo


Maputo
A capital de Moçambique pode não parecer muito especial à primeira vista, mas a cidade consegue surpreender depois que você passa algumas horas por lá. Maputo ainda guarda muito da arquitetura colonial portuguesa, com imponentes palácios elegantes e largas avenidas, mas hoje foi resignificada pelos locais, que encheram as ruas de mercados, bares e restaurantes com ótimas influências gastronômicas, como a árabe.
Maputo é maningue nice, o que quer dizer “muito legal” na famosa gíria moçambicana. Uma capital ainda em desenvolvimento, mas que nos conquistou e surpreendeu bastante pelo colorido, receptividade e alegria de um povo que, além do idioma, tem muito em comum com nós, brasileiros.

Aliás, poder falar português fez toda a diferença nos ensolarados e quentes dias que passamos explorando a capital de Moçambique e arredores. O resultado dessas andanças você confere no nosso Guia de Maputo e também neste post, que faz um “resumão” com dicas e atrações que não podem ficar fora do roteiro daqueles que já estão com a viagem marcada.

CFM – eleita em 2016 uma das estações de trem mais bonitas do mundo, pela Times

De antemão alertamos que para aproveitar Maputo ao máximo o visitante precisa captar a sua essência. E isso vai além do “enxergar apenas o que os olhos registram”, é preciso conhecer a história que está por trás desse país de contrastes: belezas inúmeras e resquícios de um passado cruel de exploração e guerra.
Infelizmente, esses problemas do passado acabaram afetando o turismo no país, mas isso não diminuiu em nada as belezas de lugares como o arquipélago da Inhacapontos turísticos com uma arquitetura não muito conservada, porém cheios de história, restaurantes e mercados que servem o melhor da deliciosa gastronomia moçambicana.



Sem contar que fazer turismo em Maputo é barato, até mesmo para nós, brasileiros, que estamos acostumados a gastar tanto em viagens internacionais. Corridas de táxi, por exemplo, custam a partir de 150 meticais (o equivalente a R$ 6) e não costumam muito ultrapassar 500 MT (R$ 23).
Alimentação é outro quesito que não costuma sair caro por lá, em lugares mais afastados das áreas turísticas (comida de rua mesmo), é possível pagar entre 80 MT e 150 MT, já em restaurantes nas áreas centrais, a conta deve sair entre 400 MZN e 1000 MT, menu completo, mais bebidas alcoólicas.

Frutos do mar e peixes frescos são as grandes estrelas da gastronomia moçambicana
Lembrando que no guia você ainda confere dicas gerais para a sua viagem a Moçambique, informações úteis sobre a retirada do visto para brasileiros, como encontrar hospedagem – incluindo as melhores regiões da cidade – como se locomover por lá e também o que fazer na noite de Maputo.
Vamos às dicas!
1. Ilha da Inhaca
Quem vai a Maputo precisa reservar um ou dois dias para explorar a Inhaca, um arquipélago paradisíaco, que fica a mais ou menos 40 quilômetros de distância da capital e não deve em nada em beleza às praias do Caribe e Ilhas Maldivas.
Para chegar neste centro de pesquisa marinha, de águas mornas e em vários tons de azul, é preciso pegar um barco ou avião. Optamos pela lancha como meio de transporte por ser mais rápida para um day trip e confortável do que o barco de passageiros que sai de Maputo. Aproveitamos a oportunidade para conhecer, também, a Ilha dos Portugueses, 200 metros distante da Inhaca, e a praia de Machangulo. Saiba tudo sobre a nossa visita à Inhaca aqui.

Praia que fica abaixo do farol, na ilha da Inhaca/foto: Rafael Dantas
2. Estação Central dos Caminhos de Ferro (CFM)

Um dos edifícios mais emblemáticos de Maputo, a estação de trens erguida entre 1908 e 1910 foi eleita a terceira mais bonita do mundo pela revista Times, em 2016. Na fachada chamam a atenção o estilo clássico e a bela cúpula principal, pré-fabricada na África do Sul. Já na parte de dentro, o visitante praticamente volta no tempo ao deparar-se com locomotivas antigas, sendo uma delas a primeira usada no trajeto Maputo-Pretória. Ah, não deixe de explorar o pequeno museu mantido no local, a entrada custa 50 MT.

Praça dos Trabalhadores; mais informações aqui.

3. Fortaleza da Nossa Senhora da Conceição

Quando foi erguida em 1787, a Fortaleza de Maputo era toda feita de madeira. Uma estrutura que, ao longo do tempo, sofreu ataques, passou por períodos de abandono, reconstrução até tornar-se o que é hoje, um importante monumento histórico da capital moçambicana.

No local, o visitante vai ver de perto relíquias de outros fortes do país e estátuas de colonizadores portugueses, que no passado podiam ser vistas nas ruas de Maputo. No entanto, o ponto alto do tour pela fortaleza é a visita à sala que abriga o caixão de madeira trabalhada, contendo os restos mortais de Ngungunhane, o controverso imperador de Gaza. A entrada na fortaleza custa 20 MT.

Avenida Samora Machel;


A Fortaleza abriga estátuas de colonizadores portugueses e os restos mortais de Ngungunhane
4. Mercado Central de Maputo

A estrutura do Mercado Municipal de Maputo — ou Bazar, como também é chamado — foi toda feita com elementos em ferro importados da Bélgica. No local, inaugurado em 1901, vende-se de tudo um pouco: frutas, legumes, perfumadas especiarias — objetos para casa, de uso pessoal e também souvenires.

O mercado é um ponto turístico bastante visitado de Maputo, mesmo por aqueles que não têm a intenção de comprar nada. Isso por conta da atmosfera do local, situado na zona baixa da capital moçambicana, cheio de comerciantes e habitantes locais que vão até lá para fazer suas compras.

Av. 25 de Setembro, Maputo


Visitar um mercado é uma boa maneira de conhecer os costumes de um país/foto: Rafael Dantas
5. Feima

Você curte artesanato local e também não resiste a um souvenir? Então não deixe de conhecer a Feima, a Feira de Artesanato, Flores e Gastronomia de Maputo. Um mercado a céu aberto, instalado em uma área verde, onde são vendidos objetos de decoração para a casa, bijouterias, capulanas (roupas típicas usadas pelas mulheres moçambicanas), acessórios, entre outros.

Tudo o que é comercializado no local é feito por artistas da cidade, mas a dica é barganhar bastante ao encontrar algum item que agrade. Isso porque o preço para o turista costuma ser um pouco mais salgado do que o normal.

Jardim do Parque dos Continuadores, Av. Martires da Machava;


Artesanato moçambicano exposto de forma inusitada na Feima/foto: Rafael dantas
6. Jardim Botânico Tunduru

O parque foi criado em 1885 e até hoje é um belo refúgio verde em meio ao concreto de Maputo. Ele é de autoria do paisagista inglês Thomas Honney, responsável pela concepção dos jardins do rei da Grécia e do sultão da Turquia, e abriga várias espécies de plantas indígenas exóticas, além de ser excelente para uma caminhada ou momentos de relaxamento sob árvores frondosas.

Ao visitar o Jardim Botânico, não deixe de admirar o belo arco que fica na entrada, em estilo neomanuelino. Outra obra de arte que pode ser vista no local é a estátua do primeiro presidente de Moçambique independente, Samora Machel, feita por escultores norte-coreanos. A entrada no jardim – que possui um centro de apoio ao turista super estruturado e com diversos tours – é gratuita;

Avenida Samora Machel;


Uma fonte Wallace, de ferro fundido, também faz parte do acervo do Jardim Botânico
7. Museu de História Natural

Animais embalsamados das mais diversas espécies podem ser vistos de perto no Museu de História Natural. Mais precisamente 200 mamíferos, mais de 10 mil aves, 170 mil insetos, além de 1.250 invertebrados e 150 répteis. Isso sem contar com a exposição de fetos de elefantes, desde a concepção até o 22º mês de gestação.

A entrada no museu fundado em 1911 — instalado em um belo edifício inspirado no estilo Manuelino — custa apenas 50 MT. Ao visitar o local, não deixe de explorar os jardins e toda a bela e bem cuidada área externa.

Praça Travessia do Zambeze, 104; mais informações aqui;

8. Praça da Independência

Símbolo da independência do país, a ampla praça situada entre a cidade alta e a cidade baixa abriga a estátua do primeiro presidente de Moçambique independente, Samora Moisés Machel, líder que ficou conhecido pelos discursos inflamados e que enfatizavam o fim da exploração portuguesa.

Na parte de trás da praça, também está situado o prédio da Câmara Municipal, uma construção de 1941, dos arquitetos Carlos César dos Santos, Arnaldo Pacheco e Franz Keindl. Inclusive, no passado, lia-se no pavimento frontal a inscrição “Aqui é Portugal”, frase dita pelo presidente Américo Tomás durante visita ao país, em 1964.

Praça da Independência;


A praça abriga uma estátua do amado presidente de Moçambique independente, Samora Machel
9. Casa de Ferro

O desenho desta construção de ferro – que fica a poucos metros da praça da Independência –  foi feito por ninguém menos do que Gustave Eiffel, em 1892. No entanto, o imóvel pré-fabricado vindo da Bélgica acabou não cumprindo a finalidade de abrigar o então governador-geral de Moçambique, isso por conta do clima sub-tropical do país, que transformava o prédio em um verdadeiro “forno”.

Atualmente, a Casa de Ferro abriga o Ministério da Cultura e do Turismo e pode ser visitada por dentro sem custo algum. No local o visitante encontra uma mini exposição de objetos de cidades medievais moçambicanas (no ar condicionado, é claro!).

Avenida Samora Machel, ao lado do Jardim Botânico de Maputo;


A Casa de Ferro foi desenhada pelo mesmo criador da Torre Eiffel de Paris/foto: Rafael Dantas
Onde Comer

Se existe algo que os moçambicanos dominam com maestria é a arte da boa (e farta) mesa. Assim como o Brasil, Moçambique foi colonizado por portugueses, porém as influências lusitanas na culinária acabaram ficando bem mais fortes por lá do que no Brasil. A relação com a Índia, no passado, também deixou algumas heranças no país às margens do índico, entre elas o uso de especiarias como o perfumado caril (curry). Porém, nossa opinião, mariscos e peixes super frescos são o grande destaque da gastronomia local.

10. Mercado do Peixe

Dica de ouro para quem deseja comer os mariscos e peixes mais frescos e deliciosos da cidade. No local, há um galpão onde compramos dois quilos de camarões gigantes, postas de peixe e lulas. Depois nos dirigimos até a ala ao lado, onde encontravam-se barracas que fazem o preparo de todas essas delícias em churrasqueiras. Havia em nosso banquete de grelhados, ainda, batatas fritas e legumes cozidos. Por tudo isso, mais cervejas e cafezinho, no final, pagamos 3040 MT, o equivalente a R$ 137 (na cotação do dia).

O mercado fica na Avenida da Marginal;


Camarões e peixes super frescos, vendidos no mercado do Peixe de Maputo/foto: Rafael Dantas
11. Sagres

Uma mariscada divina é servida no português Sagres, que fica à beira-mar, na Avenida Marginal. O prato com amêijoas, patas de caranguejo, camarões e lagoustins é enorme — ainda vem com acompanhamentos — e serve muito bem umas três pessoas. A mariscada custa 2.800 MT, mais ou menos R$ 128. Ah, no menu do local há várias opções de petiscos e a cerveja 2M, típica moçambicana, é servida ultra gelada! 

Avenida Marginal 650, mais informações e reservas aqui;

12. Campo di Mare

Saborosas massas e risotos à base de frutos do mar encontram-se no cardápio deste restaurante, que fica no Clube Marítimo de Desportos. Isso sem contar com uma privilegiada vista da orla de Maputo, para uma experiência completa, não deixe de sentar-se na parte externa do estabelecimento. 

Clube Marítimo de Desportos, informações e reservas aqui;


Em Maputo há vários restaurantes especializados na gastronomia portuguesa
13. Feima

Já falamos da Feima neste post, a Feira de Artesanato, Flores e Gastronomia de Maputo. Mas a verdade é que ao visitar o local você também pode aproveitar para experimentar algumas delícias da gastronomia moçambicana, a exemplo do caril de camarão (camarão ao curry) e o frango à zambeziana. Os pratos custam a partir de 250 MT.

Jardim do Parque dos Continuadores, Av. Martires da Machava;

14. Quando ir

A melhor época para visitar Moçambique é entre maio e outubro. Nesse período mais seco do ano, o visitante poderá usufruir de dias bonitos, céu azul e temperaturas amenas por toda a costa do país.

Mas isso não quer dizer que os outros meses também não sejam bons para quem está planejando uma visita. Em novembro, por exemplo, ainda há resquícios do clima seco, excelente para curtir uma praia, com a vantagem de ser um mês mais tranquilo para o turismo. Se você estiver pensando em visitar o país de dezembro a abril, prepare-se para a alta temporada no turismo e também para as chuvas.


Belo prédio do Museu de História Natural de Maputo/foto: Rafael Dantas
15. O que levar na mala

Roupas super leves, além de trajes de banho, pois a temperatura da água do mar é bastante convidativa para um mergulho. Um bom filtro solar — com alto fator de proteção — e acessórios que protejam a cabeça (chapéu/boné) também não podem ficar de fora, porque o sol não costuma dar muita trégua ao longo de todo o ano.

Outro item essencial na mala daqueles que vão viajar para Moçambique é a loção repelente, visto que quase todo o país é considerado zona endêmica de malária. O ideal é sempre consultar um médico antes de sair do Brasil para saber se o melhor é fazer uso de remédios preventivos ou apenas usar o repelente enquanto estiver no país.


Monumento na Praça dos Trabalhadores de Maputo, em frente ao CFM
16. Como Chegar

De avião – O Aeroporto Internacional de Maputo recebe voos diários dos mais diversos países, entre eles a África do Sul e Angola, dois hubs africanos muito utilizados por viajantes brasileiros que desejam acessar a capital moçambicana. A melhor maneira de Sair do Aeroporto — que fica a mais ou menos cinco quilômetros de distância do centro da cidade — é pegando um táxi na área externa do terminal. A corrida deve sair em torno de 500 MT.  

De carro – Para entrar em Moçambique com um carro alugado na África do Sul, é necessário adquirir uma carta emitida pela locadora, pois, em princípio, o condutor não tem autorização para circular no país vizinho. No momento em que for buscar o seu carro na África do Sul, mencione em alto e bom som que deseja ir a Moçambique e peça a carta, lembrando que algumas locadoras cobram pela emissão desse documento.

Ao chegar no posto fronteiriço, você também terá que fazer um seguro para o seu carro e também certificar-se de que o veículo possui os equipamentos de segurança exigidos pelas autoridades de trânsito do país: um colete fluorescente e um triângulo.

No nosso caso, foi bem fácil fazer o seguro do carro — já que várias seguradoras moçambicanas se encontram no local — também não foi nada difícil adquirir o colete fluorescente, vendido por ambulantes. A única coisa chata e que o visitante precisa ter paciência é quanto aos chamados “refrescos” — suborno, em português claro — que são solicitados a todo momento, até mesmo por funcionários da própria fronteira.

A dica é manter a cabeça fria nesses momentos e, caso não haja outra saída, pagar este algo a mais — que não costuma ser nada exagerado — para evitar maiores “dores de cabeça”. Outra dica importante é ter uma boa quantia em dinheiro na carteira para arcar com todas as despesas de visto pessoal, visto do carro e compra do colete. Caso precise sacar algum, faça-o ainda no lado sul-africano (a estrutura é melhor), já que uma das moedas aceitas pelo posto fronteiriço e prestadores de serviço da área é o Rand.


A Igreja da Polana, também conhecida como espremedor de limão/foto: Rafael Dantas
17. Visto

Turistas brasileiros precisam de visto de entrada em Moçambique e a maneira mais fácil de obter o documento é na chegada ao país, o chamado visto on arrival. Ao desembarcar em Maputo, você precisa apresentar os seguintes documentos: passaporte com pelo menos seis meses de validade e duas páginas livres, formulário “de entrada” devidamente preenchido, comprovante do voo de volta e do hotel onde vai se hospedar.

Na lista da embaixada também consta que o visitante brasileiro deve apresentar o certificado de vacinação contra a febre amarela e duas fotos recentes, porém nenhum dos dois itens nos foram solicitados, ao passarmos pela fronteira com a África do Sul.

O pagamento do visto pode ser feito em meticais (2085 MT), a moeda local, em dólares (66 USD) ou em rands (477 ZAR), a moeda da África do Sul. Aqui você confere mais detalhes da nossa passagem pela fronteira com a África do Sul. Já na página Aeroportos de Moçambique estão os detalhes sobre valores do visto.

Clique aqui para saber como acessar a capital moçambicana;


O colorido do artesanato na Feima de Maputo/foto: Rafael Dantas
18. Onde Ficar

A melhor região da cidade para hospedar-se é a central e por uma série de motivos, entre eles — e o mais importante, na verdade — a segurança. Outro motivo é que, ficando na área central, o turista acaba gastando bem menos com transporte, no caso, viagens de táxi até/entre pontos turísticos e restaurantes.

Uma boa dica é buscar por hotéis ou guest houses que estejam em regiões como a da Polana Cimento, próximos à famosa e movimentada avenida Julius Nyerere, por exemplo. Outra área de Maputo que costuma reunir boas opções de hospedagem é Sommerchield e também a região da Marginal.

A dica para os que desejam economizar é tentar reservar o hotel com o máximo de antecedência, de preferência um estabelecimento que permita o cancelamento gratuito, no caso de surgir uma oferta mais atraente. Outra sugestão é optar por conhecer a cidade durante a baixa temporada, pois determinadas épocas, como o verão, acabam inflacionando os preços das diárias.

Para reservar um hotel em Maputo clique aqui.


Mulheres moçambicanas vestindo a tradicional, e colorida, capulana
19. Dinheiro em Maputo

A moeda utilizada em Moçambique é o Metical, representado pelas siglas MZN (internacional) e MT (nacional), disponível em moedas de 1, 5, 10, 20 e 50 centavos; 1, 2, 5, 10 meticais; e notas de 20, 50, 100, 200, 500 e 1000 meticais.

Apesar de o metical ser a moeda oficial, alguns estabelecimentos da cidade acabam por aceitar outras moedas, como o Rand, da África do sul, dólar norte-americano e até euro, porém é sempre bom certificar-se antes, caso não tenha meticais disponíveis na carteira.

Cartões de crédito e débito de bandeiras conhecidas também costumam ser aceitos em boa parte dos estabelecimentos de Maputo, além disso, caixas eletrônicos podem ser encontrados no aeroporto e nas mais diversas partes do centro da capital. Para trocar dinheiro, opte sempre por casas de câmbio de confiança, como a do aeroporto, por exemplo.


A moeda de Moçambique é o Metical, mas alguns locais aceitam Rands e dólar/foto: www.moz.life
20. Como se locomover em Maputo

Táxis são o principal meio de transporte do turista na capital moçambicana. O serviço é eficiente — os taxistas conhecem bem as áreas turísticas da cidade — e barato, mesmo que o visitante precise percorrer distâncias mais longas. O lado negativo é que a frota local costuma ser antiga, em sua maioria.

A dica é que o visitante opte sempre por táxis cadastrados e/ou aqueles solicitados por hotéis ou restaurantes da cidade. Uma tática que funciona muito bem é ter o contato de um único taxista de confiança e ligar/enviar uma mensagem ou whatsapp sempre que precisar do serviço. Viagens pelas regiões turísticas custam a partir de 150 MT (o equivalente a R$ 6). Para saber mais sobre Transportes na capital moçambicana, clique aqui.


Por:
Melhores Destinos - Passagens aéreas promocionais - Blog PartiuFeriado

Retiro de luxo da África realiza safári online até 15 de maio

Retiro de luxo da África realiza safári online até 15 de maio -
© Fornecido por Rota de Férias Retiro de luxo da África realiza safári online até 15 de maio -


A pandemia do coronavírus fechou as portas do Ulusaba Private Game Reserve, em Sabi Sand, África do Sul. Entretanto, a reserva desenvolveu uma maneira de os interessados realizarem um safári online, para que os turistas consigam entrar em contato com os animais sem sair de casa.


Até 15 de maio, o local, que é um dos retiros de luxo da Virgin Limited Edition, está realizando o #SofaSafari. Uma série de lives pelo Instagram permitiem aos usuários vivenciar a experiência e “se aproximar” de leões, rinocerontes, búfalos e elefantes, sem sair do conforto de nossas casas. Os episódios são transmitidos às segundas-feiras, 11h3o, na conta @virginlimitededition.  https://www.virginlimitededition.com/en

O safári virtual na África é guiado pelos Rangers e Trackers de Ulusaba. Eles priorizam o bem-estar dos animais da reserva e conhecem os hábitos diários da cada espécie. Por conta disso, os telespectadores têm mais chance de ver filhotes de leopardos ou elefantes, por exemplo.

Rota de Férias

Por que a Bélgica tem a maior taxa de mortos por coronavírus do mundo

A Bélgica sofreu o pico da pandemia por coronavírus por volta de 12 de abril passado
© Getty Images A Bélgica sofreu o pico da pandemia por coronavírus por volta de 12 de abril passado


A Bélgica tem menos da metade das mortes dos países mais afetados pela pandemia de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. No entanto, sua taxa de mortalidade por essa doença é a mais alta do mundo.
Essa disparidade tem sido chamada de paradoxo da Bélgica, que até terça-feira, 27 de abril, havia registrado mais de 7,2mil mortes por covid-19.x
E, embora esse número esteja longe das mais de 55 mil mortes que os Estados Unidos haviam confirmado até então ou das mais de 20 mil na França, Reino Unido, Itália ou Espanha, a Bélgica tem o pior índice de óbitos por grupo de 100 mil habitantes.
De acordo com a Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, na Bélgica, 62 pacientes de covid-19 morreram para cada 100 mil pessoas. A população total do país é de pouco mais de 11 milhões de habitantes.
Nos EUA, que registraram o maior número de mortes por coronavírus no mundo, morrem 17 pessoas por cada 100 mil habitantes.
A alta taxa de mortalidade belga se deve à maneira como o país europeu passou a contar as mortes causadas pelo patógeno.
A Bélgica contabiliza não apenas o número de mortes confirmadas por coronavírus, mas também todos os casos suspeitos, incluindo todas as mortes ocorridas em casas de repouso.
Esse é um método diferente do usado por muitos dos países mais afetados pela pandemia, que contam apenas mortes por coronavírus que ocorrem em hospitais.
Na Bélgica, segundo dados oficiais, 62 pessoas morrem de covid-19 para cada grupo de 100 mil habitantes© Getty Images Na Bélgica, segundo dados oficiais, 62 pessoas morrem de covid-19 para cada grupo de 100 mil habitantes

'Ação imediata'

Cada país tem uma maneira diferente de contabilizar as mortes causadas por covid-19. No entanto, existe um padrão: a maioria contabiliza os falecidos que foram submetidos ao teste e deram positivo para o coronavírus.
O Ministério da Saúde da Espanha, por exemplo, conta de maneira regular apenas as mortes por coronavírus ocorridas em hospitais.
A Itália, por outro lado, conta aqueles que testaram positivo para o vírus, independentemente de a causa principal do óbito ter sido coronavírus ou outra condição.
A França fazia o mesmo, contando os mortos em hospitais. A partir de 2 de abril, no entanto, o país começou a incluir em seus relatórios as mortes em lares de idosos.
É assim que a Bélgica faz. O governo considera que a contagem de mortes confirmadas e também suspeitas torna possível combater melhor a doença.
A Bélgica passou a contar mortes suspeitas como óbitos causados por covid-19© Getty Images A Bélgica passou a contar mortes suspeitas como óbitos causados por covid-19
"Quando você não tem capacidade para testar todos, é muito importante contar as mortes que têm a covid-19 como causa provável", disse à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC, o epidemiologista Steven Van Gutch, responsável pelo comitê científico do governo contra o coronavírus na Bélgica.
"A única diferença entre nós e outros países é que contamos os casos mais amplamente, o que nos permite tomar medidas imediatas", acrescenta Van Gutch.
O especialista explica que, devido a esse sistema "expansivo" de contabilização de mortes, o país foi capaz de detectar surtos de coronavírus em casas de repouso. "Graças ao nosso sistema de contagem, conseguimos resolver esse problema a tempo", diz ele.
Em 15 de abril, fontes oficiais revelaram que quase metade das mortes por coronavírus na Bélgica ocorreu em casas de repouso.

Debate interno

No mesmo dia 15, a primeira-ministra da Bélgica, Sophie Wilmès, explicou no Parlamento que "o governo decidiu ser completamente transparente ao relatar as mortes relacionadas à covid-19, mesmo que isso tenha causado um exagero nos números".
No entanto, o fato de a Bélgica estar no topo da taxa de mortalidade por coronavírus em todo o mundo foi analisado com reservas por outros especialistas.
A primeira-ministra da Bélgica, Sophie Wilmes, defendeu o método de contagem de mortes por coronavírus em seu país© Getty Images A primeira-ministra da Bélgica, Sophie Wilmes, defendeu o método de contagem de mortes por coronavírus em seu país
O virologista belga Marc van Ranst criticou duramente o sistema de contagem do governo em um programa de televisão local.
"Quase todo mundo que morre em casas de repouso, que geralmente são 100 pessoas por dia, em média, está sendo incluído nessas estatísticas. Acho isso um pouco estúpido", disse Van Ranst.
Steven van Gutch, que relata diariamente os números dos coronavírus na Bélgica, reconhece que o método foi criticado, mas acredita que isso será temporário.
"Pode parecer que temos uma taxa de mortalidade muito alta, mas, na realidade, nossos dados são comparáveis aos da França ou do Reino Unido, por exemplo. Quando os dados desses países (o Reino Unido contabilizava apenas os mortos em hospitais) forem revisados, veremos que as taxas de mortalidade são parecidas", estima Van Gutch.
"Entendo que alguns podem estar assustados, mas apenas tentamos ser o mais transparentes e honestos possível. Talvez tenhamos superestimado o número real de mortes, mas isso nos parece melhor do que fazer o contrário", acrescenta o cientista.
'As unidades de terapia intensiva belgas não excederam 58% de sua capacidade'© Getty Images 'As unidades de terapia intensiva belgas não excederam 58% de sua capacidade'

Cenário real

O fato de a maioria dos países contar apenas aqueles que apresentaram resultado positivo para coronavírus pode ocultar um número realmente maior de mortes.
De acordo com uma análise recente do jornal Financial Times, o número total de óbitos por covid-19 em todo o mundo pode ser 60% maior que os dados oficiais apontam.
Esse é o cenário que o governo belga deseja evitar. "Se você conta apenas mortes em um hospital, é como fechar um olho e apenas olhar o cenário com o outro", diz Van Gutch.
"Sim, nossa contagem nos torna o país com a maior taxa de mortalidade, mas nossas unidades de terapia intensiva, mesmo no pico registrado em 12 de abril, não excederam mais de 58% de sua capacidade", afirma o especialista.
© BBC
© BBCBBC News


quinta-feira, 30 de abril de 2020

MOÇAMBIQUE: Cidade de Nampula volta a provar apatia no combate à COVID-19

Cidade de Nampula volta a provar apatia no combate à COVID-19


Parece difícil o combate contra o Coronavírus na cidade de Nampula. A edilidade decidiu encerrar o jardim-parque, mas há outro grande aglomerado de pessoas defronte do Hospital Central de Nampula, onde adultos mantém-se de dia e de noite, sem máscaras e sem respeitar o distanciamento mínimo necessário.

Depois de termos denunciado a situação por dois dias, o Município de Nampula decidiu encerrar o jardim-parque enquanto estiver em vigor o estado de emergência nacional.

Entretanto, desde que o Hospital Central de Nampula começou a restringir o acesso ao recinto hospitalar, dezenas de pessoas que têm os seus familiares internados concentram-se no portão principal, muitas delas sem máscaras e sem respeitar o distanciamento mínimo necessário. A direcção provincial de Saúde diz-se incapaz de intervir porque as pessoas estão no espaço público, de domínio da autoridade municipal.

“O que nós fizemos foi chamar o Município à responsabilidade para ajudar as unidades sanitárias para consciencializar as pessoas que não devem estar ali porque é um perigo, não só para o hospital, mas também para eles como cidadãos que estão ali à volta do muro do hospital”, argumentou  Munira Abdou, directora provincial de Saúde em Nampula.

E engana-se quem pensa que aquela situação verifica-se apenas durante o dia. A nossa reportagem escalou o local durante a noite e encontrou muitas pessoas a dormir ao relento, uma próxima da outra. Trata-se na sua maioria de pessoas que saem de distritos longínquos que não tendo onde se alojar ficam naquele sítio para saberem dos seus familiares internados.

A doença do momento que preocupa o país e o mundo é ignorada por completo.

“Estou a acompanhar minha filha que teve cesariana. Tenho que lhe ajudar a lavar o bebé. Não uso máscara porque não tenho dinheiro para comprar”, disse Hermelinda Luís, uma das dezenas de pessoas que encontramos deitada naquele espaço do passeio em frente ao Hospital Central de Nampula.

Quando o dia nasce cada um arruma os seus pertences e perfila no muro de vedação do hospital e mais uma vez formam os aglomerados diurnos, sob o olhar sereno do Município e da PRM. O Secretário de Estado esteve aqui há dias, juntamente com o presidente do Município, mas até aqui ainda não saiu uma solução para este problema.

“Há um documento que está a ser feito para que consigamos juntos dos serviços distritais de Educação para ver se podemos encontrar uma escola para colocarmos estas pessoas e que quando amanhece possam vir visitar os seus familiares e à noite voltem à escola, se os serviços distritais concordarem”, avançou Nelson Carvalho, director de Comunicação no Município de Nampula.
Enquanto isso não acontece, quase todos concordam que aquele é um espaço fértil para a contaminação e propagação do coronavírus, devido às concisões em que se encontram dispostas as pessoas.

POR O PAIS

MOÇAMBIQUE: Filipe Nyusi e Emmerson Mnangagwa reúnem-se no Chimoio à porta fechada

Filipe Nyusi e Emmerson Mnangagwa reúnem-se no Chimoio à porta fechada


12h58-
O Presidente da República, Filipe Nyusi manteve há momentos um encontro com o seu homólogo Zimbabweano, Emmerson Mnangagwa. Entre várias questões, assuntos ligados a defesa e segurança dominaram a reunião entre os dois estadistas.

Foi por volta das nove horas que Filipe Nyusi aterrou no Aeródromo de Chimoio numa aeronave da força aérea. Por imposição da COVID-19, Filipe Nyusi desceu do avião mascarado e depois lavou as mãos. Minutos depois aterrava o presidente zimbabweano, Emerson Mnangagwa.

Os dois estadistas reuniram no governo provincial de Manica. Mas antes passaram pelo processo de rastreio do Coronavírus, pandemia que ameaça os dois países e não só.

Aliás, Filipe Nyusi faz-se acompanhar na sua delegação, pelo Ministro da Defesa Nacional, Jaime Neto, director-geral do Serviço de Informação e Segurança do Estado, Júlio Jane e outros quadros, enquanto do lado zimbabweano, Emerson Mnangagwa veio acompanhado da ministra da defesa, Oppah Muchinguir e Filipe Sibanda, comandante das forças de defesa do Zimbabwe

Presidente da República reúne-se em Chimoio com homólogo do Zimbabwe

09h01-
O Presidente da República, Filipe Nyusi, reúne-se esta quinta-feira em Chimoio, província de Manica com o seu homólogo do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa para uma agenda de trabalho.

Durante o encontro, Filipe Nyusi e Emmerson Mnangagwa passarão em revista a situação da cooperação bilateral e da segurança da região, com enfoque para dois países.

Nesta deslocação, o Chefe do Estado moçambicano far-se-á acompanhar pelo Ministro da Defesa Nacional, Jaime Neto, Quadros da Presidência da República e de outras instituições do Estado.



Pormenores do encontro

Filipe Nyusi encontrou-se, hoje, na Cidade de Chimoio, com Emmerson Mnangagwa, Presidente do Zimbabwe.

Durante a reunião, os dois estadistas partilharam informações e trocaram pontos de vista sobre a situação política, económica e social prevalecente nos dois países, na região da África Austral e no mundo, em geral.

O encontro serviu, igualmente, para delinear acções conjuntas com vista a impulsionar a cooperação política, económica e social em benefícios dos seus países e povos, bem como fazer face aos desafios comuns que se colocam na actualidade.

Os dois Chefes de Estado e de Governo congratularam-se com os progressos que se registam na implementação das suas agendas de governação, mesmo reconhecendo as múltiplas adversidades, endógenas e exógenas, tendo acordado em prosseguir esforços conjuntos para os superar.

Relativamente à pandemia da Covid-19, apreciaram os esforços de resposta a este flagelo nos dois países, tendo trocado informações sobre boas práticas, predispondo-se a colaborar, através das instituições sanitárias e administrativas dos dois países, na implementação das medidas preventivas e de contenção da propagação do novo Coronavírus.

Os dois governantes notaram, com agrado, que a cooperação bilateral no domínio político e de defesa e segurança tem evoluído positivamente, e no quadro dos instrumentos jurídicos vigentes.

Nyusi e Mnangagwa comprometeram-se a explorar melhor as potencialidades existentes nos dois países para avançar em projectos concretos, para o qual se deverá mobilizar o respectivo sector privado. Os dois estadistas comprometeram-se, ainda, a viabilizar a realização da Comissão Mista de Cooperação, assim que as medidas extraordinárias decorrentes da pandemia da Covid -19 o permitam, encorajando, entretanto, a interacção bilateral a todos os níveis com recurso às tecnologias de informação e comunicação.

Quanto à situação política, económica e social na região da SADC saudaram o facto de se manter relativamente calma, tendo vincado a necessidade de maior cooperação no enfrentamento dos desafios decorrentes do ambiente macroeconómico menos favorável, tendo apelado às instituições financeiras multilaterais e outros parceiros a continuarem a apoiar os países da região a fazer face à Covid-19 e aos seus impactos socioeconómicos nefastos.

Os dois Presidentes regozijaram-se pelo papel relevante que desempenham no quadro da agenda de integração regional, na qualidade de membros da dupla Troika, com a República do Zimbabwe a presidir ao Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança e a República de Moçambique na Vice-Presidência da SADC.

Os dois líderes reiteraram o seu apelo para o levantamento imediato das sanções ilegais impostas contra a República do Zimbabwe com vista a permitir o Governo e o povo do Zimbabwe a focalizarem-se no desenvolvimento sem impedimento.

Os dois Chefes de Estado debruçaram-se sobre a situação de segurança em Cabo Delgado e em partes das províncias de Manica e Sofala, onde grupos terroristas e armados protagonizam ataques, assassinatos e destruição de infra-estruturas públicas e privadas, tendo condenado veementemente estes actos que procuram minar os esforços de paz e desenvolvimento, em curso.

O Chefe do Estado reiterou o convite ao Presidente do Zimbabwe a efectuar uma Visita de Estado a Moçambique assim que a situação decorrente da Covid -19 o permita, tendo o convite sido aceite.

Nyusi reiterou, em nome do povo e do Governo, as felicitações ao Presidente do Zimbabwe, ao povo e Governo, pela comemoração dos quarenta anos de Independência, no passado 18 de Abril de 2020.

Por O País


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