CAPITAL NAMPULA - BAIRRO DOS POETAS: Escombros de barracas ameaçam segurança dos transeuntesSábado, 02 de outubro de 2021
A FALTA de remoção do entulho que resultou da demolição de diversas barracas no âmbito de uma campanha do Conselho Municipal da Cidade de Nampula em 2019 está a perigar a integridade física dos transeuntes em alguns locais do Bairro dos Poetas, próximo dos bombeiros.
Por exemplo, as paredes e o tecto de uma nova construção que estava a ser erguida em betão há cerca de dois anos foram demolidas parcialmente por uma equipa multiforme da autarquia, composta por funcionários e agentes da Polícia Municipal, mas os destroços mantêm-se desde lá a esta parte à espera de remoção completa.
Contam alguns moradores da zona que uma comissão de moradores já esteve em diversas ocasiões no Conselho Municipal para solicitar a remoção do entulho, mas este tem feito ouvidos de mercador, alegando que o dono da obra é quem deve ter a responsabilidade de removê-lo.
“Veja só que nós temos crianças que por vezes sem darem conta brincam por debaixo dos escombros. Como crianças não imaginam o risco que tal representa para as suas vidas. Como pais pedimos a quem de direito que retire os escombros o mais urgente possível”, comentou António Landini.
O entrevistado referiu que fica mais preocupado ainda porque – afirma – sabe que qualquer incidente que acontecer na sequência do desabamento de uma parede ninguém vai prestar qualquer ajuda às vítimas.
Foram vários os residentes do Bairro dos Poetas que mostraram a sua apreensão, tendo em conta que a zona é simultaneamente comercial e residencial, com uma movimentação desusada todos os dias.
“Houve uma altura em que os marginais se albergavam nestes escombros mas fizemos um trabalho junto à Polícia e felizmente os marginais saíram do local”, contou Abdou Amido, um comerciante estrangeiro que tem a sua barraca próximo do local.
Para além desta situação, ainda no Bairro dos Poetas, a nossa Reportagem identificou mais dois locais onde os moradores dos prédios convivem com escombros resultantes da campanha de demolição de obras que alegadamente estavam a acontecer de forma ilegal, embora com documentação emitida pela edilidade.
Contactado para pronunciar-se sobre o assunto, o director de Comunicação e Imagem na autarquia, Nelson Carvalho, disse que não tinha conhecimento da existência dos escombros e garantiu que iria coordenar com os colegas do sector responsável para se sanar a situação.
As demolições surgiram na sequência de um despacho da Procuradoria-Geral da República em Nampula, que instou o Município a fazer valer a lei camarária, tendo em conta o interesse público e o bem-estar dos munícipes.
No Bairro dos Poetas a maior parte das barracas que foram demolidas estavam a ser construídas por cidadãos de nacionalidade estrangeira, que actualmente dominam o comércio na terceira maior urbe do país.
Algumas barracas estavam a ser erguidas defronte da entrada principal de um prédios ou em garagens e pátios comuns, o que impedia a livre circulação dos moradores, que exigiram a sua demolição.
Na altura o vereador do pelouro de Infra-Estruturas, Urbanização e Meio Ambiente, Torres Colarinho, explicou que a destruição coerciva das barracas foi consequência da teimosia dos respectivos proprietários, que depois de avisados para em 15 dias procederem à remoção voluntária não acataram a ordem.
Segundo a fonte, a construção de alguns estabelecimentos comerciais em locais impróprios, violando o preceituado no código da postura camarária, foi permitida pelos antigos gestores do município.
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Governo precisa de sete mil milhões para gestão de deslocados
O GOVERNO precisa de um total de sete mil milhões de meticais para o plano de gestão dos deslocados devido aos ataques terroristas em Cabo Delgado, anunciou ontem (12) o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD).
O valor vai servir para melhorar as condições de alimentação, abrigo e educação, bem como relançar o sector privado e incentivar pequenas actividades para geração de rendimento nas populações deslocadas, disse Luísa Meque, directora geral do INGD, durante uma reunião com quadros do Governo e parceiros em Pemba, capital provincial de Cabo Delgado.
Segundo a fonte, até ao momento, as autoridades têm assegurado cerca de 600 milhões de meticais para a implementação do plano, que integra várias acções estratégicas para assistência das populações afectadas.
A cidade de Pemba, a capital de Cabo Delgado, tem sido o principal destino das populações que fogem dos ataques armados que começaram em 2017 em distritos mais a norte da província, albergando actualmente quase o dobro da sua capacidade.
https://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/sociedade/101451-governo-precisa-de-sete-mil-milhoes-para-gestao-de-deslocados
O GOVERNO precisa de um total de sete mil milhões de meticais para o plano de gestão dos deslocados devido aos ataques terroristas em Cabo Delgado, anunciou ontem (12) o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD).
O valor vai servir para melhorar as condições de alimentação, abrigo e educação, bem como relançar o sector privado e incentivar pequenas actividades para geração de rendimento nas populações deslocadas, disse Luísa Meque, directora geral do INGD, durante uma reunião com quadros do Governo e parceiros em Pemba, capital provincial de Cabo Delgado.
Segundo a fonte, até ao momento, as autoridades têm assegurado cerca de 600 milhões de meticais para a implementação do plano, que integra várias acções estratégicas para assistência das populações afectadas.
A cidade de Pemba, a capital de Cabo Delgado, tem sido o principal destino das populações que fogem dos ataques armados que começaram em 2017 em distritos mais a norte da província, albergando actualmente quase o dobro da sua capacidade.
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