Foto: Elivaldo Pamplona |
BELÉM - Manifestações mostram sua força em apresentações nos fins de semana.
Acontecem até o próximo final de semana, no auditório do Museu Emilio Goeldi, as apresentações dos pássaros juninos e cordões de bichos - manifestações cultural típicas do período junino e uma tradição do São João no Pará. As apresentações incluem teatro, música, dança e literatura e possuem a carga histórica de mais de cem anos de tradição.
A programação, promovida pela Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel) acontece sempre aos sábados, com início a partir das 18h, e aos domingos, a partir das 9h, com entrada gratuita. Ontem o auditório estava lotado. As histórias trazem drama e também comédia, o cenário é o Pará e os personagens as populações tradicionais da região. Quem assiste se identifica com o que é retratado no palco.
O servidor público Antonio da Silveira, de 52 anos, levou a neta Marcela de 8 anos para ver o espetáculo. A cada apresentação, ele recordava dos tempos de infância. “Minha mãe me levava pra ver. Eu pensei que nem existisse mais. É muito interessante hoje ter a oportunidade de trazer a minha neta pra que ela conheça parte da nossa cultura”, opinou.
Os espetáculos fazem parte das atrações da Programação Cultural Junina 2017. A coordenadora do evento, Nazaré Moraes, lembrou que todos os anos a Fumbel promove as exibições dos pássaros e defendeu a valorização do pássaro junino e do cordão de bicho. “Qual a importância disso? É uma preservação que tem que acontecer e tem que ser feita. Alguns pássaros têm mais de cem anos. É uma manifestação única no Pará e que você não encontra em lugar nenhum. Aquelas pessoas que há algum tempo viram os pássaros, são saudosistas e hoje têm uma oportunidade de rever. Mas também é voltado para novas gerações, fortalecendo a nossa cultura, para que as crianças tenham conhecimento dessa manifestação cultural”, explicou.
Com apresentações teatrais que se traduzem como musicais populares típicos do Pará, o pássaro junino e o cordão de bicho são também uma tradição do período junino, mas com uma perspectiva distinta, cujo objetivo é revelar histórias dramáticas, conflitos familiares, traições, dramas amorosos e vinganças, sem deixar de lado uma parte cômica, canto e muita dança.
Ainda segundo Nazaré Moraes, a diferença entre os dois é que o cordão de bicho retrata animais da fauna amazônica. “É uma manifestação que precisa de espaços cênicos, por isso nossa parceria é com o teatro do museu. Tem uma historia, atores, há um melodrama. A programação é gratuita e o acesso é para todas as pessoas. Depois do próximo final de semana, somente em 2018”, destacou a coordenadora.
O Liberal
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