Ainda assim, uma enorme equipe de resgate foi mobilizada pelas autoridades da Argentina. Além da frota do país, outras 13 nações procuram incansavelmente qualquer rastro que possa levar à localização do submarino.
A Marinha também já planejou cuidadosamente a logística para um possível resgate da tripulação. Uma das opções consideradas atualmente envolve um navio de busca norueguês e uma câmara de resgate fornecida pelos Estados Unidos.
O Skandi Patagonia já está navegando pelas águas argentinas. O navio norueguês enviará um Veículo Autônomo Subaquático AUV fornecido pelas autoridades americanas para buscar qualquer sinal do submarino embaixo da água. O AUV é operado a distância, sem tripulação.
Assim que o San Juan for localizado, o navio de buscas navegará até o local onde ele se encontra. Uma Câmara de Resgate SRC será então transportada por um cabo até o submarino. A cápsula é pressurizada e pode ser conectada a uma das escotilhas do San Juan.
A pressão entre a cápsula e o submarino deve ser nivelada antes da abertura da escotilha, para que não cause prejuízo aos tripulantes. Após esse procedimento, as pessoas podem começar a ser resgatadas.
A Câmara SRC será içada pelo navio de buscas, com os tripulantes dentro. A capsula só pode transportar seis indivíduos por vez, o que significa que o procedimento deverá ser repetido até que todos estejam em segurança.
O submarino
O ARA San Juan foi incorporado à frota argentina em 1985. Com 65 metros de comprimento, foi fabricado pela empresa siderúrgica alemã ThyssenKrupp. Seu último reparo foi realizado em 2004 e, segundo a Marinha, estava em totais condições para operar.
O desaparecimento
O ARA San Juan fez seu último contato na manhã do dia 15 quando ia de Ushuaia, no extremo sul da Argentina, a Mar del Plata, cerca de 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires. Nessa mesma manhã, o capitão do submarino havia reportado uma avaria nas baterias da embarcação. Especialistas consultados pelo jornal argentino La Nación indicam que a zona marítima onde o veículo aquático pode ter desaparecido tem cerca de 700 metros de profundidade.
As buscas pelo submarino já entraram em uma fase crítica. Caso a embarcação esteja sem condições de emergir, o estoque de oxigênio disponível seria suficiente para manter a tripulação viva por até sete dias — nesta hipótese, não restaria mais oxigênio para os tripulantes.
Ao todo, dez países participam das operações de busca pelo submarino – entre eles o Brasil, que enviou à Argentina dois aviões e três embarcações, Chile, Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha.
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