domingo, 23 de abril de 2017

Ônibus colide com carro na linha expressa do BRT

Resultado de imagem para colisaoPará 23/04/2017 - Com a força do impacto, carro capotou na avenida Almirante Barroso. Não há registro de feridos.

Um acidente aconteceu na tarde deste domingo (23), entre um carro particular e um ônibus, na linha expressa do BRT.

Por volta das 13h, um carro foi atingido pelo ônibus Jiboia Branca/Ver-o-Peso, da linha expresso. O veículo foi atingido no trecho da avenida Almirante Barroso com a travessa Lomas Valentinas.  Com a força da batida, o carro capotou.

Apesar do impacto, ninguém ficou ferido.

ORM

sábado, 22 de abril de 2017

Bicolor enfrenta o São Raimundo hoje no Mangueirão

Bicolor enfrenta o São Raimundo hoje no Mangueirão (Foto: Fernando Torres/Paysandu)
Ayrton e Alfredo fazem parte da provável onzena que inicia a partida contra o Pantera (Foto: Fernando Torres/Paysandu)
O Paysandu dá sequência, hoje, na temporada de “caça e pesca”, a qual tem se dedicado nos últimos dias. Depois de ‘fisgar’ o Peixe da Amazônia, o Santos-AP, numa ‘pescaria’ que resultou na classificação do time à final da Copa Verde, o Papão deixa de lado a linha e o anzol e parte para tentar abater a Pantera, o São Raimundo, de Santarém, às 18h30, no Mangueirão, em partida que apontará um dos finalistas do Parazão 2017.

Como houve empate, sem gols, no jogo de ida entre as equipes, em Santarém, Papão e Pantera iniciam a partida de volta sem nenhuma vantagem para ambos os lados. Isso significa que caso o confronto termine em um novo empate, ainda que por 1 a 1, 2 a 2 e assim por diante, a vaga na grande decisão do campeonato ocorrerá nas cobranças de tiros livres da marca do pênalti. Um atrativo a mais para quem gosta de emoção.

Esta será a segunda semifinal seguida dos bicolores, a quarta partida no curto espaço de 12 dias. No primeiro desafio, o Papão despachou o Santos-AP, pela Copa Verde, assegurando presença na final do torneio, contra o Luverdense-MT. Já o time santareno vinha apenas treinando para encarar o seu principal desafio, até aqui, na temporada. A última vez em que a Pantera entrou em campo, contra o adversário de hoje, foi há 12 dias.

SEM CANSAÇO

Apesar da sequência de jogos, entremeada por viagens a Santarém e São Luís (MA), onde enfrentou o Peixe da Amazônia, os bicolores parecem não sentir desgaste, conforme deu a entender o lateral-direito Hayner, que vem atuando na esquerda. “Não estou cansado, não. Acredito que o resto do nosso elenco está bem, também. O Paysandu está nos dando todo o suporte para jogar bem”, disse.
RESPEITO AO RIVAL

Mas, assim como foi nas partidas da penúltima fase da Copa Verde, acreditam que terão pela frente, hoje, mais um adversário difícil de ser abatido. “A minha expectativa é de que o São Raimundo vem para fazer um jogo muito forte”, prevê o técnico Marcelo Chamusca. “Eles tiveram tempo para se recuperar entre um jogo e outro, enquanto nós tivemos de enfrentar o Santos e a viagem ao Maranhão”, compara o treinador.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

Protesto por terra fecha a Transamazônica

Protesto por terra fecha a Transamazônica (Foto: Michel Garcia)
Os trabalhadores rurais prometem permanecer no local até que a situação seja resolvida (Foto: Michel Garcia)

Moradores da comunidade Vila 1º de Março, no município de São João do Araguaia, distante cerca de 50KM de Marabá, no sudeste paraense, fecharam a BR-230 (Transamazônica), ontem de manhã. O bloqueio, segundo a população da área, foi feito porque um proprietário de uma área efetuou disparos para o alto com arma de fogo, a fim de intimidar a reunião dos manifestantes que acontecia às margens da via, no começo da vila.


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada para acalmar os ânimos dos manifestantes, assim como a Polícia Militar. Segundo Claudemir Pereira Pinto, secretário municipal de habitação e assuntos fundiários, a área reivindicadas pelos trabalhadores pertence ao mesmo lote da Vila do Projeto de Assentamento 1º de Março, o de número 207. “A área referida ainda não foi municipalizada e ainda é uma área pública do Governo Federal”, argumenta. “Quando o Incra doou essa área consolidada da vila, o pedaço ficou fora do processo de doação, mas pertence ao mesmo lote”, completa.

A área mencionada pelo secretário fica do outro lado da rodovia BR-230 e teria sido usada para a criação de uma reserva ambiental. No entanto, o terreno foi ocupado em 2011 e logo depois foi vendido, dando, assim, origem ao conflito que culminou com o protesto de ontem. A Vila 1º de Março também é fruto de antiga ocupação, resultando na reforma agrária e doada aos trabalhadores.

Maria Ribamar de Rosa Martins, 45, é esposa de assentado e está há sete anos na área. Ela é uma das moradoras da comunidade que pleiteiam o terreno. “Estamos reivindicando um pedaço de terra para minha filha, que está desempregada e mora de aluguel”, argumenta. “Não é justo ter esse pedaço de terra e nós passando por essa situação, o terreno está cheio de mato, abandonado e nós precisamos dessa terra”, enfatiza.


Procurado pela reportagem, o atual proprietário do terreno apresentou um documento para confirmar a compra do lote. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) também foi acionado para falar a respeito do assunto, mas até o fechamento desta edição não houve resposta. Os trabalhadores dizem que não vão sair do local até a questão ser resolvida.

(Michel Garcia/Diário do Pará)

Manutenção interdita trecho de elevado em Belém

Manutenção interdita trecho de elevado em Belém (Foto: Reprodução/twitter)
(Foto: Reprodução/twitter)
Um trabalho de manutenção do elevado que liga as avenidas Júlio César e Independência, no bairro de Val-de-Cans, em Belém, interdita parte da pista de ambas as vias na manhã deste sábado (22).

Segundo policiais militares, agentes da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) estão no local para orientar os motorista. Devido ao pouco fluxo na área, o trânsito na região segue sem congestionamentos.

Neste domingo (23), o trânsito também deverá sofrer alterações em Belém, mas no bairro da Marambaia, devido às celebrações da Paróquia de São Jorge. Amanhã, o trânsito na avenida Dalva, no trecho entre as passagens Areia Branca e Samaritana, será interditado e as linhas de ônibus Djalma Dutra e Telégrafo terão seus itinerários alterados da seguinte forma: no sentido bairro/centro, as linhas desviarão da avenida Dalva para a passagem São Jorge, depois rua Nossa Senhora de Fátima, para retornar para a avenida Dalva, a destino. Já para o sentido centro/bairro, as linhas seguirão pela avenida Dalva, rua Nossa Senhora de Fátima, passagem São Jorge, avenida Dalva, a destino. As mudanças temporárias serão mantidas até o final da festividade.

(DOL com informações da Semob)

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Governos da América Latina criticam onda de violência na Venezuela

Foto: Divulgação
Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai e manifestaram.
Os governos do Brasil, da Argentina, do Chile, da Colômbia, Costa Rica, de Honduras, do México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai condenaram hoje (20) a onda de violência na Venezuela. Esta semana, três pessoas morreram e mais de 60 ficaram feridas em protestos em Caracas e cidades de 14 estados do país.

Em nota, os 11 governos latino-americanos “reiteram a urgência de as autoridades venezuelanas adotarem medidas para garantir os direitos fundamentais e preservar a paz social”.

“É imperativo que a Venezuela retome o caminho da institucionalidade democrática e que seu governo defina as datas para o cumprimento do cronograma eleitoral, liberte os presos políticos e garanta a separação dos poderes constitucionais”, diz o texto divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

No comunicado, o Itamaraty diz que os governos da região se somam ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, “que insta todas as partes a adotar medidas concretas para reduzir a polarização e criar as condições necessárias para enfrentar os desafios do país, a favor do povo venezuelano”.

A onda de violência na Venezuela se agravou esta semana em meio à polarização política no país. A oposição marchou em vários estados contra o presidente Nicolás Maduro, enquanto milhares de venezuelanos convocados pelo governo foram às ruas defender o chavista.

Na véspera dos protestos, Maduro convocou os militares, as forças de segurança e também as milícias civis armadas para protegê-lo contra um suposto golpe de Estado que, segundo ele, estaria sendo tramado pelos Estados Unidos com o apoio de seus adversários. A Venezuela enfrenta uma séria crise econômica, marcada por uma inflação anual de 700% e escassez de medicamentos e alimentos. O país também está cada vez mais isolado internacionalmente e o governo de Maduro é acusado de violar a ordem democrática.
Por: Agência Brasil

Trump diz que vai lançar novo plano tributário na próxima semana

Foto: Divulgação
O plano deve resultar em cortes de impostos tanto para empresas como para indivíduos.
O presidente americano Donald Trump vai lançar um novo plano tributário para indivíduos e empresas, no fim da próxima semana, de acordo com um funcionário da Casa Branca, que não quis se identificar. Segundo o presidente, o plano vai resultar em cortes de impostos tanto para empresas como para indivíduos, conforme informou o “The Associated Press”.

Em fevereiro, Trump disse que lançaria um plano fiscal "fenomenal" para reformular a política tributária do país, no prazo de duas a três semanas — o que não aconteceu. Agora, com o fim de seus primeiros 100 dias no escritório, o plano deve ser liberado no final semana vem. Isso porque os primeiros três meses depois da eleição, em geral, é período em que um presidente tem mais chances de conseguir aprovar suas pautas no Congresso, por conta da força do voto.

Em conferência financeira na quinta-feira, o secretário do Tesouro Steven Mnuchin e o principal conselheiro econômico de Trump, Gary Cohn, reiteraram a administração do presidente vai liberar um plano ambicioso para revisão do código tributário americano "em breve".

Apesar disso, o Comitê de Finanças do Senado ainda não teve acesso a detalhes sobre o plano da Casa Branca. Além disso, os Republicanos ainda não chegaram a um acordo sobre os desafios fiscais que surgiram com a implementação do Affordable Care Act (ACA), conhecido como Obamacare — programa de saúde implementado pelo presidente Barack Obama.
Por: Extra

Polícia Federal investiga desvio de recursos da merenda escolar no Pará

Foto: Marcello Casal Jr
A investigação apurou que a quadrilha recebia pagamento muito maior que o valor do produto.
A Polícia Federal no Pará desarticulou uma quadrilha especializada em desvio de recursos da merenda escolar no Estado. A quadrilha recebia pagamento muito maior que o valor do produto, e em diversos casos entregava um material com qualidade inferior. Há casos em que se pagava mais que o dobro pelo filé de frango e no lugar a escola recebia coxa e sobrecoxa.

O esquema causou um prejuízo superior a um milhão e seiscentos mil reais à secretaria de educação do Estado. Entre as unidades mais afetadas estão 4 escolas estaduais do município de Barcarena. No total a polícia cumpriu 8 mandados de busca e apreensão e 7 conduções coercitivas.
Por: EBC

Mais de 20 mil pessoas devem deixar Belém pelo Terminal Rodoviário

Foto: Akira Onuma
Entre os destinos mais procurados no Estado estão Mosqueiro, Vigia, Cametá, Bragança, Marudá e Curuçá.
O movimento de passageiros foi tranquilo, ontem, no Terminal Rodoviário de Belém, embora a Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário Turístico (Sinart), administradora da rodoviária, espere a passagem de aproximadamente 21 mil pessoas pelo local neste feriado de Tiradentes - um acréscimo de 5% em relação ao ano passado. 

Poucos guichês apresentaram filas, sobretudo de pessoas que aproveitaram a calmaria para antecipar a compra de bilhetes para viajar hoje. Entre os destinos mais procurados no Estado estão Mosqueiro, Vigia, Cametá, Bragança, Marudá e Curuçá. Para fora do Estado, os destinos favoritos são São Luis, Salvador, Natal, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. 

O pedreiro Antônio Silva, de 46 anos, viajará para Cametá, onde pretende curtir o feriado e o final de semana. Junto com ele devem ir os quatro filhos e a esposa. “Vamos para a casa da minha família. Vou aproveitar para rever os parentes e descansar um pouco”, revelou. Para a professora Eduarda Lopes, de 50 anos, o objetivo é aproveitar Mosqueiro, um dos destinos mais procurados nos feriados. “Este descanso será merecido. Vou aproveitar pra relaxar na praia. A gente já trabalha muito e precisa de um período pra descansar”, disse.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), as passagens do transporte rodoviário intermunicipal de passageiros para este feriadão de Tiradentes estão 16,61% mais caras em relação ao feriado do ano passado.

Para Mosqueiro, a passagem na linha urbana está mais cara 14,94% em relação ao ano passado, enquanto a linha rodoviária para a ilha, cobrada pela empresa Condor com saída do terminal está custando R$ 10,00.

Já as passagens nos ônibus interestaduais de um modo geral estão 9,04% mais caras em relação ao ano passado. 
ORM

Odebrecht pagou para ter influência no BNDES, dizem delatores

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Foto Interenet
Com propina, empresa conseguiu agilizar processos dentro dos órgãos; BNDES disse que instaurou uma comissão interna.
A Odebrecht pagou propina para ter acesso a documentos sigilosos e influenciar em decisões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Câmara de Comércio Exterior (Camex), de acordo com depoimentos de ex-executivos da Odebrecht ao Ministério Público Federal. A empresa também atuava para tentar definir políticas econômicas que a interessavam, como a criação de um banco de fomento às exportações.

Os delatores Fernando Reis e Antonio de Castro afirmaram que a ex-funcionária do Banco Central e da Camex Maria da Glória Rodrigues fazia o meio-campo da empreiteira com câmara. Mesmo fora dos órgãos públicos, ela continuava mantendo influência e atuando como uma espécie de consultora da Odebrecht nas questões de créditos para exportação. Nas planilhas de propina, ela recebeu o apelido de "Barbie".

Reis conta que em 2006 ela tinha um "crédito" de R$ 10 milhões para receber de forma parcelada da Odebrecht. Além de valores por sua consultoria, seus pagamentos estavam associados a uma taxa de sucesso dos projetos da Odebrecht na Camex.

"Maria da Gloria tinha sido uma assessora enquanto era funcionária e nos ajudava com informações. E, apesar de já ter saído, continuava influenciando (na Camex)", disse Reis, que foi presidente da Odebrecht Ambiental. Segundo Castro, ela tinha forte influência técnica na Camex, porque a maior parte das regras de exportação no Brasil foram criadas por ela.

A Camex é o órgão responsável por definir as diretrizes do comércio exterior brasileiro, como tarifas de importação, realização de acordos bilaterais e a política de financiamento de exportações. De acordo com os relatores, o maior interesse da Odebrecht era sobre as atividade dos Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações (Cofig), órgão vinculado à Camex. O Cofig tem como membros representantes dos ministérios do Desenvolvimento, Fazenda, Relações Exteriores, Planejamento, Agricultura, Casa Civil e Tesouro Nacional.

Existem programas federais nos quais o governo concede um crédito para os importadores de produtos brasileiros -o comprador paga a prazo e a empresa exportadora recebe à vista. Além da concessão do crédito, o financiamento envolve a aprovação de um seguro para o exportador, concedido pela União, com base em garantias dadas pelo importador. A análise dos casos que se enquadram nesses programas passa pelo Cofig.

Crédito sem garantia

Os delatores contaram que Maria da Glória também ajudava na aprovação de novos projetos no Cofig. Castro disse que ela atuou em favor da empreiteira em países como Angola e Moçambique. Ela ajudava a companhia e os governos estrangeiros a se adequarem aos parâmetros para financiamento brasileiro de obras que seriam tocadas pela Odebrecht.

"No caso de Moçambique, eu acho que ela teve uma interferência forte. Moçambique é um país extremamente pobre, não tinha uma garantia real pra oferecer. Então ela [Maria da Glória] criou uma figura de um trust, criou uma engenhoca legal, mas que era criativa e, pra isso, precisava ter conhecimento e convencimento com as pessoas", relatou Castro, que atuou na área de exportações da Odebrecht.

Segundo ele, Maria da Glória viajou a Angola e Moçambique para negociar contratos e enquadra-los para passar nas regras brasileiras. No caso de Angola, ela definiu uma estrutura que as garantias oferecidas por Angola para conseguir crédito com o Brasil para comprar da Odebrecht era o petróleo. "Tinha uma famosa conta petróleo que muito antes de eu chegar, anos antes, ela ajudou a conceber aquela forma de tal modo que era assim: o Brasil emprestava dinheiro e recebia os pagamentos em petróleo", disse.

Maria da Gloria apresentou à Odebrecht uma funcionária da Camex, Lytha Spíndola, que também recebia dinheiro para agilizar processos da empreiteira. Na planilha de propinas, ela era a "Arisca".

"Quando chegava o projeto na Camex, tinha um trâmite burocrático, demorado, tinha que consultar e tal, entendeu? Vai subir ministro, aquelas coisas. E ela [Lytha], com o poder que ela tinha, com a rapidez que ela tinha, ela ia, botava em pauta, era essa agilização que a gente precisava, entendeu?", afirmou o delator.

Segundo Castro, Lytha ganhou uma porcentagem, cerca de 0,1%, dos contratos para obras no aeroporto de Nacala, em Moçambique, e de uma rodovia, na República Dominicana. Os projetos contavam com financiamento do governo brasileiro. O delator não lembrou o total pago à funcionária, mas disse que pode ter sido cerca de US$ 100 mil.

Informação privilegiada

Castro também relatou que "Barbie" participava das reuniões da Camex e entregava a ata da reuniões em minutos para ele. Isso ajudava a companhia a ter informações rápidas para se preparar para responder a eventuais pedidos de adequação em projetos.

Outro contato da Odebrecht na Cofig era Flavio Dolabella, que era coordenador geral da Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda e representante do órgão na Cofig no início dos anos 2010. Ele recebia pagamentos mensais e entregava atas de reuniões para a empreiteira.

O esquema da Odebrecht para influenciar no Cofig era antigo. Os delatores relatam que conheceram Luiz Eduardo Melin quando ele era funcionário do Ministério da Fazenda e membro do Cofig. Melin chegou a ser chefe de gabinete do então ministro da Fazenda, Guido Mantega. Em 2011, assumiu a função de diretor da área internacional do BNDES.

Interferência no BNDES

Outro delator, João Nogueira, ex-diretor crédito à exportação da Odebrecht, afirmou que a empresa também mantinha influência sobre o BNDES por meio de Melin. Segundo ele, a empresa firmou um contrato a DM Desenvolvimento de Negócios Internacionais, de Álvaro Vereda, indicado por Melin. Era por meio da DM que o pagamento de propina era feito, de forma oficial, como serviço de consultoria.

O delator ressaltou que, quando assumiu a função em novembro de 2010, o próprio Melin disse que Vereda poderia ajudar na estruturação de crédito à exportação e sugeriu a renovação do contrato com a DM, com a anuência de Marcelo Odebrecht.

O próprio Marcelo deu detalhes, em um de seus depoimentos, sobre a contratação da empresa de consultoria do Vedera, por R$ 12 milhões, para agradar o Melin.

"Quando o Melin vai pro BNDES, pra diretoria internacional, responsável pelo crédito, a importância do Alvaro cresceu. Porque aí seria alguém que poderia olhar os processos dos projetos que foram aprovados nos colegiados, na Camex, Cofig, que estavam para enquadramento e aprovação, nas diversas instâncias do BNDES... Alguém que podia olhar com diligência para que todos os processos fossem cumpridos celeremente, para acelerar os desembolsos, os recursos em caixa que eram necessários para tocar as obras", disse Nogueira (a afirmação está a partir de 15 minutos do vídeo acima).

A Odebrecht se beneficiou de crédito subsidiado do BNDES para financiar suas obras no exterior - a empresa atua em 26 países. No fim do ano passado, a empresa tinha 15 das 25 obras de empreiteiras que tiveram o crédito suspenso pelo banco.

Ele diz que a Odebrecht fez um estudo que comparava o BNDES com bancos de fomento de outros países. O banco americano e o chinês demoravam 60 dias, entre aprovação e desembolso, o francês levava 90 dias. No BNDES, o prazo médio era de 587 dias.

"(Sem a interferência) Seria tudo mais moroso", explica Nogueira. "Existia essa correia de transmissão permanente porque tinha muito a ver com com oxigênio para as obras, a liberação de recursos de fato. (...)", disse Nogueira. (No vídeo acima, ele explica o que se esperava de Melin como contrapartida ao contrato com a DM no trecho a partir de 13 minutos)

Segundo ele, a influência era "no sentido de não deixar que os processos ficassem esquecidos, não fossem analisados, que as pendências não fossem resolvidas". Nogueira relata que tinha reuniões com Vereda e com Melin para tratar dos projetos da Odebrecht no exterior.

Como contrapartida, Melin sugeriu que a Odebrecht renovasse o contrato anual que tinha com a DM. A empresa recebia uma comissão pela aprovação de projetos no BNDES. Segundo ele, o contrato envolvia pagamentos registrados como consultoria. "A exemplo do contrato da Gloria, tudo era absolutamente oficial, com emissão de notas fiscais, depósito em conta bancária, ordem de serviço. Se eu não me engano as condições gerais eram R$ 50 mil mensais sendo que R$ 25 mil de exclusividade e R$ 25 mil de adiantamento sobre o percentual que variava entre 0,3% e 0,5% do valor dos financiamentos aprovados."

Banco para exportadores

Segundo os delatores, Dolabella também atuou em nome da Odebrecht para tentar influenciar a criação de um banco de financiamento às exportações brasileiras, inspirando no modelo do banco americano Exim Bank, que dá crédito subsidiado para compradores de produtos dos EUA.

A Odebrecht recebeu de Dolabella um esboço da proposta que estava em discussão no governo e tentou alterar seu conteúdo para a formulação de uma formato que a interessava mais. A discussão foi coordenada por Luiz Antonio Mameri, ex-diretor da Odebrecht Infraestrutura América Latina e Angola. Mameri consultou outros setores envolvidos da empresa para receber colaborações para o documento.

"A criação do Exim Bank era um desejo de todo mundo, nao só da Odebrecht. Todos os empresários envolvidos em algum tipo de exportação tinham interesse nisso. E esse documento serviu de base pra gente analisar e tentar propor via Camex, vias legais que acrescimentos (sic) que poderiam por, que coisas poderiam se suprimir naquilo. Então esse documento chegou através dele, veio parar na minha mão (...) e comuniquei ao Mameri. Falei 'Mameri, tem um esboço do Exim Bank em andamento. Tá bom. Veja as colaborações que possam dar todas as áreas da empresa que tinham interesse nisso", disse Castro, em seu depoimento.

Segundo depoimento de Castro, Maria da Gloria também atuou no projeto. "No período que a gente lutou para a criação do Exim Bank, ela teve uma atuação forte. (...) Por exemplo, ela usou a posição que tinha no conselho da Camex para defender as posições do Exim Bank que não era um negócio pra Odebrecht, era um negócio para o país. E era interessante para o país. Até hoje eu acho isso."

O projeto de criação do Exim Bank foi discutido entre 2009 e 2011, mas não foi adiante.

Outro lado

Procurado, o BNDES disse que instaurou uma comissão interna para apurar o caso e lembrou que o banco estabeleceu, em outubro de 2016, novos critérios para a concessão de financiamentos à exportação de serviços de engenharia (veja a nota na íntegra abaixo).

O Ministério do Desenvolvimento, órgão responsável pela Camex, disse que os executivos citados nas delações da Odebrecht "não fazem parte do quadro do Mdic e não temos os contatos".

Luiz Melin mandou ao G1 a seguinte mensagem: "Fiquei muito surpreso e extremamente entristecido em ver meu nome citado nessa torrente de delações divulgadas recentemente. Acredito que as muitas pessoas com quem interagi profissionalmente ao longo dos anos e que conhecem pessoalmente a minha conduta terão ficado surpresas também. As versões divulgadas contêm equívocos graves e não tenho qualquer dúvida de que as próprias autoridades concluirão pela minha inocência ao final das investigações."

Procurado, o Ministério da Fazenda não retornou ao G1 até o fechamento desta reportagem.

O G1 mandou mensagens para Flavio Dolabella, por meio de seus perfis no Linked In e Facebook, e tentou contato no telefone e sistema de mensagens da DM, mas não obteve retorno de ambos até o fechamento desta reportagem.

O G1 não localizou Maria da Glória Rodrigues e Lytha Spíndola.

Veja a nota do BNDES na íntegra:

A Diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) decidiu, no sábado, 15, instaurar Comissão de Apuração Interna para apurar os fatos que constam nas Petições do Supremo Tribunal Federal (STF) 6738/2017 e 6740/2017, de relatoria do ministro Edson Fachin.

As citações de que o BNDES tomou conhecimento até o presente momento referem-se à suposta participação de Luiz Eduardo Melin de Carvalho e Silva e de Álvaro Luiz Vereda Oliveira no processo de aprovação, pelo BNDES, de financiamentos à exportação de bens e serviços de engenharia. Melin foi diretor Internacional e de Comércio Exterior do BNDES de janeiro de 2003 a dezembro de 2004 e de abril de 2011 a novembro de 2014. Vereda foi assessor da Presidência do BNDES de outubro de 2005 a maio de 2006.

O BNDES ressalta que nenhum dos dois citados é ou foi empregado do Banco, tendo, apenas, ocupado cargos de confiança na instituição.

A Comissão de Apuração observará o rito previsto na norma de apuração aprovada pela Diretoria do BNDES em sua Reunião Ordinária da última quarta-feira, dia 12/04/2017.

O BNDES buscará apoio do Ministério Público Federal e da Polícia Federal e cooperará para que a apuração possa ser concluída com brevidade e haja a mais ampla troca de informações entre os órgãos, de modo que eventuais ilícitos administrativos e penais possam ser apurados em conjunto.

Vale lembrar que o BNDES estabeleceu, em outubro de 2016, novos critérios para a concessão de financiamentos à exportação de serviços de engenharia, com base nas auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU). Na mesma ocasião, o Banco também definiu critérios para eventual retomada dos financiamentos já contratados e que estavam com desembolsos suspensos desde maio de 2016, entre os quais o termo de compliance para o importador (país que contrata o serviço) e o exportador (empresa brasileira), alinhado aos acordos de leniência firmados pelas empresas.

Recentemente, o Banco passou, ainda, a incluir cláusulas de compliance em todos os contratos que tenham como uma das partes o setor público, seja brasileiro ou estrangeiro.

A Diretoria do BNDES, em seu nome e no dos empregados do Banco, reafirma o compromisso de defender a instituição e de esclarecer os fatos. O BNDES vai se empenhar em adotar todas as medidas cabíveis para a proteção da instituição, hoje e no futuro, para que ela não possa ser utilizada para a prática de atos ilícitos. A apuração completa dos fatos é um passo importante nessa direção.
Por: G1

Campanha Baleia Rosa usa redes sociais para incentivar boas ações

Foto: Divulgação
Em pouco mais de uma semana, a página foi curtida por mais de 240 mil pessoas.
Uma página nas redes sociais traz 50 tarefas para serem executadas, uma por dia, para promover o bem, tanto aos outros, como a si mesmo. A campanha Baleia Rosa está no ar desde 13 de abril, no Facebook. Em pouco mais de uma semana, a página foi curtida por mais de 240 mil pessoas.

Criado por dois amigos publicitários, o projeto tem página no Facebook, no Twitter e no Instagram, além do site oficial. Entre as tarefas propostas, estão olhar no espelho e agradecer por tudo que tem na vida, ligar para os avós, usar uma roupa nova em plena segunda-feira, pedir desculpas ou perdoar alguém – desbloquear nas redes sociais também vale – e conversar com alguém com quem não fala há muito tempo.

A intenção é que os chamados filhotes rosa, aqueles que aceitam o desafio, postem nas redes sociais registros das tarefas executadas.

“Estamos vivendo uma época de muita descrença, ódio, negatividade, impaciência, indiferença, incertezas. Parece que falta esperança nas pessoas! Nadando contra esta maré, sabemos que a internet pode ser uma poderosa ferramenta para reverter este quadro. Acreditamos que todos têm a capacidade de ajudar outras pessoas e construir o bem”, diz a descrição da página.

Inicialmente voltado a adolescentes, o projeto também conquistou seguidores adultos. Os criadores, um rapaz de 28 anos e uma moça de 30, preferem não se identificar. Acreditam que as pessoas se sentem mais confortáveis em desabafar e procurá-los sem conhecer o interlocutor.

“Fizemos uma lista com 80 tarefas e fomos enxugando até chegar em 50. Começou a viralizar. Nossa ideia é disparar um pouco o bem e fazer com que as pessoas se olhem mais, melhorem a autoestima”, dizem.

Desde quando a campanha entrou no ar, os criadores foram procurados por pessoas que pediam ajuda, que se sentiam deprimidas de alguma forma. Para lidar com casos mais complicados, contam com ajuda de uma psicóloga. Eles estão compilando uma lista de psicólogos que atendem gratuitamente para divulgar nas redes. “Temos de acordar, têm muitos adolescentes que estão com problemas, que têm depressão, e isso não é frescura, não é coisa simples”, alertam.

A Baleia Rosa não pretende encerrar as atividades com 50 tarefas. O grupo estuda lançar novos conjuntos de desafios. Os criadores dizem, no entanto, que várias páginas têm surgido com o mesmo nome e nem sempre “bem intencionadas”. Eles orientam a olhar a certificação nas redes sociais de que a página é a verdadeira. Eles não têm grupo no WhatsApp.

Depressão

No Dia Mundial da Saúde, em 7 de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) escolheu a depressão como tema. O número de pessoas que vivem com o problema, segundo a OMS, aumentou 18% entre 2005 e 2015. A estimativa é que atualmente mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades sofram com a doença em todo o mundo.

Outro dado alarmante é o que mais de 800 mil pessoas cometem suicídio a cada ano no mundo. No Brasil, o último dado do Ministério da Saúde mostra que em 2014 foram mais de 10,6 mil casos no país. Um dos canais para obter ajuda é o Centro de Valorização da Vida (CVV), que pode ser acionado tanto por telefone como pela internet.
Por: Agência Brasil

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